20 | F i n a l m e n t e!

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     Mesmo após dormir e acordar inúmeras vezes, eu não conseguia relaxar, sempre acabava acordando novamente. A notícia que Larissa havia me dado era algo que eu nunca tinha imaginado, mas a maldição era aquela que controlava meus pensamentos. Eu estava começando a ficar atormentada por conta de toda a situação. Eu precisava fazer algo útil, e rápido. Já estava cansada de ser a mocinha que ficava esperando que todos fizessem tudo. Tínhamos que resolver logo essa maldita situação.

     Levantei com leveza e fui para a sacada, pelo menos com a vista eu tinha que me contentar. Os morros verdes cercavam o reino de um lado, fazendo com que o castelo se projetasse majestosamente de cima de um dele. Já do outro, havia um enorme mar azul de tirar o fôlego. Ali sim era um lugar bom para pensar claramente. Nesses últimos meses eu descobri que tenho amigos homossexuais, aquele que eu mais estimava irá se casar com uma princesa arrogante e insuportável, uma de minhas amigas próximas está grávida, quase me afoguei em um mar tempestuoso e Sombrios me atacaram. Tenho sentimentos que me deixam abalada; sonhos que me deixam angustiada tanto quanto uma ligação com a Deusa, e poderes fortes que me fazem ficar acima de um jogo antigo de poder entre as estações. 

     Eu precisava de um descanso!

     Suspirei frustrada e deixei um gemido de exaustão escapar.

     — Precisa conversar?

     Assustei-me ao ouvir sua voz. Sorri involuntariamente quando seus olhos azuis esverdeados brilharam e se voltaram para mim. Felipe estava uma sacada abaixo e a esquerda da minha. Suas costas estava contra uma das colunas da sacada e ele tinha uma expressão leve no rosto.

     — Quem não precisa?

     — Por que não vem aqui? Sou um ótimo ouvinte — balançou as sobrancelhas.

     Eu ri. Agarrei mais a túnica contra o corpo e olhei para dentro do quarto.

     — Como? — perguntei — Se eu abrir a porta, sua irmã ou Larissa acordarão.

     — Feche seus olhos.

     — Por q...

     — Só faça!

     Fechei meus olhos e respirei fundo. Fiquei um pouco assustada no momento em que não senti o chão sob meus pés, mas não abri os olhos por medo e prendi a respiração. Eu me sentia leve e me arrepiei após sentir o vento frio que passava pelo tecido fino. Quando dei por mim, já estava na sacada dele e em seus braços.

     — Como fez isso?

     — Um mágico nunca revela seus segredos. Devia saber disso. — disse com um leve sorriso.

     Agarrei-me ao seu pescoço e deixei que ele me levasse para dentro e me tirasse do vento gélido. Realmente, dentro do quarto estava muito mais caloroso e acolhedor, uma vez que a lareira fazia seu trabalho com esplendor. O príncipe me jogou junto aos travesseiros e eu levantei o olhar, lançando um sorriso forçado a ele, enquanto ria.

AMOR PERDIDO (Revisão)Where stories live. Discover now