Capítulo dez

703 44 5
                                    

Escrita com minha senhorita San Roman... JulianaRamosAzevedo

NA SEMANA SEGUINTE...

Lá estava ela, sorrindo com o coração cheio de satisfação enquanto tirava os óculos para ver a mansão San Roman em sua frente, a sua casa que tinha dividido com ele quando se casaram. Luciano tinha sido contra a presença dela ali, mas mesmo assim, Maria tinha ido. Estava usando a chance que tinha de se aproximar de seus filhos.

Enquanto esperava que o motorista carregasse suas malas sentiu uma pontada no coração. Aquele momento de entrar ali de novo trazia tantas lembranças para ela que nem sabia como explicar. Pensou em seu filho pequeno enquanto caminhava em direção à porta de entrada. Sentiu o perfume de Estrela em seu colo ainda bebê.

Maria sabia que tinha que ser forte e que seu objetivo ali era conquistar seus filhos e descobrir o verdadeiro assassino, provar sua inocência.

Entrou sabendo que os filhos achariam estranho a presença dela ali naquela casa sem ter um parentesco. Imaginou que Estevão tivesse inventado alguma coisa para os filhos sobre a presença dela e não se importava apenas queria estar ali. Caminhou em seus saltos altos e parou dentro da sala olhando tudo e qual não foi a sua surpresa ao ver um quadro enorme de Patrícia no centro da sala em cima da lareira.

Era seu retrato que devia estar aí. Seu retrato como dona daquela casa como senhora San Roman. Suspirou se aproximando e olhando para ela e ficou perdido em seus pensamentos. Tudo lhe tinha sido roubado e agora ela nem podia ser mãe... Sua liberdade, sua identidade, tudo!

Estevão caminhou do escritório em direção a sala e deu de cara com a imagem da mulher observando o retrato. O coração dele pulsou e respirou pesado porque ao mesmo tempo que estava louco de felicidade por ter Maria ali bem perto de seus olhos, ele também tinha a inimiga que queria roubar seus filhos e contar toda a verdade. A verdade que tornaria ele um pai leviano e mentiroso.

- Maria.- A voz grossa soou em toda a sala enquanto ele segurava o papel e olhava para ela.- Enfim, você está aqui...

- Estevão...- Ela respondeu de volta observando que ele analisava a cada parte do seu corpo e parou em seus olhos. - Vejo que nessa casa não há mesmo nenhuma lembrança de mim. Você ocupa todos os espaços com essa mulher. Mas isso vai ser por pouco tempo porque eu vou conseguir o único espaço que me interessa que é no coração dos meus filhos.

Estevão a olhou e se aproximou dela ficando bem perto. Queria olhar nos olhos da mulher que tinha escolhido ser seu algoz.

- Você não se importa com nada com tanto que consiga exatamente aquilo que você quer. Mesmo que isso destrua a minha imagem diante de meus filhos, você não se importa, apenas quer fazer a sua vontade!

Ela sorriu de lado e bateu palmas para ele olhando em seus olhos só havia os dois ali.

- E você? Quando você se importou comigo ou com as coisas que eram importantes para mim todos esses anos que fiquei presa? Quantas vezes contou a verdade a meus filhos sobre mim? Você me matou, Estevão e agora eu vou matar você, mas não com uma bala, não com tiro é apenas com a verdade! - ela o encarou com rosto frio e sarcástico porque era o que ele merecia.

- Eu não tive escolha e já conversamos sobre isso tantas vezes e... - e ele suspirou, não tinha sido tantas vezes assim. - Eu preciso de um tempo, não quero que meu filhos...

- Te odeiem? Não queiram mais olhar para sua cara de mentiroso? É isso que teme, pois saiba que eu não vou perdoar e tudo que eu tiver que contar, contarei. Você não teve pena de mim.- bufou para ele.- Onde fica meu quarto?

- Você vai ficar ao lado do meu quarto...- ele foi interrompido.

