Vigésimo quarto capitulo!

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- Posso entrar? - Pedro disse
- Pode - eu disse
Ele entrou e se sentou do meu lado, eu estava com vergonha do que tinha feito, eu nunca fui uma pessoa de caçar briga, mas aquela Paula tinha merecido. Pensei que Pedro fosse terminar tudo comigo ali, por eu não ter nem controle do meu próprio ciúme a ponto de bater em uma menina por causa dele, esperei ele começar a dizer qualquer coisa com um frio na barriga e, qualquer coisa que fosse, eu só pensava em pedir desculpas pra ele.
- Machucou ela em - ele riu e me olhou
- Desculpa - eu abaixei a cabeça
- Desculpa? Pelo que? - ele me puxou
- Por não ter controlado meu ciúme. - eu disse e o olhei
- Pelo que Ana me falou, ela passou dos limites, foi mais que merecido. - ele sorriu
- Mas.. - antes que eu pudesse falar, ele me interrompeu
- Relaxa amor, um soco não mata ninguém. Te garanto que a metade da escola uma hora dessas deve achar você a melhor pessoa do mundo pelo o que você fez - ele riu e eu fiquei mais aliviada
- Você não vai me xingar? - eu perguntei
- Não vou te xingar, mas vou pedir pra você ter mais cuidado na próxima vez, pra não quebrar a mão de tão forte que é seu soco. - ele me zuou e nós rimos
- Idiota - eu ri
Ele me beijou e saiu do quarto, senti um alívio e liguei pra Ana, para agradecer pelo favor de explicar a história pro meu amor.
Passei o resto da tarde tentando me livrar do arrependimento que rondava minha mente, eu sabia que ela tinha provocado mas mesmo assim eu não era uma sem coração, que batia na cara das pessoas sem nem sentir nenhum remorso. Fiquei ali deitada na minha cama até a hora de malhação, que não demorou muito, pois me perdi em meus pensamentos e não vi a hora passar até que Pedro entrou no quarto me avisando que malhação tinha acabado de começar. Eu desci e me sentei no sofá, ele se sentou do meu lado e então assistimos juntos. Fiquei calada durante todo o tempo que ficamos sentados até ele puxar assunto.
- Tá pronta pra encarar vários fãs amanhã de manhã? - ele sorriu
- Não sei - eu continuei olhando pra TV
- Amor, todo mundo sabe que ela provocou, você não precisa se torturar por causa disso. - ele disse sério
- Mas eu não sou assim. Agredir as pessoas não faz parte de mim, o que eu fiz foi errado. Me alterei demais, eu podia ter ignorado tudo o que ela disse mas a raiva em mim foi maior, eu não sou assim. - eu disse e por fim ele me olhou
- Amor, você só ficou nervosa. Ok? - ele sorriu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha
- Ok amor. - eu tentei sorrir
- Agora para de se culpar e vem cá - ele sorriu e me puxou mas na hora me soltei
- Sua mãe tá na cozinha amor - eu disse baixinho
- Ai, esqueci desse detalhe. - ele colocou a mão na testa
- Te encontro no meu quarto - eu sorri e me levantei
Subi as escadas correndo e me deitei na minha cama, esperando meu amor passar pela porta. Ele entrou e trancou a porta e foi se aproximando até mim fazendo gracinha, andando na pontinha do pé.
- Ninguém pode saber que eu tô aqui, é segredo viu? - ele deu aquele sorriso safado que eu amava ver
- Pode deixar, nosso segredo. - eu pisquei.
Ele se aproximou e subiu na minha cama, se deitando em cima de mim e me beijando devagar, me deixando sentir seu gosto lentamente e deixando minha mão passear pelo seu corpo, o beijo começou a ficar mais quente quando ele colocou sua mão no meu cabelo e dava leves puxadas nele e beijava meu pescoço, aproveitando para morder cada parte da minha boca que ele encontrava, eu sorria sentindo aquele prazer todo, sentindo todo o poder que ele tinha sobre mim, sentindo o poder que só ele tinha de me deixar excitada.
Eu já estava ficando louca, eu queria ele ali e agora. Mas fomos interrompidos por batidas na porta.
- Luiza, seu pai no telefone - minha madrasta gritou
- Ai, saco - eu disse nervosa e saí de cima dele
- Não demora amor - ele disse fazendo biquinho
- Tá bom - eu ri e saí do quarto
Fui em direção ao telefone e atendi.
- Oi pai - eu disse
- Oi filha, só pra te pedir pra abrir o portão da garagem porque sei que você é a unica que vai poder fazer esse favor pra mim. Já estou aqui na porta. - ele disse
- Nossa pai, porque você não pede sua esposa ? - eu disse nervosa
- Porque ela disse que tá ocupada, uai. E eu sei que você não tá fazendo nada - ele disse
- É, não estava mesmo. - eu disse irônica
- Então - ele disse
- Tô indo pai! - desliguei
Fui em direção a garagem e abri o portão pro meu pai, subi pro quarto e dei a triste notícia de que meu pai tinha chegado e que eu e Pedro não poderíamos terminar o que tínhamos começado. Ele lamentou e me deu um beijo, logo em seguida saiu do quarto e eu voltei a ficar sozinha, com meus pensamentos.
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