XVI

549 67 62
                                    


Nero a observava da margem do lado enquanto Giovanna boiava na água. Nua.

Se perguntava se seria permitido ele decretar que ela nunca mais usasse roupa na vida. Ele também aproveitava o sol contra sua pele, o peito desnudo, tomando um copo de vinho que havia trazido na jarra. Os cavalos aproveitavam a sombra e os pássaros cantavam.

— Você não vai entrar? — ela o chamou.

— Quer que eu entre? — ele falou, levantando do chão para molhar os pés na água.

— Deveria tirar essa calça, deve estar quente. — ela falou franzindo a face, os olhos irritados pelo sol.

Alexandre sorriu, deixando o copo no chão.

— Quem diria que a minha esposa seria tão preocupada com meu bem estar?

Ele desabotoou a calça e desceu a peça pelo corpo. Se permitiu perder o decoro, ficando pelado como ela. Estavam sozinhos, esse local era só dele, e queria estar em igual nível com ela. Giovanna sorriu e observou ele entrar na água como um Deus. Tinha plena convicção que eles dois foram desenhados pelo Olimpo, destinados a estarem aqui.

Quando ele ficou frente a frente com ela, a puxou pela cintura, e Giovanna envolveu as pernas nele.

Depois da conversa ela pôde perceber que ele estava bem mais leve. A tocava mais, a olhava mais, talvez por ter desistido da loucura que era ficar separado.

— Está feliz? Sei que evitou esse casamento a todo custo, mas e agora? — ele perguntou enquanto acariciava as costas dela.

— Era contra porque tinha certeza que você iria destruir a minha casa, não conhecia você...

— E agora?

— Estou feliz, mais do que eu pensei que estaria. Isso graças a você, ao Atlas, ao Rodrigo. Todos do seu reino.

— Não vejo a hora de te ouvir falar 'nosso' reino.

Giovanna o beijou, por tudo que havia mais sagrado ela queria passar o resto do dia, das luas, da vida com a boca junto da dele. Falando o mesmo idioma, ditando as mesmas regras, cantando a mesma música. Ela não precisava das convenções do mundo dele, talvez se restringia a ser apenas a Giovanna de Ártemis porque foi assim que ele a conheceu.

Que se encantou por ela.

Ser Giovanna de Ariccia traria novas responsabilidades, várias regras, entre outras coisas que ela não estava disposta por hora.

Se afastou do beijo quando sentiu ele acariciando sua bunda. Sorriu contra a boca dele.

— Parece que você gostou de algo.

— Não consigo tirar os olhos desde a primeira vez que vi. — ele falou rouco.

Ela sentiu a ereção se formar, olhou para os lados antes de olhar para ele.

— Aqui?

— Quero você em cada canto desse reino, Giovanna.

O tom de voz dele a fez tremer, e ela foi capaz de sentir o úmido de formando dentro dela, a deixando quente por mais que a água ao redor tentasse esfriar.

Alexandre desceu a mão até envolveu na base, guiando-se até a entrada quente de Giovanna. Ouviu ela suspirar contra sua boca.

— Você quer? — ele perguntou para confirmar o óbvio.

— Quero.

Ele posicionou e trouxe o quadril dela de encontro ao seu, entrando devagar para ela se acostumar. Giovanna enfiou o rosto em seu pescoço, gemendo abafado. Nero apertou com mais força sua cintura, movendo seu quadril no ritmo torturante, lento.

Ouro de Ártemis Where stories live. Discover now