- Mas é nunca, não quero ouvir o som da sua voz e nem os gemidos de sua vagabunda!- disse com o veia do pescoço alta e ela demonstrando raiva. - Você não vai exibir para mim a sua safadeza com aquela vagabunda!

- NÃO FALE ASSIM DE MINHA MULHER! -falou alto com ela chegando mais perto. - Ela é a senhora San Roman!

Maria sentiu tanto nojo dele que se afastou como se não pudesse conter sua raiva.Ou saía ou iria dar uns tapas na cara dele com todo aquele cinismo que ele demonstrava.

- Eu não ligo para quem é a Senhora San Roman, você pode fazer o que quiser de sua maldita vida, Estevão, não voltei por sua causa! Só voltei por meus filhos, só isso! E agora me mostre onde posso colocar as minhas coisas ou quer que me deite no meio de você e Patrícia? - torceu a boca em afronta a ele.

Estevão caminhou até ela novamente e parou em sua frente.

- Como se você não conhecesse essa casa! - ela riu do comentário dele.

- Não é de bom tom tratar uma visita assim como eu... - se aproximou bem dele e arrumou sua gravata torta o olhando nos olhos. - San Roman... - ela sorriu com a voz carregada e se afastou o vendo suspirar e subiu as escada e ele atrás, mas ela parou e o olhou. - Traga minhas malas meu querido. - estava sendo sarcástica queria fazer ele pagar por tudo.

Estevão bufou e voltou para o andar de baixo e pegou as duas malas dela e subiu atrás dela que parou no meio do corredor ao encontrar Patrícia saindo do quarto e olhou para Estevão e sorriu ele se controlou porque sabia que viria mais alguma coisa dos lábios dela.

- Dormem no quarto que era nosso? - estava mordida de ciúmes, mas não demonstrou queria ser superior a eles e olhou Patrícia que tinha ódio nos olhos.

- Você não tem mais nada aqui! - falou entre dentes.

Maria se aproximou dela e a encarou sem medo algum daquele ódio que via em seus olhos ou seria apenas despeito por sua presença ali?

- Eu tenho bem mais do que você pensa "amiga". - sorriu e a voz saia bem baixa. - Você é quem não tem nada aqui nessa casa porque até a cama que você é minha!

O ódio subiu a cabeça de Patrícia e ela levantou a mão para bater, mas Maria foi mais rápida e segurou em seu braço com toda sua força e Patrícia gemeu de dor.

- Não ouse levantar a mão para mim novamente porque eu não vou permitir! - soltou o braço dela. - Você vai ter que aprender a me respeitar dentro dessa casa ou as coisas vã ficar ruins para você mais do que vai ficar para seu maridinho! - piscou. - Vamos, Estevão! - saiu de perto dela e Estevão olhou sua esposa e passou com as malas e indicou o quarto e os dois entraram com ela observando aquele espaço. - Vinte anos... Vinte anos e essa casa continua igual. - o olhou.

- Velhos hábitos não mudam.

- Os hábitos ou você que não quis mudar nada para não me perder, ou melhor, para não perder as nossas memórias... - ele se aproximou dela. - Essa casa eu montei para ser um lar o nosso lar e você o manchou com essa vagabunda!

- Você está me recriminando ou apenas esta sentindo ciúmes? - Maria riu sem alegria, mas o corpo tremeu com aquelas palavras. - Você me ama eu posso sentir! - jogou com o que tinha.

Maria o olhou por alguns segundos e Estevão viu uma brecha ali e a pegou pela cintura juntando seu corpo no dele e tornou a dizer:

- Você me ama! - ele estava tão próximo dela que podia sentir o perfume de seu corpo e ela não conseguiu dizer nada e ele aproximou seu rosto do dela e quando ia beijar sua boca ouviram as vozes dos filhos e ele se soltou se afastando e eles entraram notando o clima.

- Tem algum problema aqui? - Heitor perguntou e os dois se olharam...

MARIA... - LMUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum