Ato II Cody - O dia de terror

256 43 24
                                    




Meu melhor amigo se chamava Teddy, ele apareceu no dia que minha mãe morreu, fazíamos tudo junto. Não tinha muitos amigos na verdade só tinha o Teddy, adorávamos brincar, tínhamos dois carrinhos o meu era o vermelho e o dele era o verde. Estávamos brincando como sempre, quando meu pai chegou do trabalho, ele estava com cheiro de álcool e me disse:

- Estou cansado de você ficando falando sozinho o dia todo. - Meu pai tira o seu cinto - Você só fica falando Teddy, Teddy, Teddy, ele não existe e você precisa virar homem - Meu pai pisa nos nossos carrinhos e me bate muito e assim foi minha vida por todos os outros dez anos, essa é uma das minhas piores lembranças, mas nada se compara o dia que o Poseidon afundou.

Poseidon 


O Nathan não está nada bem, a abstinência de drogas está deixando ele maluco, já faz uma hora que ele saiu com o Josh, deixando-me sozinho no quarto. Não sei porque aceitei essa viagem, sabendo que eles só fazem besteira.

A porta do quarto se abre e Nathan e Josh chegam acompanhados por duas garotas, uma ruiva toda trajada de branco, parecia uma roupa de enfermeira, e uma loira muita bonita usando uma camiseta de rock e jeans.

— Ei, Cody, sentiu nossa falta? — Nathan pergunta enquanto se joga na cama. — Fiquem à vontade, meninas. Cody, essas são Valentina e Juliet, elas querem um pouco de diversão, então as convidei para a nossa festinha.

— Oi, bonitinho — diz Valentina, beijando-me no rosto, enquanto Juliet senta no colo de Nathan.

— A Juliet conseguiu uns bagulhos para nós nos divertirmos — diz Nathan, beijando a garota. — Josh, pegue as cervejas.

— Pode deixar — responde Josh, pegando as bebidas na geladeira.

— Nossa, como eu estava sentindo falta disso. — Nathan cheira o pó com muita vontade. — Enquanto Josh fuma seu cigarro, provavelmente de maconha, as garotas também cheiram o pó enquanto bebem suas cervejas.

— O que foi, bonitinho, não vai querer? — pergunta Valentina, oferecendo-me um pouco de pó. — Balanço minha cabeça negativamente. — Ei, não seja tímido, vem, você vai gostar.

Experimento a droga pela primeira vez, os efeitos eram alucinantes, meu coração bate tão forte que parece que vai saltar do meu peito.

— Quem diria, hein, Cody? O certinho finalmente acordou para a vida. — Nathan diz, levantando-se da cama. — Valentina, aproveita enquanto pode.

Muito obrigado, Nathan, não via a hora de sair daquele quarto, aquele bebê me dá nos nervos — comenta Valentina, pegando mais uma cerveja.

— Você deixou seu filho sozinho? — pergunto assustado. Que mãe deixaria seu filho sozinho?

— Meu filho não, estou trabalhando como babá para um casal problemático — disse ela revirando seus olhos.

Sabe o que é engraçado, Cody? O bebê é filho daquele desgraçado que quebrou meu nariz — diz Nathan, acendendo seu cigarro de maconha.

Uma semana se passou, e ele ainda fala dele.

— Você não esqueceu isso, Nathan? — pergunto.

Rindo muito, ele responde:

— Esquecer? Só vou esquecer quando me vingar daquele velhote, e vai ser hoje. — ele começou a explicar. - Na festa terei uns três caras comigo, e essa obra de arte que está no meu colo, Juliet, vai seduzi-lo, e eu como namorado dela, vou tirar satisfação com ele, e aí, com a ajuda dos seguranças que peguei emprestado do meu pai, vamos dar a surra que ele merece.

Vidas entrelaçadas - Uma luz diante das trevas Ato 1Where stories live. Discover now