Em Luminus, conjuradores mágicos e Humanos são separados em um mundo do qual as estações são diferentes reinos. Primavera, outono, inverno e verão, todos os principais reinos estão tendo dificuldade de se manterem intactos, isso por conta de uma ant...
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Minha roupa estava muito suja, eu só não sabia do que. Eu andava e andava, mas nunca encontrava uma saída, aquele lugar era muito grande. A névoa espessa cobria o chão lamacento e as águas escuras do pântano, mas do outro lado eu conseguia avistar uma floresta verde e escura com um enorme castelo em ruínas. Que lugar era esse?
Como se alguém me ouvisse, ouvi uma voz:
— O Vale dos Caídos.
Virei bruscamente para trás, tentando identificar a pessoa. Era a mesma mulher novamente. Eu só sabia que ela tinha longos cabelos loiros, mas sua face ficava borrado para mim. Era a mulher que eu chamei de mãe.
— Por que estamos aqui? - perguntei.
— Você precisa saber. Você precisa encontrar.
— Sim. Eu preciso encontrar muitas coisas, seria melhor se você fosse mais específica. - disse impaciente.
Ela sorriu. Com passos lentos e silenciosos, ela se prostrou ao meu lado.
— Se você desvendar a maldição, não precisará descobrir nada sobre seu passado. Tudo se revelará sozinho. A realeza sabe.
— O que?
— A realeza sabe. Tudo.
A neblina cobriu novamente o cenário, me fazendo fechar os olhos já lacrimejados. Porém, assim que os abri, ela já não estava mais ali. Na verdade, eu é que não estava mais lá.
Gira...Gira...Gira...
Agora eu me encontrava com trajes secos, uma camisola quente e grande, para ser mais precisa. As paredes eram brancas e havia lustres em cima de mim, estes que refletiam no chão de mármore.
— Aí está ela! - Ouvi uma voz alegre e familiar.
— Papai!
Uma menina passou por mim — sim, ela passou por mim. Mas, novamente, descobri que se tratava de mim. Era eu quando mais nova. Os cabelos louros e soltos estavam jogados na frente do rosto e ela vestia uma camisola igual a que eu estava. Ela pulou no colo do pai e a mãe — a mesma mulher que eu vira — vinha logo atrás. Ambos tinham a face borrada. Maldito sonho! Talvez fosse uma lembrança.
