Décimo primeiro capitulo!

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No outro dia acordei no horário de sempre, banhei e tomei café com meu pai e o Pê.
- Filha, o que você vai fazer sábado ? - meu pai perguntou
- Vou numa festa pai, de uma amiga da escola - sorri
- Amiga da escola? - meu pai perguntou espantado
- Sim, algum problema? - perguntei assustada
- Não sabia que você já tinha amigas na escola nova... - ele tomou seu suco
- Amigas não, amiga. Por enquanto é só uma - eu ri
- Mas você vai sozinha pra essa festa? Não é perigoso você voltar sozinha? - ele perguntou
- Ela vai comigo, relaxa, tá comigo tá com Deus! - Pedro piscou
- Vocês vão juntos? - meu pai perguntou
- Não, eu vou antes com o Matheus pra ajudar em algumas coisas, Luiza deve ir com a Ana. - Pedro disse levantando da mesa
- É que eu vou sair com sua mãe sábado Pedro, mas como vocês já tem compromisso eu fico mais tranquilo - disse meu pai
- Vocês estão pretendendo chegar tarde? - eu perguntei
- Na verdade estamos pretendendo chegar pela manhã, é um baile para pessoas mais velhas, não tem hora pra acabar - meu pai riu
- Quer dizer que vamos dormir sozinhos aqui? - eu gaguejei
- É, tem algum problema? - meu pai perguntou assustado
- Nenhum problema!! - Pedro respondeu, a felicidade em sua voz era evidente.
- Ah, que bom então - meu pai sorriu
- Vamos Pê, se não a gente se atrasa - eu me levantei da mesa.
Fomos pra escola, no caminho conversamos um pouco sobre o que teria de legal na festa e nos beijamos, eu estava cada dia mais apaixonada por ele, pelo jeito que ele mexia o cabelo, pelo jeito que ele me tratava, eu queria ter certeza se ele sentia o mesmo que eu, se ele sentia alguma coisa por mim ou se pra ele tudo era diversão, só sei que eu estava gostando muito e, acho que ele também.
Cheguei na escola e aquele idiota que derrubou todos os meus livros puxou uma mecha do cabelo e me mandou um beijo, olhei pra ele, fiz cara de nojo e entrei pra sala, Ana já estava no seu lugar de sempre, escrevendo algo.
- O que você tá escrevendo aí? - perguntei colocando a mochila na minha mesa
- A lista amiga, já estou quase terminando - continuou escrevendo
- Animada pra amanhã? - eu ri
- Demais! Sério, vai ser '' A '' festa! - nós rimos
- Eu também estou animada, meu pai e minha madrasta nem vão dormir em casa - eu disse
- Sério? Safada! - Ana deu um sorriso malicioso
- Não pense besteira, só acho que vai ser legal - sentei na cadeira
- E pode rolar... você sabe! - ela riu alto
- Você tá me assustando. - eu disse séria
- É normal as meninas ficarem assustadas na primeira vez - ela riu
- Não estou assustada nesse sentido, sua boba! - mostrei a língua pra ela
- Ok, pensa em mim quando você tiver fazendo a melhor coisa do mundo com o Pedro amanhã de madrugada ok ? - ela riu e eu dei um tapa em seu braço
Na hora do recreio ficamos eu, Pê, Matheus e Ana conversando sobre a festa e marcando a hora que Ana passaria na minha casa pra me buscar, ou melhor, que horas o motorista dela me buscaria. Não sei como as pessoas da escola imaginavam eu e o Pedro, mas pareciam que elas não desconfiavam de nada, apesar de algumas meninas me olharem com uma cara de ' SAI DE PERTO DELE SUA VADIA ' acho que algumas não sabiam que nós éramos irmãos, e acho que nenhuma, além da Ana, sabia que nós éramos... mais próximos que irmãos, se é que você me entende. O sinal do recreio bateu e me despedi do Pê com um beijo no rosto, como de costume. Nunca demonstrávamos nossas intimidades em público, a não ser na ida e na volta do colégio. No final da aula fomos pra casa e eu aproveitei para dormir depois do almoço, como sempre.
Acordei a tarde e fiquei um bom tempo no computador, pesquisei uns trabalhos da escola e conversei com umas amigas da antiga escola. Olhei meu facebook e aquele chato da escola tinha me enviado uma solicitação, não aceitei! O que esse menino quer olhar no meu facebook? Apesar de ser um conhecido eu não tinha gostado nada dele e então cliquei em ' rejeitar ' sem me arrepender. Terminei a pesquisa e desci pra fazer um lanche, Pedro estava sentado, vendo malhação. Me juntei a ele e vimos juntos, minha madrasta estava na cozinha mas não desconfiava de nada. Quando ela foi pro quarto, trocamos alguns beijos e carinhos e conversamos.
- Com que roupa você vai pra festa amanhã? - ele perguntou, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha
- Segredo - pisquei
- Ah não amor, me conta! - ele fez biquinho
- Se eu contar, deixa de ser surpresa né lerdo! - eu ri
- Então não te conto como eu vou - ele mostrou língua
- Você vai de bermuda, tênis e blusa gatinho - eu sorri
- Ah, assim não vale - ele me puxou e me beijou.

Era só meu irmão...Where stories live. Discover now