06 | P r e p a r a ç ã o

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     — Teresa, apresse-se!

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     — Teresa, apresse-se!

     — Estou indo. — eu disse a Leo.

     Estávamos todos reunidos na frente da escola, os alunos iriam juntos para a Fortaleza de Treinamentos – não era exatamente o sinônimo de beleza, e sim algo totalmente rústico, segundo Tatiana. Em todos esses meses, eu nunca tinha chegado a conhecê-lo, mas muitos diziam que era um lugar ótimo para aprimorar talentos e habilidades. E era por isso, entre outras coisas, que estávamos indo para lá. Eu não sabia muito bem como ele funcionava, no entanto, tinha certeza de que ficaríamos na Fortaleza por uns dias. E Tatiana não compartilhava da minha ansiedade, sua expressão era de puro descontentamento.

     Peguei minha bolsa e acompanhei Leonardo, sempre atencioso ao empurrar as pessoas para longe do caminho. Havia inúmeras pessoas esperando para entrar no portal. Era um semicírculo preto e estranho, as bordas levemente borradas como se tivessem sido feitas com giz ou pó. Tatiana disse que a ligação do pó dourado e da magia ancestral do local fez com que uma fenda se abrisse dali até o local onde treinaríamos, conectando dois locais ao mesmo tempo com o pó que constituía um e outro. Era uma das poucas passagens rápidas entre as quatro estações. Foi preciso mais de três mentores, mas conseguiram organizar os alunos de modo que todos passassem a tempo. Eu nunca tinha feito isso!

     — Passem um de cada vez. — alertou o Sr. Peter.

     Várias fileiras foram à nossa frente, a nossa foi uma das últimas. Houve uma pequena hesitação da minha parte, até mesmo alguns pensamentos sobre tudo que poderia dar errado. Não era muito difícil acontecer problemas comigo. Também não fiquei menos tensa quando meus amigos passaram primeiro. Ouvi nosso mentor me chamar uma, duas, três vezes. Meus pés paravam na faixa preta do portal, sem conseguir seguir adiante. Então, resolvi tomar fôlego e fechar os olhos. E não foi tão difícil quanto eu pensava. Ao abrir meus olhos, capturei a vista de uma construção sofisticada e magnífica. 

     Era uma fortaleza branca e bege com muitos adornos em bronze e ouro, dando leve destaque por conta da neve suja que preenchia a floresta em volta. No interior, o piso era de mármore negro riscado pelo tempo, e todos os corredores eram iluminados pela luz que entrava através de inúmeras janelas engradadas ao longo do trajeto. Meu olhos não conseguiam parar em um lugar só! Havia milhares de cômodos, escadarias e salas cheias de equipamentos para luta. As paredes eram feitas de blocos cinzentos e polidos, combinavam com os lustres velhos e enegrecidos pelo tempo. 

     Após subirmos as escadas com finos tapetes vermelhos puídos, nos estabelecemos no segundo andar, onde estavam os quartos da ala azul. Depois, respectivamente, a ala verde, a preta e a branca. Os quartos de um lado do corredor ficavam as meninas e do outro lado, em frente ao nosso, ficavam os meninos. O cômodo era composto por um lustre pequeno, uma cama confortável, uma lareira antiga e uma sacada bem ventilada com vista para a floresta congelada e extensa. Ainda tinham toques rústicos em um lugar ou outro.

AMOR PERDIDO (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora