14 | S e n t i m e n t o s

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     Eu não estava conseguindo me concentrar em nenhuma das aulas, havia muitos problemas rodeando minha mente. Lembrava-me de ter elevado a voz para falar com os reis e ter algum tipo de conflito com a princesa Lívia - obviamente, ela mereceu. Vaca! Mas, durante essa última semana, a Deusa tem vindo me visitar diariamente. São... Sonhos... Uma estranha presença... Sensações. E cada vez mais me parecia que algo de ruim acabaria acontecendo.

     Assim que a aula de Literatura Antiga acabou, levantei-me com pressa e fui em direção ao meu quarto. Eu precisava descansar, nem que para isso eu tivesse que perder as outras aulas do dia.

     Tranquei-me no quarto e resolvi colocar uma roupa mais leve já que não ia sair, então vesti uma calça preta de lã grossa e uma camisa bordô com gola alta, mas deixei meu cabelo solto para aquecer o pescoço. Joguei-me na cama e puxei as cobertas para que cobrissem meu corpo, enquanto observava a paisagem do sacada: um mar lindo com a água turquesa clara, os pinheiros e a grama que estavam em volta, todos cobertos por neve, e um lago congelado que algumas pessoa patinavam.

     — Eles estão felizes. É lindo, não é mesmo? — ela perguntou, a mesma voz suave de sempre. — Consigo ver a felicidade deles.

     — Sim — respondi sem tirar meus olhos da paisagem.

     Fiquei imaginando como seria uma vida normal, um pouco parecida com a das pessoa patinando. Elas cresceram em uma família feliz, não tinham que se preocupar em encontrar respostas as suas perguntas, afinal, por mais que tivessem muitas delas, nenhuma era um enigma que te revelaria sua vida. Me senti um pouco mal em saber que minha família se resumia aos meus amigos, não que isso fosse ruim, mas uma mãe e um pai faziam falta.

     — Eve, acha que algum dia eu vou conseguir ser feliz de verdade? — voltei meus olhos para os dela. — Feliz com toda a verdade, igual as pessoas de lá? — apontei para o lago.

     Ela me olhou com compaixão.

     — Acho que você é feliz ao lado das pessoas que ama. Você tem perguntas, mas não acho que esteja pronta para as respostas.

     — Por que eu a vejo? Por que meu colar brilha? Quem são meus pais? Quem é meu amor perdido? Quem é a mulher dos sonhos? Por que eu consigo manusear mais de dois elementos?

     — Você vai descobrir, tudo tem seu tempo.

     Revirei os olhos.

     — Falando assim, parece até que você vai me fazer esperar para sempre para obter essas respostas.

     — Não é uma má ideia. — ela disse pensativa.

     — Ei! - me levantei da cama — Eu preciso saber dessas coisas se você quer que eu a ajude. — andei de um lado para o outro e acabei parando em frente à lareira — Se eu entendi bem, você quer que eu te ajude a encontrar Lótus?!

AMOR PERDIDO (Revisão)Where stories live. Discover now