Capítulo vinte e um

613 41 5
                                    

Escrita com a verdadeira San Roman... JulianaRamosAzevedo

- Gosta de malhar? Porque eu conheço uma pessoa que ama! - riu cinicamente e ele saiu do carro e caminhou atrás dela.

Estava tudo armado e quando subiram as escadas para uma área mais privada puderam ouvir os gemido e Maria segurou o riso porque sabia que Estevão iria acabar com tudo quando visse sua "esposa" o traindo e quando pararam de frente aquela cena, ele deu um berro com a cara vermelha.

- Patríciaaaaaaaaa!

Estevão perdeu o controle. O rosto furioso enquanto ele avançou dando um tapa no rosto de Patrícia e metendo soco no homem que estava com ela. Nem foi precisou pensar em nada, nada, apenas queria colocar sua raiva exposta no rosto do homem.

Patrícia gritava chorando tocando seu rosto e Maria a olhou com o um leve sorriso de vitória, cruzou os braços e sentiu que era a hora de mudar tudo. O homem estava embaixo de Estevão e já não estava reagindo...

- Deixe esse homem, Estevão e vamos para casa!- ela ordenou e ele obedeceu soltando o mulambo de homem todo quebrado. - Você precisa de tempo para pensar no que vai fazer com essa vagabunda! - sorriu e viu ele avançar pegando Patrícia pelos cabelos.

-Vamos, é nossa hora, vagabunda!!! - Estevão a carregou pelos cabelos com ela chorando e Maria o seguiu e todos olhavam para aquela cena, ele nem queria saber como ela estava, a arrastou para o carro e jogou dentro. Maria sorriu e foi no banco ao lado dele enquanto Patrícia chorava....

Quando chegaram em casa, Maria sorriu e olhou os dois.

- Eu vou tomar um banho e se precisar de algo, posso ser sua testemunha, Estevão, afinal, eu vi tudo!!! Tudo mesmo!!!!

Maria riu em deboche...e subiu a escada quanto Patrícia xingou.

- Desgraçada, infeliz, vagabunda!!! Tudo isso é armação sua!

- Cale a boca, a única vagabunda aqui é você, Patrícia e eu sou um tolo por ter acreditado em você todos esses anos!!!

Patrícia foi até ele o abraçando, mas ele a empurrou. Ele nem queria ser tocado por ela, não havia o que conversar, não tinha perdão, justificativa, nada...

Tudo que um homem pode sentir no momento como esse Estevão estava sentindo naquela hora. Um olhar que ele direcionou para Patrícia era o pior, pior que o tapa e nojo que sentia dela. Estava com o coração em fogo, era quase como estar em chamas.

- Você é uma vagabunda, tem apenas algumas horas para você arrumar suas coisas e sumir de perto dos meus filhos, não quero você perto deles, não merece no amor dos meus filhos!!! Meus!!!MEUS!!!- deu grito e ela estremeceu.

- Eu não estava te traindo, eu não estava com ele, você viu ele me agarrando. - ela disse nervosa querendo que ele acreditasse no que ela estava dizendo.

-Não precisa mentir, você não é nada minha...- ele disse com ódio se controlando...

Maria estava no alto da escada olhando e ouvindo tudo sem que eles vissem. E sorria, não tinha pena, ele merecia ver o que ela era, o que sempre tinha sido. Estevão olhou com ódio para ela.

- Nosso casamento não vai acabar assim, Estevão, não sou uma mulher qualquer, não vou embora enxotada, você quer me por para fora de minha casa, porque quer aquela mulher, quer que ela seja a sua esposa e quer estar com ela!!!!

-Você me traiu!!! Traiu!!!! Traiu e tenha a decência!!!!!

- Eu não fiz isso, eu não...- ela gaguejou, mas depois disse com o rosto tenso. - Eu não vou sair desta casa com a mão na frente e outra atrás.

-É dinheiro que te preocupa, sua bandida, é isso que te importa? Nem meu amor, nem nosso casamento e muito menos nossos filhos! Você esperou o momento certo para fazer isso. Me diz, Patrícia, a quanto tempo você me trai? A quanto tempo me faz de idiota, de ridículo?- ele disse com raiva aproximando dela.

- Eu nunca te amei!!!! - gritou com raiva dele.- Eu nunca amei você. Você é chato, metódico, um homem de cabeça velha, com mania e que não sabe nem mais como dar prazer a uma mulher!!!!

Estevão estava em choque com o modo como ela de repente estava reagindo, não era só por que estava com raiva, estava nos olhos dela. Era a verdade camuflada todos aqueles anos... todos...

- Eu quero tudo que tenho direito e vou contar a meus filhos a verdade, vou contar que Maria é mãe deles e que você a deixou abandonada e mentiu para eles...- ela disse com o rosto sendo cínica, ele não sabia com quem tinha mexido, mas ele ia conhecer a verdadeira mulher que ela era.

- Maldita, você não tem o direito de dizer nada, vai ficar calada, não vai dizer nada em momento algum!!!! Você já está acabada, vai sair daqui antes que eu acabe com sua raça!!!! Quero você longe de nossa família!!!!

Patrícia riu da cara dele tinha revelado sua verdadeira face e Maria no topo da escada não teve pena de nada do que ela tinha dito a ele, mas não queria que ela se metesse no assunto de seus filhos ou ela acabaria com sua raça. Maria cansou de ouvir aquela briga e subiu para seu quarto tomou um belo banho se perdendo em seus pensamentos e quando saiu vestida em seu roupão deu de cara com Patrícia sentada em sua cama.

- O que esta fazendo aqui? - ficou parada perto da penteadeira.

Patrícia levantou-se da cama e a encarrou batendo palmas.

- Parabéns, sua desgraçada, conseguiu o que queria! - se aproximou mais de Maria. - Agora pode pegar aquele brocha de volta! - desdenhou.

- Não se aproxime de mim! - foi para o outro lado do quarto e a encarou. - Pois fique você sabendo que comigo ele não é e nunca foi brocha. - insinuou.

- Você já foi pra cama dele não é mesmo, vagabunda? - Maria riu dela estava descontrolada. - Eu vou acabar com você, com todos vocês!

- Cadela que late não morde! - falou como nunca. - Fique você sabendo que eu não preciso me deitar com ele para saber que ele não é brocha... um beijo pode provar e um volume nas calças também se é que me entende... - piscou para ela e Patrícia tentou avançar nela.

Mas Maria foi mais rápida e a pegou pelos cabelos.

- Em mim você não toca! - apertou mais os cabelos dela a levando para fora de seu quarto. - Some daqui que você só foi a primeira a cair! - e bateu a porta na cara dela sentindo raiva.

Patrícia deu um grito alarmando Estrela que saiu de imediato do quarto assustada.

- O que aconteceu? Porque sua roupa está assim aberta?

Patrícia a olhou sentindo tanto ódio tinha perdido metade da sua vida cuidado dela e de Heitor para no final ser enxotada daquela casa como uma cachorra e ela estava pronta para começar sua vingança mesmo estando errado e ela passou as mãos no cabelo nervosa.

- Mamãe...

- Não me chame de mãe! - gritou com ela e Estrela nada entendeu.

- O que aconteceu mamãe?

Patrícia avançou nela a segurando pelos braços e a sacudiu com raiva e ela arregalou os olhos mais assustada ainda e os olhos se encheram de lágrimas.

- Não me chama de mãe! Não me chama porque eu odeio essa palavra, odeio que me chame de mãe porque eu não sou sua mãe! - a jogou no chão e saiu deixando Estrela ali com os olhos arregalados no chão enquanto suas lágrimas rolavam por seu rosto...



MARIA... - LMOnde histórias criam vida. Descubra agora