Capítulo trinta e dois

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Escrita com ela a San Roman... JulianaRamosAzevedo

Estevão tomou Maria carinhosamente entre seus dedos e sorriu.Os lábios colaram, ele estava com ela, com seu amor, ela estava com o único homem que tinha amado na vida. Ela o volveu com seus braços trazendo ele para ela em um beijo delicioso.

A porta se abriu e o rosto de Estrela se iluminou, mas o de Heitor que tinha acabado de chegar ficou tenso. Mas nem Maria e nem Estevão estavam percebendo que eram observados, para eles dois, só havia um e outro.

- O que está acontecendo aqui? - Heitor disse com raiva olhando os dois em beijos. - Você não respeita o espaço deste hospital? E seus filhos? - ele disse firme com os pais se soltando assustados na mesma hora.

Maria respirava cansada e Estevão olhou o filho com um pouco de impaciência.

- Não grite, Maria está se recuperando, você não é um homem mal educado, meu filho, por favor.- disse firme com ele e Estrela foi até ela a beijando e sorrindo.

- Que bom, Maria, você já está sorrindo. Meu pai me disse que vocês dois... - ela fez um gesto de sorriso.- Que vocês dois foram casados.

Maria no mesmo momento mirou Estevão sem conseguir conter sua surpresa e Heitor fez uma cara feia.

- Que necessidade tinha de esconder isso de nós? - ele disse se aproximando da cama. - A senhora está bem? - perguntou educado e depois olhou o pai.

- Estou melhor, meu... - ela respirou.- Heitor.

- Não escondemos, era apenas coisa de nosso passado e eu estava casado com...- ia dizer sua mãe, mas recuou diante do olhar de Maria. - Com Patrícia, então, achamos melhor não comentar. - ele segurou a mão de Maria e beijou. - Mas agora que estamos reunidos como família, quero que saibam que eu e Maria vamos ficar juntos, que vamos nos casar.

- CASAR? - os dois falaram juntos, Estrela sorrindo e Heitor com o rosto tenso. - Mas o senhor é casado ainda!

Estevão olhou sério para o filho e mesmo com Maria sinalizando que ele não falasse, Estevão disse firme.

- Você é um homem, meu filho, não é uma criança de seis anos, você sabe que ninguém fica com ninguém sem amar. Eu terminei meu casamento com Patrícia, terminei! Isso não vai mudar e eu sei que foi melhor. - ele suspirou e olhou mais intenso. - Ela me traía, meu filho!

Heitor andou pelo quarto com o rosto tenso.

- Não fale isso de minha mãe, ela não ia nunca te trair! Nunca ia fazer uma coisa dessas com você!- ele ficou bravo.

-Heitor, eu estou dizendo a você que ela me traía!- ele foi firme.

- Minha mãe não é uma vagabunda!- gritou deixando Estevão irado.

- Ela não é a sua mãe!- gritou de volta encarando o filho com toda raiva que podia sentir naquele momento.

Todos se olharam ali naquela Sala e Estrela colocou de novo a mão na boca naquele momento e Heitor bufou.

- Você disse isso no dia que bebeu! Como assim ela não é a nossa mãe? Quem é a nossa mãe? Eu quero a verdade, verdade! Fala, pai! - disse firme com ele.

Estevão passou a mão pelos cabelos, ele tinha começado uma confusão.

- Não é hora para gritos e discussões, Maria precisa de repouso, se você só está aqui para discórdia, meu filho, é melhor que vá embora!- ele disse com firmeza.

Heitor ainda tentou falar, mas Estrela desconversou para não ver os dois brigarem e as horas passaram. Quando Estevão foi buscar um café e retornou ao quarto, entrou com um sorriso no rosto. Estavam se entendendo, estavam bem, Maria não estava recusando seus beijos, nem seus toques amorosos, era um ótimo sinal.

