Vigésimo nono capítulo!

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Acordei quando já era quase hora de Malhação, senti fome. Aproveitei para ir a cozinha, fazer um lanche e ficar por ali mesmo, assistindo. Desci as escadas um pouco sonolenta ainda e avistei Pedro ainda dormindo no sofá, na mesma posição em que tinha visto ele mais cedo. Não quis acordá-lo, então fui para a cozinha e fiz um sanduíche e abri uma lata de Coca Cola e me sentei no pedacinho do sofá em que o Pedro não ocupou e liguei a TV.
Quando malhação já estava quase no final Pedro acordou e tomou o resto do meu refrigerante. Assistiu o resto comigo e depois foi tomar um banho, eu estava deitada no sofá quando Pedro desceu e me lembrou que iríamos encontrar Ana e Matheus hoje mais tarde, para ir no tal barzinho. Me levantei correndo e fui para o chuveiro.
Tomei um banho e lavei meus cabelos. Saí do chuveiro, me enrolei no meu roupão e me sentei na frente do espelho, penteei e sequei meus cabelos, finalizei com uma prancha. Ele ficou lindo, estava super liso e cheiroso, tive essa certeza quando Pedro entrou no quarto, se aproximou de mim e os cheirou.
- Nossa amor, seu cabelo tá cheiroso - ele cheirava uma mecha
- Acabei de levar - eu sorri
- Estão lindos ok? Agora anda logo! - ele me apressou e saiu do quarto
Abri meu guarda roupas com a esperança de achar algo de cara pra vestir, porque eu já estava um pouco atrasada e não fazia idéia do que usar. Avisei minha saia preta justa e um tomara que caia rosa com estampa de florzinhas, achei perfeito e bem simples. Me vesti e procurei um sapato, achei uma sapatilha preta super pratica para colocar e que me deixava confortável até que meu celular tocou.
- Amiga, você vai de que? - era a voz da Ana
- Devo ir com a moto do Pe e encontrar vocês lá, porque? - eu perguntei
- Não boba, tô falando de salto ou não! - nós rimos
- Coloquei uma sapatilha, o que você acha? - eu perguntei
- Tira e coloca salto, lá é um lugar apropriado para o salto alto. - ela riu
- Ok então, até logo - eu disse
- Beijos - ela desligou
Joguei meu celular na cama e corri para o mesmo lugar onde eu estava, procurando qualquer sapato de salto. Achei um rosa bebê que combinava com minha blusa e logo o escolhi. Calcei os sapatos e fiz uma maquiagem mais escura, pois era noite de sexta feira, eu podia muito bem abusar do make né? Me perfumei, usei creme hidratante em minha pele e dei os últimos retoques no cabelo. Peguei uma bolsa preta pequena e coloquei dentro meu celular, o batom que eu tinha usado e umas notas que estavam na minha carteira, ouvi batidas na porta de novo e nem pedi para entrar, ja fui abrir e encontrei Pedro de bermuda, tenis e camiseta. Ele estava lindo, com os cabelos molhados e os braços do lado de fora. Eu queria rasgar aquela camiseta e fazer amor com ele ali, de tão lindo que ele estava, eu ia o elogiar mas ele o fez primeiro.
- Você tá maravilhosa, gostosa, linda! - ele me olhava de cima a baixo
- Digo o mesmo pra você amorzinho! - nós rimos e ele tentou me beijar
- Não amor, depois! Vai borrar meu batom - ele riu alto
- Mulheres.. - nós rimos
Descemos as escadas e meu pai estava jantando
- Onde você pensa que vai? - ele me olhou
- Vou pra um barzinho com o povo da escola e com o Pedro pai - dei um beijo na testa dele, sujando a de batom
- Divirta-se e não demore muito - ele disse
- Tá bom - eu saí pela porta
- Luiza, espera - ele disse
- Oi pai? - voltei para a sala
- Não beba - ele me olhou
- Tá bom pai! - fechei a porta
Fiquei esperando Pedro trazer os capacetes e a moto, por um segundo imaginei como meu cabelo iria se atrapalhar por causa do capacete, tentei afastar esse pensamento. Ele já veio em cima da moto e com o capacete no braço esquerdo, o peguei e subi, sem me importar com estar de saia. Afinal, não tinha nada ali que Pedro nunca tinha visto.
Enquanto Pedro pilotava, eu o perguntei se ele sabia onde era o tal bar, ele disse que sabia sim e que encontraríamos todos no bar. Chegando lá, haviam filas e filas de carro e, um pedacinho reservado as motos. Pedi para Pedro parar mais atrás para eu descer da moto sem que ninguém visse minha calcinha, por causa da saia. Ele estacionou junto a outras motos e eu desci, verifiquei e não tinha ninguém me observando. Arrumei a saia e ajeitei o cabelo por causa do capacete que quase conseguiu acabar com ele. Enquanto isso Pedro estava me olhando e ria baixinho com minha cara de brava com o capacete.
- Calma amor, ele não vai te morder, agora você eu não sei né - ele riu
- Morder não, mas acabar com meu cabelo ele consegue - eu disse entregando o capacete pra ele
- Tá linda e tá do mesmo jeito que saiu de casa amor! - ele disse, sorrindo
- Verdade? - eu disse
- Verdade meu amor, linda - ele me beijou
Ficamos nos beijando não sei por quanto tempo, até eu ouvir a voz da Ana
- Amiga, demorei? - ela se aproximava da gente puxando o Matheus
- Não, quer dizer, não sei - eu ri
- Como não sabe? - ela me deu um beijo no rosto
- Oi brother - Matheus cumprimentou Pedro
- Oi Lu - Matheus me deu um beijo no rosto
- Oi Pe, espero não ter demorado muito - An cumprimentou Pedro
- Não demorou Ana, relaxa - ele sorriu
- Vamos entrar então? - Eu disse animada
- Vamos, será que o povo já chegou? - Ana disse e começamos a andar
Chegamos na porta, um segurança alto e bem forte, que me deixou com medo só de me olhar revistou nossas bolsas e nos deixou entrar logo em seguida. Mal deu tempo de observar todas as pessoas do bar, ouvi uma pessoa chamar meu nome e quando olhei, estava toda a turma do colégio, algumas pessoas que eu conhecia só de vista e outras que, passaram a me cumprimentar. Eu acenei e fomos nos sentar com eles, comecei a reparar todas as pessoas que estavam na mesa e tive uma surpresa não muito agradável.
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