Capítulo vinte e quatro

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Escrita com a senhora San Roman... JulianaRamosAzevedo

- Que de mim, você não vai ter nenhuma ajuda com nossos filhos! - caminhou para a porta.

- Tudo isso porque eu não quero ir para a cama com você? - debochou mais sabia que ele podia cumprir aquela ameaça e ele a olhou da porta.

- Entenda como quiser! - e sem mais ele saiu batendo porta e ela sentiu seu corpo todo tremer era declarada a guerra entre eles mais uma vez...

Maria tocou o rosto e depois suspirou, aquilo estava fora de lugar e ele estava realmente sem noção do que dizia.

AMANHECEU...

Maria acordou com a sensação de medo naquela noite tinha dormido agitada e por diversas vezes tinha acordado com medo depois de ter sido atacada. Estevão acordou com uma dor de cabeça imensa, tomou seu banho e saiu antes de todos acordarem. Com raiva de tudo e de todos ele simplesmente não tinha conseguido parar de pensar em Maria momento algum.

Estava ficando fora de controle e ele não sabia mais o que fazer. Chegou a empresa estava sentado com Leonel preparando algumas pautas para reunião que ele teria naquela manhã com Demétrio, Bruno e outros acionistas.

Maria tomou seu café e em seguida depois de se arrumar lindamente foi até as empresas San Roman porque queria tomar pé como as coisas estavam por ali.

Quando ela chegou caminhou diretamente até a sala dele, mas foi impedida de entrar assim que ela chegou no andar referente a sala de seu ex-marido. Os seguranças disseram que a presença dela não era bem vinda e mesmo assim ela chamou pela secretária dele que foi até ela sorrindo.

Maria olhou o rosto bonito e bem maquiado da jovem simpática que veio atendê-la.

- Esses homens não querem me deixar entrar, Lupita, quer, por favor, dizer a eles que eu sou amiga de Estevão. Que você me conhece, já nos falamos pelo telefone.

Lupita apenas sinalizou para que eles se afastassem.

- A senhora não vai poder entrar, senhora Maria, são ordens expressas do Senhor Estevão.

Maria fez uma expressão séria olhando para ela e não podia acreditar que ele tinha dito aos seguranças e a sua secretária para impedir a presença dela ali. Estava fazendo uma provocação clara pela recusa dela na noite anterior.

- Você tem certeza que foi ele quem pediu isso? Você realmente tem certeza que ele disse que eu não posso entrar aqui na empresa? - estava com a expressão fria quando perguntou aquilo, espantada.

A jovem secretária ficou olhando para Maria completamente constrangida e percebendo que ela também não estava entendendo o motivo daquela proibição. Maria bufou.

- Mas eu vou entrar e quero que ele me diga na minha cara porque não me quer aqui na empresa!

E sem esperar que ninguém autorizasse, Maria caminhou e foi caminhando na direção da sala de Estevão que caminhava em direção a outra sala naquele momento e deu de cara com ela. Os dois se olharam e ela disse de modo direto, ele estava com um processo nas mãos e a expressão de raiva.

- Você ficou doido? Por que você proibiu a minha entrada na empresa? O que está escondendo aqui que eu não posso saber?

Estevão olhou diretamente para o rosto dela e ficou analisando o modo como aquela mulher podia tirar sua paz com toda aquela beleza. Era mesmo impressionante como ela tinha a capacidade de tirar a atenção dele de qualquer coisa, mas mesmo assim ficou sério e a encarou.

- Você não tem nada para fazer aqui na empresa, pode voltar para casa. Não há nada aqui para você, eu não vejo motivo para você querer estar aqui!

Maria sentiu aquela frase como uma alfinetada machista da parte dele e por isso ela devolveu a altura.

- Você não tem o direito de decidir quem entra e quem sai de uma empresa que também é minha e não me faça dizer aqui para todos os seus funcionários ouvirem, quem eu sou!

Ele chegou bem perto dela, ela chegou mais perto dele ainda o encarando, não tinha medo da cara dele, dos gestos dele, de sua brutalidade, muito menos das palavras machistas que ele estava dizendo somente para que ela ficasse com raiva.

- Eu também sou dona deste lugar e você nem ninguém aqui vai me proibir de entrar de fazer o que eu quiser. Tente me tirar daqui, Estevão e você vai ver do que eu sou capaz.

Estevão sorriu e chegou bem próximo aos lábios dela e sem tirar os olhos dos dela disse.

- Entre na justiça se quer sua parte na empresa porque aqui você não fica mais! - foi firme e ela piscou várias vezes o encarando. - Devo dizer que se fizer isso seus filhos vão descobrir quem você é... - moveu seus lábios nos dela roçando de leve. - A decisão está em suas mãos, Maria!

Estevão se afastou e sorriu passando seus lábios um no outro enquanto se olhavam e depois de um longo suspiro ele saiu a deixando a ali plantada. Maria respirou fundo e passou as mãos no cabelos e olhou para Lupita que estava ali observando os dois mais nada falou apenas olhou Maria caminhar até ela se despediu e saiu dali.

Quando chegou no carro ela dirigiu até seu antigo apartamento, entrou e olhou aquele espaço que era somente dela e sorriu sentindo a calmaria daquele lugar é caminhou para a cozinha e pegou um copo de água suspirou precisava pensar com calma ou ficaria nas mãos de Estevão e isso não era o que ela queria naquele momento.

Ouviu o celular tocar e ela caminhou até sua bolsa e atendeu vendo que era Luciano.

- Maria, onde está? - ela se sentou no sofá.

- Estou no meu apartamento, aconteceu alguma coisa?

- Eu estou indo para aí. - e sem dar chance de resposta ele desligou e ela olhou o celular sem entender nada, mas esperou por ele.

Foram quase vinte minutos até que a campainha tocou e ela abriu para ele e deu passagem ele parecia afobado e o olhou assim que fechou a porta.

- O que aconteceu? - ele a chamou com a mão e ela foi até ele que sentaram no sofá.

- Maria, eu tenho duas notícia para você! - segurava a mão dela que assentiu. - A primeira é que as empresas San Roman está falindo!

Maria se levantou no mesmo momento o encarando e mordeu a unha.

- O que? Como ele deixou isso acontecer?

- Aí é que está... - se levantou. - Não foi ele, foi um dos sócios que eu ainda não sei quem é, mas vou descobrir daqui a dois dias.

- Certo e onde eu entro nisso?

- Essa é a chance de ter o ladrão na sua mão e fazer a sua justiça número dois. - falou empolgado por poder ajudá-la.

Maria sentiu uma fisgada no estômago e segurou seu pescoço que ainda doía e o encarou ele estava certo e aquele seria o modo de acabar com mais um de seus "amigos".

- Sim, e qual a segunda novidade? - ela não estava tão empolgada assim naquele momento a conversa com Estevão o atento tinha abalado suas estruturas e ela sabia que era um trunfo, mas naquele momento não conseguia comemorar.

Luciano tomou ar e pegou um papel dentro de sua pasta e deu a ela.

- Maria, eu encontrei a sua mãe...

Maria o encarou atordoada naquele momento sem saber o que dizer.

MARIA... - LMWhere stories live. Discover now