Capítulo sessenta e dois

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Escrita com a San Roman... JulianaRamosAzevedo

- Tira essa cara que quando chegar em casa vai ter agrado para papai! - piscou para ele e entrou no carro.

Estevão a olhou e suspirou.

- Como você pode ser assim? - ele a encarava.

- É assim que você ama! - mandou beijo para ele que bufou e bateu a porta indo para seu lado.

Estevão dirigiu até em casa em silêncio e ela sempre grudada nele alisando e rindo porque ele estava sendo firme, mas ela não queria nem saber de treta queria somente amor, mas essa paz estava longe de ser vivida já que ao chegarem em casa um caminhão estava parado em frente a casa e descarregava algumas coisas e na porta estava ela... Patrícia...

Estevão e Maria desceram do carro de mãos dadas, era inacreditável que aquela mulher maluca estivesse ali para tirar a paz deles. Como ela não se tocava que não era bem vinda? Maldita, infeliz! Patrícia sorriu e olhou os dois chegando com toda aquela felicidade que ela odiava. Ia acabar com a raça deles, com tudo que eles acreditavam.

Ela estava planejando coisas que nem ele e nem Maria podiam imaginar que ela fosse capaz. Nunca ia se dar por vencida e permitir que Maria saísse por cima naquela circunstância toda. Ela não se importava com amor e muito menos com os filhos o que queria era o dinheiro e a vida boa que tinha levado até aquele momento colocando chifre no marido e sendo feliz com tudo que ela tinha direito. Não estava nem aí para o amor dele ou para a família que tinham construído aquele tempo todo. Mas ela não tinha construído família nenhuma era uma ladra da família que Maria e Estevão tinham sonhado juntos.

- O que acha que está fazendo aqui com essas coisas?- Estevão disse com raiva e segurando para não gritar, a mão dele apertou a de Maria enquanto os dois encaravam Patrícia. O riso cínico dela mostrava que estava bem feliz e tranquila. Queria causar.

- Estava esperando vocês chegarem para mostrar que a dona da casa voltou. - os olhos dela estavam claramente informando que estava ali para guerra.- Estevão, meu querido, eu sei que você pensa que eu vou sair desta casa com uma mão na frente e outra atrás, mas eu repensei tudo que aconteceu e aqui estou eu de volta para o meu marido meus filhos e a minha família.

Maria sentiu vontade de avançar nela e acabar com a raça dela de tanto bater, mas naquele momento tinha que ser inteligente não fazer nenhuma besteira. Era o momento de contra-atacar de modo civilizado e não apenas destruindo ela com cacetada como era o que ela merecia. Maria abriu um lindo sorriso e disse calmamente observando Patrícia de cima a baixo com nojo.

- Se você ficar dentro de nossa casa, vou a polícia, acusar você de invasão de domicílio. Porque essa não é mais a sua casa e você não pode simplesmente vir aqui e jogar as suas coisas dentro dela!- estava furiosa com aquele momento ridículo ali.

- Você pode ir embora! Embora!!!!Não quero ter esse tipo de conversa de novo com você! Já devia ter entendido que acabou e não vou voltar atrás. Vai embora daqui, Patrícia e nos deixe em paz. - ele estava tão chateado com aquela situação que simplesmente ficou vermelho como um camarão e Maria tomou as rédeas.

- Você não precisa ficar se preocupando com isso, Estêvão porque nada dela vai ficar em nossa casa.- Maria foi até as pessoas que estavam descarregando e disse com o rosto bem sério.- Se vocês quiserem ser presos junto com essa mulher continuem a descarregar as coisas dela ou vão embora daqui porque eu vou chamar a polícia!

Os homens olharam uns para os outros e Patrícia disse com raiva.

-Bando de incompetentes, essa mulher não manda nada aqui, levem minhas coisas, levem minhas coisas agora!!!!- ela gritou, mas os homens ficaram parados olhando aquelas pessoas ali na porta da casa, eles não queriam saber de confusão.

- A senhora não disse que era a dona da casa?- disse com raiva e sentindo usado por aquela mulher.

- Eu sou a dona dessa casa, incompetente, eu sou! Agora coloque minhas coisas aí dentro ou em processo a empresa de porta de garagem de vocês!- ofendeu eles com raiva e os homens pararam na mesma hora, ela era uma abusada e eles não precisavam passar por aquilo não.

