AMOR PERDIDO (Revisão)

31 | R e i n e L o r r a i n e

Teresa

Reis e rainhas, diretores e anciães, e até a elite estavam reunidos no escritório principal do castelo do Verão. Todos não paravam de andar, falar e arquitetar planos. Aquele local estava um verdadeiro caos! Os reis dos reinos principais estavam sentados do lado oposto da mesa em que os reis dos reinos menores, eles concordavam ou discordavam das diferentes opiniões. Já as rainhas, os professores e o diretor, estavam verificando a quantidade de alunos feridos e de Sombrios mortos.

Depois da batalha, a tempestade só piorou. Havia inúmeros corpos no jardim, e o pior é que não eram somente dos Sombrios. Nós podíamos ouvir o barulho dos guardas correndo entre os corredores e entre as florestas para "limpar" a área. Essa invasão foi uma das maiores em muito tempo, os reis acham que eles estão aumentando o exército. Enquanto isso, nós - os alunos da elite - tivemos que usar nossos poderes para reconstruir uma barreira em volta do castelo.

- Quero que vocês tentem minimizar esse conflito o máximo possível. Tentem acalmar o povo. - rei Carlos disse aos outros representantes do reinos. - Enquanto isso, temos que...tratar de assuntos importantes.

Todos ficaram receosos e curiosos, então o silêncio pairou no recinto.

- Por conta de todas as consequências, queremos dar um fim a essa maldição. Acabar com ela de uma vez por todas! A partir de agora, nosso único objetivo é esse.

- Para isso, - começou o rei Philip, jogando alguns papéis em cima da mesa de vidro preta - vamos enviar nossas melhores equipes da Escola Real e os melhores exércitos de todos os reinos. Queremos que os reinos menores disponibilizem homens para o exército dos reinos principais. Juntaremos as estações em Luminus.

Imediatamente, todos os reis chamaram seus assessores reais e os chefes da guarda real. As rainhas foram ao lado dos maridos para que todos assinassem os documentos sobre as alianças temporárias entre as quatro estações. Enquanto isso, nós ficamos parados do outro lado da enorme mesa, tentando descobrir se era para fazermos algo.

- Acha que o livro está aonde? - perguntei ao Rafael ao meu lado. - Não me esqueci que tenho que encontrá-lo.

Ele revirou os olhos azuis.

- Livros... - resmungou com desdém.

- Talvez a Tatiana saiba!

Sem muito esforço, caminhei alguns passos para trás e fiquei entre Tati e Leo. Ambos estavam bem próximos, e tentavam ao máximo ignorar um ao outro. Era perceptível a tensão entre eles.

- Já ouviram falar sobre um livro, Reine Lorraine?

Tatiana franziu o cenho e Leo continuou a brincar com uma pequena adaga, me ignorando.

- Não. Mas o que você quer saber sobre...a rainha Lorena?

- É-é só curiosidade.- menti.

Ela arqueou as sobrancelhas, como se estivesse me analisando ao saber que menti. Mas não mudei de expressão, continuei como quem não quer nada.

- Realmente, não sei. Mas eu acho que meu pai sabe.

- Ele... - comecei a falar, mas fui interrompida.

O barulho estrondoso da porta de madeira se fechando ecoou pelo escritório. Os chefes da guarda e os assessores reais saíram, deixando apenas os monarcas e nós na sala. Todas as rainhas se sentaram nas cadeiras vermelhas em volta da mesa preta, já os reis, ficaram em pé assim como nós. Havia silêncio absoluto, mas eu quase podia ouvir as engrenagens do cérebro deles trabalhando.