Em Luminus, conjuradores mágicos e Humanos são separados em um mundo do qual as estações são diferentes reinos. Primavera, outono, inverno e verão, todos os principais reinos estão tendo dificuldade de se manterem intactos, isso por conta de uma ant...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Já imaginou o que o seu irmão está fazendo?
— Não. — Felipe disse aborrecido. — e não quero saber.
— Pois é, quem sabe ele não está aproveitando junto com a Teresa...
— Para!
— Os dois juntos, sozinhos...
— Pavlin!
— No mesmo quarto...
Felipe agarrou as penas azuis esverdeadas do pavão, que, por sua vez, soltou um grito esganiçado e fugiu dele rindo — se é que aquilo era um riso. Seu pavão vinha atormentando seus pensamentos desde que Tessa foi embora, e isso era uma droga!
Felipe estava sentado no balcão da sala secreta, enquanto desfrutava de qualquer uma bebida, de preferência a mais forte, e pensava em como sair da vida monótona e entediante. Sua irmã e seu melhor amigo não davam mais atenção, ainda mais agora que não se desgrudavam um minuto sequer, o que não passou tão despercebido por alguns reis e rainhas, incluindo seu pai. E falando no seu pai...o rei Philip não lhe dava descanso nenhum. Eram reuniões, organizações, regras e trabalhos que o sobrecarregavam. A pior parte é que não era somente seu pai, eram todas as responsabilidades que vinham junto pelo fato dele ser Felipe Inter, o herdeiro de Luminus.
Como se não bastasse estar sobrecarregado, sua noiva o infernizava durante o dia todo, principalmente quando o assunto era o casamento. Não era como se ele não quisesse estar com outras pessoas agora, pessoas estas que estavam em Moscou. E não era seu meio-irmão ou seus dois amigos, era ela, Teresa. Desde que ela saiu da escola, a vida do Felipe ficou meio perdida e ele se pegava pensando nela na maior parte do tempo, principalmente quando os pensamentos levavam á ela sozinha com Thiago. Isso era um absurdo! Mas era o que ele ouvia durante o dia todo quando estava com seu pavão. Maldito seja ele!
Felipe deu alguns passos cambaleantes por conta da bebida e se apoiou no parapeito da sacada, apreciando a vista do mar. Ele também conseguia ver outra pessoa ao seu lado, só não sabia se era real ou o efeito da bebida.
— Já bebeu o suficiente?
— Lótus! — ele se virou e caiu sentado em uma poltrona branca enquanto sorria.
— Então vai mesmo ser assim? - Perguntou Lótus com a cara fechada.
— Ah! Vamos lá! — Disse Felipe deixando a cabeça pender para frente em sinal de desânimo — É mais divertido assim. A culpa não é minha se você também não pode se divertir desse jeito.
Ele balançou a cabeça em gesto de reprovação.
— Vamos, Felipe, você é melhor que isso. Eu gostava mais do outro Felipe.
O príncipe torceu o nariz em discordância
— Não sou obrigado a agradar todo mundo, aliás... Nem todos têm o bom gosto de preferir e amar esse 'eu'.