10 | S o m b r i o s

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     A semana seguinte foi mais agitada do que o previsto

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     A semana seguinte foi mais agitada do que o previsto.

     Os governantes dos principais Reinos estavam ansiosos para termos sucesso em nossos treinos — para ter controle sobre nós e nossas habilidades. Então, no momento do nosso retorno e estabilização, nossos animais foram levados a uma pequena cerimônia com os conjuradores anciões. Eu não soube o que houve lá dentro, mas voltaram para nós após quase meia hora, com tudo de necessário para permanecerem conosco. No entanto, imagina a minha surpresa quando vi minha fênix falando comigo? Sim, ela estava falando.

      — Você queria o que? — ele me perguntou — Que eu ficasse ao seu lado vinte e quatro horas por dia e não falasse nada?

     — Não... é só que...

     — Oras, Teresa, eu ainda preciso de um nome. Então, enquanto você estiver com essa cara tola e pensando no que deve ou não acreditar, lembre-se de escolher um nome para mim. Durante esse tempo eu vou estar na sua sacada, nada melhor que ar fresco.

     Minha fênix saiu voando até a sacada, deixando rastros dourados no ar. Virei-me para Felipe e vi que ele segurava um riso. Eu devia estar com a maior cara de tacho.

     — Como assim? — perguntei me sentando na minha cama. — O que está acontecendo? 

     — Os animais são ligados ao pó dourado, o que deu vida aos conjuradores, logo, são totalmente capazes de desenvolverem habilidades... Extras. — ele soltou um riso fraco. — Pelo que eu vi, sua fênix não é tão amistosa, por assim dizer.

     — Ela não gosta de mim? — perguntei, preocupada.

     — Claro que gosta, provavelmente te idolatra. Os animais ficam nos bosques da Deusa por um tempo indeterminado, até o ritual de ligação de animais. Quando a cerimônia se incia, eles ficam esperando por um candidato que os encante, então, eles se ligam à pessoa. — ele sorriu — Sua fênix é rara, mas, mesmo com tantas pessoas, ela escolheu você.

     — Entendo. — sussurrei, hesitante. — Então todos os animais gostam de seus parceiros? Digo... O seu pavão sente afeição por você?

     Ele bufou e balançou a cabeça com leveza.

     —Esse é um assunto completamente diferente. Meu pavão só idolatra a si mesmo — ri de sua expressão dramática. Felipe jogou-se ao meu lado, olhando para o próprio animal do outro lado do cômodo — Os animais tem diferentes tipos de personalidade, a maioria é dócil e protetor. Infelizmente, o meu não é assim. Convencido, exibido, irritante, pé no saco...

     — Oras, isso tudo é inveja — disse seu pavão, suas penas se abrindo e brilhando com o reflexo da pouca luz.

     Ele tinha um porte médio, mesmo que as penas alcançassem quase a altura dos meus olhos — eram uma mistura de azul celeste, azul profundo, marrom e verde. Se eu olhasse intensamente, veria os olhos de Felipe naquela calmaria colorida.

AMOR PERDIDO (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora