XXXVII

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Existia algo sagrado em sentir a boca dele na sua em um momento que tudo que ela pensava era que estava no escuro. As mãos dele a apertavam como se precisassem também entender que ela estava ali.

Giovanna o segurava pelo rosto, o beijava ofegante sob a luz da lua. Sua mente se neutralizou de todos os pensamentos ruins, de todas as coisas que poderiam lhe machucar e ela se perguntava se tudo isso não era um sonho.

— É sonho? — ela perguntou ofegante.

— Não, sou real e seu.

— Então deve ser um presente dos deuses pelo meu sacrifício.

— O que? — ele perguntou confuso, cheio de desejo.

— Me faz sua... — Giovanna falou, o puxando com ela, caminhando para trás. — Vamos...

Ele olhou para o topo da coluna, viu a casa. Se deixou ser guiado por sua mulher, subindo a colina. Era quase como comparado a subida ao paraíso que os sábios sempre falavam.

Quando entraram na casa, Giovanna fechou a porta de madeira.

Ele olhou ao redor, vendo como aquilo não tinha nada a ver com a vida em que foram criados.

— O que você veio fazer aqui? — ele perguntou, mas logo se calou ao se voltar para ela.

Giovanna tirava o vestido, ficando nua e pronta para ele.

— Quer mesmo falar?

Ela se aproximou dele devagar, tomando as mãos grandes nas dela. Nero foi completamente envolvido pela névoa de desejo. Giovanna colocou as mãos grandes em seu quadril, que já tinha voltado ao normal depois da gestação.

Tudo ia voltando para o lugar, inclusive eles, de certa forma.

As mãos dele a apertaram até marcar os dedos. Giovanna se apoiou nos braços fortes, suspirou. Uma das mãos dele subiu por suas costas, trilhando a espinha com os dedos. Ao chegar na nuca, afastou os longos cabelos para o lado, expondo o pescoço. Ele desceu a boca até o ponto exato que a fazia tremer, deixando um beijo delicado.

— É minha de todas as formas. — ele sussurrou antes de ser mais agressivo, chupando a pele. — Quero te marcar de todas as formas hoje, Giovanna.

— Eu quero... — ela falou em delírio.

Alexandre a guiou até a mesa, a superfície mais próxima, e a sentou ali. Giovanna se apoiou nas mãos, observando enquanto ele tirava a camisa molhada de mar. Tirou a roupa toda, mostrando a pele curada das marcas que as agressões passadas deixaram.

Ele se colocou entre as pernas dela, subindo as mãos pelas coxas, se deliciando com a visão entre elas.

Seu olhar escuro encontrou o dela.

— Estou com fome, Giovanna. — ele falou e ela sabia bem que não era de comida.

Devagar, Giovanna se deitou na mesa por completo, se oferecendo como um banquete. Jogou os braços para cima de sua cabeça, agarrando a borda da mesa. Não ia se mexer, que ele matasse sua fome de vez. Nero gemeu rouco, as mãos agarrando os seios, apertando.

Se inclinou para beijar a barriga quase sem sinais de que um dia abrigou vida. O cheiro de rosas dela era intoxicante, mas a de desejo entre as pernas o atraia. Ele realmente estava faminto, por isso não demorou para descer sua boca até a intimidade que pulsava por ele.

O gemido dela foi alto, e ele agradecia estarem em uma ilhota completamente sozinhos, esse era o único som que queria ouvir da boca dela pelo resto da noite e por todo dia seguinte. Por toda a vida dos dois.

Ouro de Ártemis Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