Patrícia era uma mulher tão abusada e naquele momento Maria percebeu que a empáfia e o desrespeito dela com as pessoas acabava fazendo com que ela perdesse a chance de conseguir as vinganças que ela gostava. Falar daquele modo com aqueles homens foi a pior escolha dela porque aí mesmo que eles não iam colocar mais nada lá dentro. Maria segurou o riso enquanto os carregadores olharam diretamente para Patrícia.

- O que vocês ainda estão esperando seu bando de mulas?- disse de novo como se não percebesse que só estava conseguindo complicar ainda mais a sua vida e fazendo aquele escândalo na frente da casa onde pessoas passavam e carros também.- Vocês acham que podem deixar de fazer o serviço que eu mandei só porque uma desgraçada está falando uma merda qualquer para vocês?

Os homens olharam para ela era uma mulher como muitas outras que deixava o respeito de lado quando era conveniente e eles sabiam bem o que fazer e jogaram todas as coisas dela na calçada e deram a Maria uma prancheta para que ela assinasse e Maria assinou com recebendo um muito obrigada enquanto Patrícia gritava por suas coisas passando as mãos no cabelo.

Maria ligou para Luciano e pediu que ele viesse de imediato para resolver aquelas questões o maldito divórcio estava indo para o juiz e assim, Patrícia tinha chances de ganhar ainda mais dinheiro com aquela demora toda. Maria olhava aquela cena deprimente dela estérica ali com suas coisas e pela primeira vez sentiu pena e Patrícia ao olhar para Maria avançou nela mais com apenas um passo para o lado viu Patrícia se esborrachar no chão tendo a risada de Maria como música para sua queda.

- Ai é o seu lugar, vigarista!

Patrícia levantou e olhou bem dentro da cara de Maria e disse.

- Você nunca vai ser feliz, Maria porque eu vou me encarregar disso! - tirou um papel de dentro da bolsa depois de pegar do chão. - Essa casa é minha e não vou sair! - jogou o papel em Estêvão que estava sempre por perto com medo das duas se atracar.

Ele leu o papel e suspirou de fato a casa era dela mais aquilo estava errado já que quando compraram aquela casa tinham colocado no nome dos filhos era assim que ele e Maria tinham feito a muitos anos atrás. Ele olhou seu amor e Maria suspirou iria ver aquilo com Luciano e acabar com a raça dela.

- Vão ter que dividir a casa comigo! - sorriu com o gosto da vitoria.

Maria sorriu segurando o papel entre seus dedos e se aproximou dela.

- Você pode ficar com a casa eu estava pensando em trocar mesmo! - sorriu parecia que Patrícia não tinha pensado em tudo. - Preciso de um espaço maior para todos meus filhos que ainda vão vir com meu marido! - olhou Estêvão e depois ela. - Você só pensa que é esperta, mas na verdade vai estar sempre um passo atrás de mim, Patricia!

Patrícia no mesmo momento levantou a mão para bater em Maria, mas a mesma segurou em sua mão e disse com todo ódio de seu coração por ela.

- Um dia você conseguiu tudo que era meu, mas pelo simples fato de que eu estava presa, mas agora eu estou aqui, Patrícia e você nunca mais vai ter nada que é meu! - soltou a mão dela. - Vamos arrumar nossas coisas, meu amor! - pegou a mão de Estêvão e entrou em casa.

Patrícia ficou ali olhando para eles e com a ajuda de alguns empregados levou o que faltava para dentro e sentou no sofá era a sua casa e mesmo que seus planos não tivessem saído como ela queria estava feliz por tirar Maria do sério. Quase uma hora depois, Maria assim como Estevão e os filhos desciam com suas malas e saiam de casa sem nem se quer falar com ela o que para Patrícia era o pior já que ela queria confronto, briga.

Mas naquele momento ela queria apenas gozar daquela casa e pegou seu celular e ligou para todos seus contatos iria fazer a festa do ano em sua nova casa depois pensaria nas coisas pequenas. Já longe dali, Maria indicou o caminho para seu apartamento Luciano já estava lá os esperando precisam resolver os problemas e deixar a comemoração do bebê para depois. Foram minutos e depois de deixar os filhos acomodados no quarto eles sentaram frente a Luciano que começou a dizer.

- Antes de mais nada quero dizer que o seu caso foi reaberto e que será julgado novamente para que descubram o verdadeiro assassino de Evandro! - e os olhos de todos ali naquela sala brilharam era tudo que precisavam para seguir enfim felizes para sempre.

MARIA... - LMWhere stories live. Discover now