The Male Lead? I Don't Want Him

Capítulo 10

* * *

Chegando à capital, Luna procurou primeiro um banco. Lá, ela depositou metade do valor e trocou a outra metade para uso imediato em moedas e diversos cheques pequenos.

Claro, ela não se sentiu particularmente bem com isso. Todos sabiam que o Conde Peils era extremamente pobre, por isso não foi surpresa.

Quando Luna pediu abruptamente para trocar uma quantia significativa de dinheiro, o funcionário do banco lançou-lhe um olhar desconfiado.

"...Como você conseguiu esses valores de cheque?"

Embora tentada a se irritar com a atitude suspeita, Luna pediu calmamente a troca de bancário.

Havia uma taxa para troca de cheques, e essa taxa refletiria o desempenho dos funcionários. Portanto, quando o bancário, inicialmente designado para auxiliar Luna, foi substituído, eles contemplaram a situação, enquanto o novo funcionário manteve um sorriso educado e executou a tarefa com eficiência.

'Agora, eu só preciso jogar todos aqueles cheques na cara da Seira?'

Só de imaginar isso fez seu coração pular de alegria. Ela sorriu feliz ao embarcar na carruagem, e um dos mercenários sentados no banco do cocheiro perguntou-lhe:

"Você vai comprar um vestido agora?"

"Um vestido?"

Surpresa com a pergunta repentina, Luna inclinou a cabeça e o mercenário respondeu com um olhar travesso.

"Oh não? Seu traje parece um pouco leve demais para o frio. Achei que você estivesse planejando comprar um vestido ou um casaco.

Ao ouvir suas palavras, Luna verificou seu próprio traje. Na verdade, era um vestido fino e leve que não combinava com o clima frio, por isso ela usava até um cardigã dentro de casa.

'Pensando bem, mesmo que eu gaste dinheiro com esse traje... as pessoas podem pensar que estou desperdiçando meu orgulho com dinheiro que juntei desnecessariamente. Eles podem até presumir que foi dinheiro que ganhei vendendo uma mansão.'

O olhar simpático de Seira, perguntando se ela trouxe o dinheiro da venda de uma mansão, de repente a irritou.

Ela deveria se vestir tão extravagantemente quanto Seira, da cabeça aos pés.

"Sim, um vestido. Vamos fazer compras."

"Sim!"

Luna nem mencionou qual boutique os nobres como Seira costumavam frequentar, mas o mercenário tomou a iniciativa e ligou a carruagem. Parecia que ser empregado na Guilda dos Mercadores o tornara conhecedor de diversas informações.

A boutique não ficava longe do banco. Depois de sair do banco, não demorou muito para a carruagem entrar em uma rua repleta de edifícios elegantes. Era um lugar onde nobres de baixo escalão como ela nem chamavam atenção.

Embora ela tivesse muito dinheiro, seu coração ainda hesitava, fazendo com que seus dedos se mexessem desnecessariamente. Pouco depois, a carruagem parou em frente a um edifício esplêndido.

"Chegamos."

O mercenário abriu a porta da carruagem e ofereceu a mão como se estivesse guiando uma pobre alma ao tribunal do submundo.

'Está bem. Eu tenho muito dinheiro. Não se preocupe. Mesmo que eu gaste todo o dinheiro em um vestido e não tenha mais nada, mais dinheiro virá amanhã e depois de amanhã.'

Na verdade, não havia necessidade de se preocupar com tais preocupações. As famílias nobres com minas de ouro eram raras. Mesmo uma pequena quantidade de ouro tinha valor como moeda, e aqueles que possuíam essas minas de ouro ganhavam rendimento disponível suficiente para pensar em como gastá-lo de forma mais extravagante.