Ato III Ana - A ultima regressão...

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A noite naquele dia estava frio, uma grande tormenta se aproximava, só não sabia que ela levaria toda minha vida embora.

— Há quanto tempo você sabe? — ele perguntou chegando no convés.

Ele estava tão preocupado com a minha gravidez, queria que ele estivesse comigo quando ela não conseguiu vir a esse mundo.

— Uma semana antes da viagem – Ana do passado respondeu colocando sua mão em seu ventre.

— E por que não me contou? Isso é maravilhoso. – ele colocou a mão em meu ombro sorrindo de felicidade.

— Não me entenda mal, eu amo o nosso filho, mas eu não sirvo para ser mãe, eu não quero essa criança, ela não merece uma mãe como eu. – Ana do passado começa a chorar.

Como eu fui uma idiota, eu tinha um filho para amar e cuidar. Por que eu não fiquei com ele naquela noite, eu podia sair com ele. Mas tive que deixar ele na mão daquela Valentina. E por esse erro, perdi os homens da minha vida.

— Não fale besteira, — ele riu de deboche —, ele vai ter orgulho da mulher forte e inteligente que a mãe dele é. Quando seus pais morreram no acidente de carro, quem ficou do lado de Emilia? Quem a confortou quando mais precisava? Você não é uma péssima mãe, só precisa de uma ajudinha. Na verdade, nós dois precisamos, mas com o tempo nós aprendemos. – ele me deu um abraço bem forte e sussurrou nos seus ouvidos — Ele irá amá-la como amei quando te conheci e sempre irei te amar.

Sempre irá me amar? Como eu pude esquecer desse dia, ele me mostrou confiança que precisava. Um clarão branco aparece, isso que dizer que iremos acelerar no tempo. Um grande trovão se vez se mostrar onde nós estávamos. Eu do passado não queria largar o Christian.

— Não, eu vou junto! – Ana do passado exclama.

— Ana, preste atenção, Valentina já ouviu a mensagem do capitão, eles já estão vindo, eu só vou em direção a eles. — ele dá um abraço e um beijo, e se vira para ir atrás de Jacob. Só eu não obedeci e vou atrás.

Isso garota, não desista, vai atrás do seu filho.

— Ana, por favor, fique, você está gravida, nós vamos ficar bem, entre no bote, eu logo estarei lá! Pegarei nosso filho mesmo que seja a última coisa que eu faça, e nós iremos ser uma família feliz, eu, você, Jacob e essa criança que está aí. – Ana do passado olhou em seus olhos, mas ela não queria soltar.

As gotas começam cair.

— Magno, por favor, leve minha mulher para o bote! – Christian pediu para um homem negro que estava aparecendo no meio de todo esse caos.

— E você, cara, não vem? — Magno pergunta, e suas filhas choram com muito medo.

— Eu tenho que buscar o meu filho.

— Eu vou junto! Yasmim, fique com Ana e nossas filhas, entrem no bote e fiquem seguras. Papai já volta! — Magno abraça sua mulher e filhas.

— Não, Magno, muito obrigado, mas eu preciso fazer isso sozinho, fique com sua esposa e filhas e com Ana e as mantenha seguras!

Ano do passado o abraçou, e sussurrou em seu ouvido.

— Eu te amo!

Essa foi a última palavra que eu disse para ele, eu tentei acompanha-lo, mas o clarão apareceu novamente. E agora estava no bote com famílias que não conhecia. O bote se mexia muito, eu consigo olhar para uma janela que do bote, e vi o Posseidon afundando, foi aí que tudo ficou escuro, e minha se foi para sempre. O clarão apareceu novamente, e mostrou o jardim do Garden, o Jason me beijando. E no meio de toda essa tristeza, apareceu um raio de esperança...

— Minha família se foi... – falei despertando da regressão do tempo, onde Harumi me observava. — Agora eu sei que eles se foram.

— E o que você acha disso Ana? — Marcelle me pergunta me levantando do divã.

— Eu posso seguir em frente agora.

Sai do consultório eu fui em direção ao quarto do Jason. Bati em sua porta, quando ele abre a porta. Sorri para ele e lhe dei um grande abraço. Ele acariciou meu rosto, e devagar aproximei meu rosto ao dele, ele me deu um selinho demorado, quando eu mordo levemente seus lábios vermelhos. O nosso beijo começa a ficar intenso, e começo a empurra-lo para dentro de seu quarto, ele me beija meu pescoço como se tivesse experiência. Ele deu uma pausa e pergunta.

— E as câmeras?

— Acho que faremos um show para eles...

Vidas entrelaçadas - Uma luz diante das trevas Ato 1Where stories live. Discover now