27 | C a s i n o

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     Eu nunca tinha entrado em um cassino antes, então eu não sabia muito bem o que esperar

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     Eu nunca tinha entrado em um cassino antes, então eu não sabia muito bem o que esperar. Mas era tudo muito grande, muito espalhafatoso! Ele era integrado com um hotel e com complexos de salas para espetáculos musicais ou teatrais, onde "garçonetes de minissaia" distribuíam bebidas alcoólicas gratuitas e algumas piscadelas, principalmente à Thiago. Me aproximei dele enquanto Rafael e Diego faziam a ronda no local.

     — Aposto que aprecia a atenção.

     — Eu? — ele franziu o cenho, fingindo desentendimento — Do que você está falando? Não é como se a cada passo que eu dou, eu chamasse atenção. Afinal, — ele passou a mão pelos cabelos loiros e ajeitou seu terno, lançando-me um sorriso sedutor — sou deslumbrante, não?

     — Como se você chamasse um terço da atenção que eu chamo com isto daqui. — murmurei, pegando no meu vestido dourado e curto, muito curto.

     Roupas em Luminus tendiam a ser comportadas — com exceção às cortesãs. No entanto, o Reino Humano diferenciava-se no quesito vestuário, desde vestidos curtos e brilhantes até calças que marcavam todo o corpo. Não era ruim, era apenas... Peculiar. Uma das muitas coisas, apenas, porque quando se tratava de tecnologia... Era algo surreal.

     A tecnologia em Luminus contava com a ajuda do Pó Dourado como meio de comunicação, transporte e outros. Era nossa fonte energética. No entanto, os humanos contavam com uma tecnologia que fora aprimorada com sua própria inteligência, onde equipamentos de pesquisa eram ligados a fios ou redes... Virtuais, era como eles diziam. Enquanto nosso mundo era ligado pelo Pó, o dos humanos era algo repleto de relações virtuais.

     — Eu gostei. — falou sorrindo, mas então se virou olhando ao redor e fechou a cara — E acho que a maioria dos caras também.

     Ignorei os olhares direcionados a mim e passei a observar o salão. Era cheio de roletas, tabuleiros, caça níquéis, fichas... Mulheres desfilavam em seus vestidos custosos, homens riam e passavam fichas de mãos em mãos, e funcionários distribuíam palavras encantadas para atrair cada vez mais clientes.

     —Como vamos encontrá-lo? — perguntou Diego.

     — Fácil — falei, tentando achar uma mesa de jogo disponível — Yuri Zima é um dos melhores jogadores. É conhecido como um homem desafiador e competitivo — abri um sorriso — Vamos dar a ele o que quer.

     — Você vai jogar?     

     — Ah se vou! — comentei sorrindo, e já me direcionando a uma mesa de Poker que escolhi — E, com uma ajudinha de magia, creio que vou ganhar rapidinho.

     — Isso não é trapaça?

     — Eu chamo isso de ajuda.

     Olhei para os três jovens a minha frente e franzi o cenho.

AMOR PERDIDO (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora