Capítulo dezenove

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Escrita com JulianaRamosAzevedo a senhora San Roman...

Os olhos de Maria naquele momento encararam os de seu filho que estava de olhos arregalado com aquela noticia e Patrícia a olhou sorrindo e Estevão pode ver que ela não estava ali para ajudar e sim complicar a vida de Maria e ela não parou e seguiu.

- Por que você não conta a ele quem você matou?! - e as duas se encararam...

Maria não ia recuar porque estava certa de que era isso era o que Patrícia esperava naquele momento. E ela não ia dar a ela o gosto de vencer depois de uma noite em que tudo já tinha acontecido.

- Você não deveria colocar os seus filhos nesse tipo de situação, Patrícia já que você é uma mãe tão zelosa não deveria provocar esse tipo de situação! - falou com raiva, mas controlando suas emoções.

Heitor estava completamente paralisado diante daquela notícia porque nem passava pela cabeça dele que Maria poderia ter matado alguém. Ela parecia tão doce e tão amável que simplesmente acreditar que ela pudesse fazer mal a alguém era até uma ofensa. E como acreditar em uma morte? Um assassinato!

- Não se atreva a falar de Maria deste modo, Patrícia, por favor saia daqui! Pare de dizer tolices não somos amantes e você sabe disso melhor do que eu. Não minta para o meu filho! Não diga coisas que não pode provar e que só servem para criar problemas!!!!- ele estava defendo Maria e Patrícia ficou ainda mais furiosa.

Heitor sentiu o sangue ferver quando viu o pai falar daquele jeito com Patrícia que ele considerava sua mãe, não fazia ideia de que a verdadeira mãe era Maria. E nem lhe passaria na cabeça algo como aquilo. Era a sua mãe e o pai estava gritando com ela por uma estranha.

- Não grite com a minha mãe porque ela está aqui tentando defender apenas o que é dela e a família dela! E se você, Maria veio até aqui somente para destruir a nossa família, por favor, eu peço que você vai embora da nossa casa!

Maria sentiu o coração saltar era impossível estar passando por aquela situação depois de desejar tanto a presença dos filhos em sua vida, de ter sofrido tanto esperando por aqueles momentos com eles. Ela não queria sofrer mais, apenas ser feliz e poder seguir em frente. Mas naquele segundo isso lhe parecia impossível.

- Cale a boca, Heitor e deixe de dizer tolices. Você não faz ideia do que está dizendo e não tem direito de colocar ninguém para fora desta casa porque quem manda nessa casa sou eu! Quem manda aqui sou eu! Quem manda sou eu!!!

A voz dele era firme, os olhos em fogo com aquele momento. Patrícia ardilosa percebeu que aquele momento era perfeito. Estava vencendo!

- Viu, meu filho, disse a você que ele estava me traindo com ela porque olha como ele defende, olha o que ele está fazendo está dizendo...

Antes que ela terminasse de falar, Maria avançou e deu dois tapas na cara dela. Não sabia mais nada, apenas queria acabar com a raça daquela mulher naquele momento.

- Você é uma desgraçada, uma vagabunda e uma mentirosa e um dia todo mundo vai saber que você não vale nada! Não vai demorar, você vai ver!!!!

Ela saiu desarvorada depois de olhar com olhos chorosos para seu filho, pegou sua bolsa a chave do carro e saiu apressada. Estava com tanta raiva no coração que nem pensou, só queria sair dali e deixar a cabeça leve.

Estevão andou atrás dela sem nem pensar, simplesmente foi atrás dela e quando ela ligou o carro ele entrou correndo dentro do carro junto com ela, não ia deixar que Maria saísse nervosa daquele jeito.

- Vamos, pode ir que vamos juntos! - disse firme a olhando nos olhos.

- Sai do meu carro que eu vou sozinha, não quero sua companhia! Não quero, Estevão!!!!- ela disse com mais raiva por tudo aquilo.

