21 | I l u s ã o V s. R e a l i d a d e

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     Assim que andamos um pouco à frente na ilha, demo-nos conta de que ela era maior do que imaginávamos. Quanto mais nós andávamos, mais a floresta ia se expandindo. A ilha era cercada por muitos morros e montanhas, dificultando qualquer visão limpa da área. Além do mais, contávamos tantas e tantas árvores e matagais que era impossíveis saber se já tínhamos percorrido o mesmo caminho no qual estávamos.

     Sabíamos que nosso tempo era limitado, por isso mesmo que nos separamos para achar rastros. Precisávamos encontrar um templo, dentro resolveríamos tudo a respeito das pistas. Eu não sabia o que o templo guardava, mas... Encontre-o, e achará o que busca, dissera Eve. Logo, o príncipe Venture se deixou levar pelas areias pálidas do litoral; Tatiana Inter correu entre trilhas dos vulcões adormecidos — era o que achávamos; O príncipe loiro se moveu pelo lado norte da floresta e eu, pelo lado sul do matagal. Se encontrássemos algo — o que eu torcia para acontecer —, mandaríamos uma mensagem telepática, possível por conta do Felipe. Eu realmente não sabia sobre essa habilidade, mesmo que fosse mais de acordo com seu animal do que a sua pessoa.

     Mas, enfim, eu estava morta! Não literalmente, mas meus pés estavam doendo muito. O caminho era cheio de árvores que eu tinha que despistar, cada uma mais alto do que a outra, ou mesmo troncos e galhos espalhados que eu volta e meia tropeçava. Mas o que realmente incomodava era a porcaria de bichos que eu nunca tinha visto! Não que eu fosse uma dama em perigo por causa de mosquitos, mas eu realmente os amaldiçoava internamente.

     Graças à Deusa que Aurum está comigo! 

     Parei, no entanto, quando vi algo estranho: um espelho. Não que ele em si fosse estranho, mas estava pendurado no tronco de uma árvore sendo que ninguém habitava a ilha — novamente, era o que achávamos.

     — Aurum, tem ideia de quem possa tê-lo deixado aqui? — perguntei apontando para o espelho.

     — Não. — ele respondeu com um pouco de curiosidade. — Vou ir para cima, tentar ver onde os outros estão. Volto em um segundo.

     — Certo. — disse observando seus rastros dourados no céu.

     Assim que ele saiu, eu caminhei em direção ao espelho. Ele parecia ser velho da à oxidação no metal que envolvia o vidro. Caminhei alguns passos entre as árvores, sempre rodeando aquele objeto. Pensei que, se conseguisse me esconder, talvez poderia encontrar alguém por perto que estivesse me vigiando. Contudo, depois de poucos minutos vagueando, dei-me conta de que não havia ninguém por ali. Peguei o espelho e trouxe para perto de mim, o que foi um erro. Quando olhei meu reflexo, deixei o espelho cair com o susto que levei. Aquela não era eu! 

     Demorei alguns segundos, o coração ainda acelerado, mas o peguei novamente e vi a imagem que estava refletida: uma garota com pele pálida, cabelos sedosos e castanhos escuros, sorriso perfeito e olhos castanhos que assumiam um brilho de frieza e superioridade. Era a princesa Orphman.

AMOR PERDIDO (Revisão)Where stories live. Discover now