Capítulo Um

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E um novo ano se inicia e queríamos que vocês desfrutassem dessa nova historia, essa fic que é um desafio para quem escreve. Não é fácil escrever San Roman, mas estamos aqui para tentar e queremos que vocês nós diga dia a dia o que estão achando e se estão gostando para que possamos continuar ou melhorar!

JulianaRamosAzevedo Aqui estamos mais uma vez juntas seguindo firme e forte com nossa amizade e com nossa parceria, escrever com você é um prazer e sempre faço sorrindo! Obrigada por mais essa escrita... Te amo!

CUBA 2017

22 de dezembro de 1997, o dia que eu jurei que me vingaria de todos por me abandonar nesse lugar sujo e sombrio onde já estou há vinte anos, vinte anos que se completam hoje. Olho a foto de meus filhos e lágrimas escorrem por meu rosto, eu os amo tanto e nem posso imaginar como pode ser o rosto de meus pequenos que hoje já deve ser homem e mulher feito.

Olho para o lado, pego um papel velho e já amassado de tanto que minhas mãos ficam sobre ele, me levanto e começou a ler para mim aquelas terríveis palavras que ali continham e que devastam o meu peito a cada linha a cada palavra que ali tem...

"A ré Maria San Roman entrou na mansão do senhor Evandro Maldonado por volta das dez da noite no dia 20 de dezembro de 1997. Ela trazia consigo uma arma calibre 38 que foi deixada pela mesma na cena do crime ao tentar fugir depois de deferir três tiros contra..."

Amasso novamente aquele maldito papel e amaldiçoo a família San Roman e todos aqueles malditos que se diziam meus amigos mais que na hora em que eu mais precisei me viraram as coisas, mas eu ainda voltarei e eles terão de mim o pior dos castigos, não a mentira que se sustente por tanto tempo e eles vão cair um por um.

− Malditos! – quase grito aquela palavra para mim mesma e volto a me sentar.

Doía tanto saber que estava condenada uma vida inteira por um crime que eu não cometi e pior que confiei a minha vida a um homem que me jurou amor eterno e hoje nem se quer deve saber como eu sou. Me pergunto o que foi feito deste maldito infeliz que nem se quer teve piedade de mim e de meu sofrimento.

As lágrimas que aqui deixo mais uma vez cobrarei de cada um deles com juros e eu sei que a minha liberdade está chegando e nesse dia a justiça será feita e aqueles que me deram as costas suplicarão por meu perdão e de joelhos!

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CIDADE DO MÉXICO

Eu estou aqui mais uma vez vendo meus filhos sofrerem por uma mulher que me enganou, que me deu amor, que foi perfeita por tanto tempo e um dia destruiu meu amor, meu lar, minha família... E se algum dia eu a amei, agora a odeio como não odeio mais ninguém. Eu queria esquecer, apagar cada lembrança que tenho desta mulher e ser feliz com a minha...

Sou casado com Patrícia e ela me ajudou a criar meus filhos que não sabem que a mãe é uma assassina. Ela, a melhor amiga de Maria, minha ex- esposa, a mulher que me faz recordar de Maria em todos os momentos, em todas as festas, em todos os dias em nossa cama. Eu a quero de volta, e me odeio por amar aquela maldita mulher como a nenhuma outra.

Minha Empresa está à beira da falência depois de fracassar em uma fusão, fui roubado e o patrimônio de meus filhos está ameaçado. Tudo que conquistei trabalhando pode deixar de ser meu... E estar nas mãos de um maldito qualquer.

Meu casamento com Patrícia nunca esteve tão frio e agora acho que minha mulher me trai. Eu sou condenado a não ser feliz com nenhuma mulher e sei que minha sobrinha Ana Rosa só tem olhos para mim...

Esses vinte anos eu amarguei a dor de não poder ter a minha família completa, de não estar feliz e sentir que aquela mulher era o único que desejo. Ainda sou louco por ela, mas não consigo imaginar que me traiu e matou seu amante por ciúmes. Ela me traiu e desde então eu sou esse homem frio e infeliz. Quero ela, sempre quis. Mas depois a certeza de seu engano e longa jornada de meu coração para aceitar que minha esposa tinha sido infiel e por isso era também era uma assassina...

Meus filhos, Heitor e Estrela são o meu maior presente e quero eles ao meu lado...Quero eles ao meu lado sempre... Nunca fui tão infeliz, nunca estive com tanto ódio como sinto agora, como sinto nesse momento de minha vida.... Eu sou Estevão San Roman e nenhuma pessoa neste mundo me engana mais, nenhuma pessoa vai me destruir. Estou aqui... estou aqui a espera da vida e de todas as mudanças que ela me mandar...

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CUBA – DIAS DEPOIS...

Acordei naquela manhã sentindo que minha vida iria mudar, mas se era para o bem ou para o mal eu não conseguia saber mais algo me dizia que a minha estadia nesse lugar estava terminando e que Luciano iria sim conseguir a minha liberdade por fim depois de tanto tentar e fracassar. Mas não era por ser um mal advogado mais sim porque tinha sempre alguém impedindo que eu fosse livre.

Quando o relógio marcou oito e dois, meu coração sentiu um friozinho e eu levei a mão sobre meu peito e no mesmo segundo segurei a foto de meus filhos junto a meu peito também e olhei para aquele teto que era testemunha de todas as minhas lagrimas e uma das carcereiras apareceu com sua mania ridícula de passar o cassetete entre as grades para mostrar que estava ali como se não já a tivéssemos notado apenas por seu perfume horrível e sua cara de superior.

− Maria Fernandez, vem logo que não tenho tempo para você assassina! – bufei era sempre o mesmo texto.

Me levantei e caminhei ate a grade e ela me algemou e abriu me tirando dali, a cada passo que eu dava em direção a sala de visitas meu coração pulsava ainda mais rápido. Meus olhos bateram em Luciano e ele sorriu para mim e se levantou pegando em minhas mãos assim que aquela miserável soltou meus braços.

− Ótimas notícias, maria! – ele me fez sentar e eu suspirei sabia que Luciano nutria um grande amor por mim e que somente esperava a minha liberdade para que me casasse com ele mais eu não conseguiria já que em meu peito só abita rancor, ódio e por ele uma profunda gratidão nada mais.

− Diga? Diga o que te trouxe aqui? – eu já não tinha esperanças.

− Você está livre, Maria, livre!

Meus olhos se abriram ainda mais e minha garganta secou que noticia era aquela depois de tantos anos de tentativa e somente agora vinte anos depois ali estava a minha liberdade.

− Como? – Luciano estava rindo da minha cara.

− Você esta livre para ter seus filhos de volta, Maria!

− Eu estou livre... – senti uma lagrima escorrer por meus olhos e sorri com as mãos na boca.

Ali começaria o fim dos San Roman...

MARIA... - LMWhere stories live. Discover now