- Mas eu vou com você, Maria, eu quero ir com você e nem adianta dizer que não quer, não deixarei que saia sozinha nesse estado. Eu não quero que nada de mal aconteça com você!

Ela suspirou e não disse nada, apenas ligou o carro e saiu dali com ele. Patrícia gritou nervosa quando foi atrás dele e viu o carro saindo. Maria tinha visto ela e só para fazer mais raiva levou Estevão, mas teve vontade de chutá-lo do lado de fora logo assim que saiu, era culpa dele toda aquela desgraça!!!!

Maria dirigiu sem dizer uma palavra se quer seu coração estava destruído mais uma vez e por culpa daquela desgraçada, maldita mais ela teria o dela e não demoraria iria dar o troco sem pena e ali começaria a sua justiça os olhos estavam cheios de lágrimas mais ela não chorou não iria dar esse gosto a Estevão não naquele momento e ele a olhava sem saber o que dizer enquanto ela dirigia em alta velocidade passando até em farol vermelho.

- Maria... - ele tentou falar mais ela desacelerou num súbito virando numa esquina.

- Não fale comigo! Não fale! - ela estacionou e desligou o carro.

Estevão sentiu o coração acelerar quando olhou pela janela e viu a casa de Evandro e logo a olhou sair do carro que demônios ela estava fazendo ali? O que Maria estava pensando ao parar frente aquele portão? Ela o olhou e pegou a chave abrindo o potão e entrou ele se apressou e saiu também do carro e a seguiu, a casa estava toda escura e ele sentiu o corpo arrepiar quando ela abriu a porta e ele se perguntou como ela tinha aquelas chaves? Era tantas perguntas que ele queria respostas, mas antes que pudesse perguntar ela se virou para ele no meio da sala vazia já com as luzes de alguns abajures acesa.

- Aqui foi onde me condenaram! - os olhos brilharam pelas lágrimas.

- Como você tem as chaves? - foi a primeira coisa que veio em sua cabeça.

- Eu não sou mais a mesma, Estevão! - ela olhou o lugar ainda um tanto escuro. - Aqui eu fui condenada julgada e jogada para morrer na cadeia por todos que eu creia me amar! - se ajoelhou no lugar exato onde o corpo de Evandro estava quando a policia chegou. - Aqui eu o encontrei com um tiro na barriga... - as lágrimas rolaram em seu rosto enquanto ela narrava o que tinha acontecido e Estevão não teve coragem de se aproximar. - Foi aqui que você também me condenou depois de me jurar amor e confiança! Foi aqui que minha vida acabou. - quase gritou olhando para ele.

- Eu não te condenei! - se alterou. - Foi você quem me traiu! - acusou.

Maria sentiu raiva e desespero e se levantou com raiva e avançou nele as tapas e ele se defendeu como pode ela estava tão altera que podia se machucar e machucar a ele e ele a prendeu em seus braços com ela ainda se debatendo e chorando mostrando a ele toda a sua dor.

- Para de se bater ou vai nos machucar! - falou desesperado.

- Olha pra mim e diz se eu tenho ou tive coragem de te trair alguma vez em minha vida? Olha pra mim e me diga se eu seria tão covarde como você foi de deixar ela cuidar dos meus filhos de colocar a mulher que se dizia minha amiga pra deitar em minha cama! - gritou com ele olhando nos olhos e segurando sua roupa. - Olha pra mim e me diga quem foi o traidor dessa historia, Estevão, me diz quem traiu quem nessa historia?

E ele a encarou com o coração aos pulos e não teve coragem dizer nada apenas a apertou mais e a beijou nos lábios com sofreguidão e ela tentou mais não conseguiu resistir por muito tempo e eles se beijaram ali onde era o cenário de destruição de suas vidas o lugar em que era a condenação dos dois e o beijo cessou com ambos ofegantes e as testas grudadas ele sussurrou.

- Me perdoa...

MARIA... - LMWo Geschichten leben. Entdecke jetzt