28 | T e a t r o B o l s h o i

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     — Cuidado! — disse Rafa.

     Bem, por onde começar? Tinha tanta coisa que eu queria estar fazendo, menos o que estava fazendo no momento, que minha mente viajava em diversas direções. Porque, para mim, já era uma tortura uma semana. Uma semana longe de Luminus. Uma semana longe do Felipe. Uma semana com a porcaria da conversa com Yuri na cabeça. E, por fim, uma semana treinando muito com os garotos. Mesmo que o correto fosse dizer "levando porrada".

     Desvencilhei-me do golpe de Thiago e fui para o lado oposto ao dele, de onde peguei impulso para dar-lhe uma rasteira. O problema é que era difícil dar uma rasteira no Thiago, ele tinha muito equilíbrio. Por que ele tinha que ser tão bom? Pelo menos dessa vez, ele perdeu um pouco da firmeza das duas pernas,  facilitando o meu próximo golpe. Mas quem disse que ele também não me daria uma rasteira? Pois bem.

     — Levanta logo, Teresa! —  gritou Rafael, achando que estava dando incentivo para mim. Tsc! — Não deixa ele te ganhar, de novo!

     — Obrigada! — disse impaciente, enquanto rolava para o lado, fugindo dos braços do Thiago.

     Levantei-me com a maior pressa que pude e pulei em suas costas, fazendo-o cambalear para trás e agarrar minhas mãos em torno do seu pescoço. Mas se eu pensei que estava ganhando, ledo engano! Seu corpo se locomoveu para trás e bateu minhas costas contra uma árvore.

     — Ai! — disse choramingando ao passo que ele ria.

     Pulei de suas costas quando ele se desencostou da árvore e franzi o cenho,  ainda irritada enquanto ainda ouvia sua risada.

     — Se você passasse menos tempo pensando no Felipe e mais tempo nas lutas...

     Revirei os olhos mentalmente, mas arqueei as sobrancelhas para ele, me aproximando. 

     — Sério? Quem disse que eu estava pensando em Felipe? — Subi a mão por seu braço enquanto focava meus  olhos nos cor de Mel dele. — Eu posso estar muito bem pensando no meio irmão dele, não?

     Vi uma centelha de surpresa e ansiedade passar por seu rosto, e assim que mordi meus lábios, vendo os dele entre entreabertos, usei minha mão que estava em seu braço e o girei, apertando-o para trás das costas, antes de bater os pés nos dele para derruba-lo.

     — Ai — gemeu baixinho e me sentei sobre ele com um sorriso divertido.

     — Se você passasse menos tempo pensando em mim e mais nas lutas...

     — Muito engraçado — ele disse ironicamente, e podíamos ouvir Diego e Rafael rindo.

     Vi que Dimitri e Kátia nos observavam também, trazendo uma bandeja com comida, então me levantei e caminhei em direção aos meninos. Pelo menos tentei, porque antes de chegar até eles, um braço forte rodeou meu pescoço.

AMOR PERDIDO (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora