Capítulo vinte e dois

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Escrita com a senhorita San Roman... JulianaRamosAzevedo

- O que aconteceu, mamãe?

Patrícia avançou nela a segurando pelos braços e a sacudiu com raiva e ela arregalou os olhos mais assustada ainda e os olhos se encheram de lágrimas.

- Não me chama de mãe! Não me chama porque eu odeio essa palavra, odeio que me chame de mãe porque eu não sou sua mãe! - a jogou no chão e saiu deixando Estrela ali com os olhos arregalados no chão enquanto suas lágrimas rolavam por seu rosto...

Estrela começou a chorar.

De jeito nenhum Maria podia suportar o choro de um dos seus filhos nem por algo que fosse muito importante quanto mais por uma pessoa que não merecia. Quando Maria abriu a porta e viu sua filha caída no chão, chorando, a única reação que teve foi abaixar para pegar a menina e acalentar em seus braços.

O sangue fervia só de imaginar que Patrícia tinha feito aquilo com sua filha, ela ia pagar! Ninguém tocava em seus filhos!

- Eu não sei o que está acontecendo com a minha mãe, mas ela não está bem.- soluçou nos braços de Maria sentindo seu mundo cair.- Ainda bem que você está aqui, Maria.

- Vem comigo, Estrela, vem comigo, por favor, não pense em mais nada, só deite aqui.

Maria levou Estrela até o quarto, deixou ela mais calma e sem que pudesse pensar em mais nada naquele momento só em cuidar da sua filha, ficou acalentando até que ela se acalmou. Depois, Maria procurou por Estevão na casa toda e o encontro no escritório, quando olhou para ele, ela foi categórica.

- Eu pude tolerar todas as coisas, todos esses anos e cheguei aqui tive que encontrar você com aquela vagabunda! Mas uma coisa eu vou te avisar que eu não vou tolerar ela agredindo nossos filhos!

Estevão estava bem alto, tinha bebido muito e a olhou com raiva.

- O que ela fez? O que aquela maldita fez? - ele estava fora de si.

- Empurrou nossa filha, machucou Estrela ou você é um homem decente e resolve isso ou eu vou acabar com a raça da sua mulher!

- Ela não é mais a minha mulher, Maria, graças a você, eu percebi o idiota que eu fui! Ela não será nunca mais a minha mulher!

Maria sentia uma raiva, ele tinha sido um idiota.

- Não me interessa, não quero nem saber o que ela é sua! Eu só quero que você deixe essa mulher longe dos meus filhos, porque se ela fizer alguma coisa contra Estrela eu vou acabar com a raça dela e com a sua! Tudo isso é culpa sua, se você tivesse pensando antes de se casar com ela nada disso estaria acontecendo..

Maria estava furiosa com coração acelerado. Estevão a olhou nos olhos com o corpo todo retesado.

-Eu sei que você me odeia e que está com muita raiva de mim, mas eu vou resolver todas as coisas e você vai me perdoar!

Maria o olhou com nojo.

-Eu não estou nem aí para você, Estevão, eu só me preocupo com os meus filhos e eu quero essa mulher longe dos meus filhos porque ela é louca e ela pode fazer mal a eles! Você pode dormir e se casar com que quiser, assim como eu!

Ele sentiu aquele tiro e disse com raiva depois de beber um pouco mais.

- Você não vai casar com ninguém, você não vai ser a esposa de ninguém além de mim!

- Faça-me rir, Estevão, você é apenas o pai dos meus filhos e um odioso recordo do passado, um odioso recordo!

Maria não disse mais nada apenas virou as costas e voltou ao quarto para ver se a filha estava bem. Pegou seu celular, marcou um encontro com Luciano, Meia hora depois os dois estavam conversando em um bar e decidindo quem seria o próximo da lista de vingança, do acerto de contas como Maria gostava de dizer.

Quando o encontro terminou, Luciano a deixou na porta de casa, Maria queria caminhar, estava com os pensamentos fora de lugar e por isso, quando se despediu, não entrou na mansão, saiu no entorno dela para caminhar e pensar nas coisas que estavam acontecendo naquele momento em sua vida.

Estava distraída quando sentiu uma coisa segurando seu pescoço e apertando e ela começou a lutar. Alguém a segurou por trás e ela tentou gritar, mas a voz não saía, estava com a garganta presa em uma espécie de corda. Maria estava em desespero e sentiu um perfume forte de tabaco, um cheiro que ela conhecia.

- MARIA! - a voz dele foi firme e Maria não ouviu mais nada, apenas ouviu que Estevão corria em sua direção.

Maria caiu ao chão desmaiada e Estevão até tentou correr atrás da pessoa, mas estava escuro e ele perdeu o rastro da pessoa e voltou a Maria e a pegou no colo levando para dentro de casa a deitou no sofá e a tocou para ver se respirava e viu Estrela desceu e correr até eles.

- O que aconteceu, papai?

- Pega álcool, minha filha, pega! - tocou o pescoço dela e viu que começava a ficar roxo. - Maria, meu amor, acorda! - estava apreensivo e a cachaça de seu corpo saiu no mesmo momento.

Estrela veio e entregou ao pai o álcool e sentou segurando a cabeça de Maria o coração estava acelerado e nem sabia explicar o porquê de se sentir assim e ele tentou acordá-la e quando conseguiu respirou mais aliviado. Maria começou a tossir muito e levou a mão ao pescoço sentindo ainda um pouco de dificuldade em respirar e olhou para os dois e sentou sentindo tontura.

- A senhora está bem, Maria? - Estrela segurou a mão dela.

Maria tossiu mais e Estevão levantou e pegou água levando a ela, ela pegou e tomou com calma sentindo a pele de seu pescoço arder e encarou Estevão.

- Está bem? - ele se abaixou na frente dela e ela sentiu o mesmo cheiro da pessoa que a atacou.

- Não finja uma preocupação que não tem! - tossiu deixando o copo de lado e olhou Estrela. - Eu estou bem! - sorriu de leve para sua menina.

A buzina soou do lado de fora e Estrela se levantou era Leonel que já tinha chegado e ela sorriu.

- Eu vou jantar com Leonel e Heitor! - beijou os dois. - Até mais tarde! - ela saiu devagar sabendo que Maria estava bem e quando a porta bateu Maria se levantou no mesmo momento.

- Foi você! - ela se levantou mesmo fraca.

- O que? - ele falou atordoado. - Você ficou maluca, só pode! - eles se encararam com ele já de pé na frente dela. - Eu te salvei e o minimo que me deve é um muito obrigado!

Ela sorriu sem alegria.

- Você é um desgraçado que assim como todos os outros querem o meu fim e não vão medir esforços para tentar me matar! - acusou.

- Você está cega, amarga, não olha um palmo a sua frente como eu posso tentar matar a quem eu amo? - confessou quase que gritando. - Olhe nos meus olhos e veja se eu teria coragem de matar a mulher que eu amei e que eu ainda amo a mãe de meus filhos!

Maria sentiu um nó na garganta e o analisou por completo.

- Se não foi você porque está com essa corda no bolso da sua calça?

Estevão no mesmo momento olhou para o bolso e depois para ela e Maria recuou a primeira vez com medo dele mesmo com seus olhos presos nos dele...



MARIA... - LMOnde histórias criam vida. Descubra agora