Mas quando entrou na sala se deparou com a imagem de um homem abraçando sua esposa e beijando a mão dela. Estava debruçado sobre a cama e Maria sorria recebendo as flores da mão dele. Estevão bufou e apertou o corpo de café em sua mão.

- O que faz aqui, senhor Luciano?- disse com um tom de implicância.

Maria olhou para ele com o rosto sorridente e amorosa foi logo dizendo.

- Luciano veio me ver, Estevão!- ela sorriu, mas os homens se encararam com raiva.

- Mas você está de repouso, você nem pode receber visita! - falou raspando a garganta.

- Olá, Estevão, uma ótima noite para você também! - ele disse se afastando de Maria e soltando a mão dela.

- Estevão, ele é meu amigo... veio saber como eu estou...

Estevão não queria saber, o ciúme estava dentro de seu corpo todo e não queria e não ia permitir que ele estivesse junto a sua mulher ainda mais sabendo que eles eram "noivos".

- Que bom que já disse a ele que vamos nos casar e que esse "noivado" de vocês foi pra cochinchina. - sorriu com o feito estufado parecendo um pombo.

Luciano no mesmo momento a olhou sem acreditar que ela estava novamente caindo nas garras dele e sem conseguir se conter disse.

- Você vai se entregar a esse homem que pode ser o assassino de Evandro? Maria, eu não posso acreditar que você está se entregando a ele assim tão fácil depois de tudo! - estava inconformado.

- Luciano... - ela tentou falar.

- Você, não tem que se meter em nossos assunto! - voltou a porta. - Se puder se retirar a minha mulher precisa descansar!

Luciano olhou para Maria que abaixou o olhar e ele se aproximou beijando seus cabelos, eles ainda iam conversar e aquilo não ficaria assim. Quando foi sair Érica apareceu e sorriu para eles dois e olhou sua filha tinha o coração desesperado e correu até a cama e a beijou muito fazendo Maria gemer de dor e ela a soltou se desculpando e Estevão encarou Luciano mais uma vez e ele se foi mesmo contra sua vontade.

- Isso que eu chamo de trincheira! - falou só pra filha e Maria se agarrou nela rindo a mãe sempre falava o que não devia. - Meu amor, diz pra mamãe agora você vai dar a esse homão, né? - olhava Estevão sentada na poltrona dando espaço a elas duas.

Maria riu de leve pra não sentir dor.

- Mamãe, pare de dizer semelhante barbaridade! - suspirou olhando Estevão.

- Minha filha, foram vinte anos, vinte! - falou com horror constatando aquilo. - Deve estar tudo em ebulição ai dentro. - beijou muito ela rindo e sentindo seu coração em paz agora que sua filha estava ali e bem.

- Não vou falar disso com a senhora!

- Olha, eu não sou doida, mas quando eu descobri que você já estava bem, eu fui comprei tudo novo e arrumei o quarto de vocês porque eu sei que esse homem não te larga nem pra dormir. - Maria a olhou. - Vai sentir o cheiro no cangote toda noite agora, minha filha e ai quero ver essa calcinha não voar. - queria a filha relaxada depois daqueles momentos tão terríveis e Maria se acabou de rir negando com a cabeça.

Estevão as olhou tinha escutado algumas coisas a sogra sempre tinha sido daquele jeito e mesmo não estando ao lado dele ajudava para que ficassem juntos e ele agradecia sempre. Maria ficou ali conversando com a mãe até que a enfermeira veio a medicou e não demorou nadinha e ela adormeceu sem desgrudar de sua mãezinha e Érica ficou ali consentindo seu afilha até que a hora de visita se acabou e ela se foi deixando apenas Estevão ali com sua mulher e ele suspirou aliviado passando a mão nos cabelos dela estava ali bem e apenas precisaria de dias para que seus hematomas sumissem e ele prometeu cuidar e amar aquela mulher como um louco enquanto tivesse ar em seus pulmões...

[...]

 DOIS DIAS DEPOIS...

MARIA... - LMOnde histórias criam vida. Descubra agora