Capítulo três

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Escrita com minha senhorita

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Escrita com minha senhorita... JulianaRamosAzevedo

Estevão naquela manhã não foi para a empresa de carro e descia do táxi justo naquele momento e quando ela o viu do outro lado da rua suas pernas travaram e ela viu ele se virar e ficar frente a frente com ela e seu coração parou naquele momento.  

Por mais que ela desejasse que fosse mentira que suas mãos tremiam com aquela visão, não era. O homem que ela tinha amado e que tinha jurado amor estava ali entrando na empresa. Maria ficou mirando ele que pareceu sentir sua presença, mas não a olhou, apenas segurou firme sua pasta e entrou na empresa.

Maria sentiu uma lágrima correr lentamente de seu rosto, o coração ainda acelerava com a imagem dele, com aquela presença, mesmo que distante do homem que ele tinha sido. Ele era o único e grande amor de sua vida. Segurou uma mão na outra e suspirou. Aquela vingança era o que restava para que sua vida fizesse sentido.

Queria seus filhos de volta, queria apenas o que ela sabia ser dela, porque Estevão não era a muito tempo mais. Suspirou e depois tocou seus cabelos num gesto de força, ela não era mais a ingênua que tinha amado loucamente a ponto de sofrer quase até a morte quando foi deixada na cadeia sem direito a defesa.

Era inocente! Ela ia provar isso e mostrar a todos eles que tinham errado e queria Estevão de joelhos implorando por seus perdão, que ela não daria, não daria a ele nunca! Entrou de novo no carro e dirigiu até a igreja mais perto e lá desceu com o coração ainda assaltado de surpresa.Olhou tudo ali e parecia igual.

O padre estava de costas e quando se virou a olhou de modo certeiro...

- Maria? - disse firme ao ver a imagem dela caminhando em sua direção.

Maria sorriu ao único homem depois de Luciano em quem confiava.

- Padre Belisário... - disse se aproximando e abraçando ele.

Aquele abraço era como um abraço de pai e ela sentiu o calor de alguém depois de todos aqueles anos enclausurada. Estava de volta a vida e podia ser tocada. O padre apertou sua querida em seus braços e sentiu que ela precisava de seu aconchego como nunca.

- Minha filha, como você está? - ele disse todo preocupado e amoroso com ela que o olhava nos olhos com lágrimas nele, com ele podia ser verdadeira.

- Estou livre, padre e pronta para provar minha inocência. - ela disse firme, mesmo em lágrimas.

- Minha filha, uma injustiça o que fizeram com você, minha filha, uma injustiça... - ele a conduziu até a cadeira e os dois se sentaram.

- Eu preciso de sua ajuda, padre, quero que me conte tudo que sabe sobre aquela família.

O padre a olhou e segurou as mãos dela entre as suas, sabia que ela estava bem magoada e em seus olhos podia ver a tristeza mesmo que por fora se visse uma mulher dura sem aquela inocência que sempre estava estampado em seus olhos.

- Os San Román, minha filha? O que quer saber sobre eles? São a sua família. - ele disse com calma, mas ela se exaltou.

- Eles não são nada meus, só meus filhos eu tenho naquela casa, os outros são inimigos e estranhos!

- Não diga uma coisa dessas, minhas filha, eu sei que você tem muitas coisas para me dizer.

Maria andou pela sala do padre e sentia o coração aos pulos.

- Eles me incriminaram, padre, todos eles e meu marido não acreditou em minha inocência.

O Padre ouviu os detalhes de tudo que ela tinha passado e com atenção se comprometeu com ela a estar ao pendente de tudo e que a ajudaria em sua jornada pela inocência. O padre acreditava em tudo que ela dizia e por fim, sendo segredo de confissão todas as coisas, ela disse:

- Eu vou me vingar de todas as pessoas que me fizeram mal... - os olhos dela brilhavam...

- Mas a vingança é lago muito ruim, minha filha, muito ruim mesmo. - ele disse segurando as mãos dela e sentindo o gelo que estavam.

- Eu não posso viver com essa impunidade. Não posso ser conivente, um deles matou Patrícia, padre e eu vou descobrir quem foi.

O padre a abençoou e deixou que ela fosse depois de recomendar mais uma vez que ela deixasse para trás. Maria saiu em direção a rua e quando se distraiu trombou em uma mulher que deu um grito e a olhou.

- Que espécie de besta é você? - ela disse grosseira tocando o braço onde Maria tinha batido.

- Me desculpe, eu não tive a intensão de machucar a senhora. - disse educada, mas não gostando da mulher.

- Você é uma estúpida! Saia da frente quando uma mulher de classe estiver passando! - falou grossa.

Maria a olhou e sorriu mirando bem a roupa dela e o modo como ela se comportava.

- Pode ter certeza que eu farei isso quando encontrar uma, que no caso, não é você! - ela debochou. - Um mulher de classe nunca usaria esse tipo de modelito meretriz da esquina. Uma mulher de classe passa longe de você, não precisa estar tão longe pra sentir o cheiro de ....- ela nada mais disse e recolocou seus óculos saindo. - Um péssimo dia para você...

Ana Rosa olhou para o padre que a chamou.

- Tem nome de flor? - Maria debochou de longe. - Mas cheira a bueiro de rua. - riu e acenou para o padre saindo dali e entrando no carro.

Ana Rosa bufou e sentiu tanto ódio daquela mulher que mal conhecia que apenas se virou para o padre e disse:

- Esse tipo de pessoa mal educada não deveria estar dentro da casa de Deus! - o padre suspirou e a olhou de cima a baixo se ali não era lugar para uma mulher mal educada imagina para uma mulher tão mal vestida como Ana Rosa estava.

- A que devo a sua visita minha filha? -  segurou a mão uma na outra na frente de seu corpo e esperou que ela dissesse para que tinha vindo.

- Eu preciso me confessar padre! - falou como se fosse uma boa mulher.

- Vamos até a sacristia. - ela assentiu e caminharam até a sacristia e ele pegou o que precisavam e caminharam para o confessionário e ali ele sentou. - Ave Maria.

- Sem pecado consentida... - respondeu a ele.

- Me diga minha filha quais seus pecados e se, se arrepende deles.

- Padre, eu me deitei com meu tio!

- Ana Rosa... - não pode deixar de mostrar sua surpresa na voz. - Você se arrepende do que fez?

Ela pareceu pensar por um momento.

- Eu não seu, estou confusa foi a primeira vez e eu também quis... - suspirou como se o sentisse ali.

- Você está traindo a sua tia Ana Rosa! Não deveria fazer e sabe que está fazendo errado e não se arrepende... - fez uma pausa. - Você está cometendo o pior dos pecados!

- Padre, eu só precisava contar a alguém e sei que em segredo de confissão o senhor não pode falar nada! - ela se levantou fazendo o sinal da cruz. - Sua bênção padre. - e sem dizer mais nada saiu da igreja e entrou em seu carro com um sorriso no rosto tinha conseguido realizar deu sonho.

Ana Rosa dirigiu até a casa de sua tia e entrou feliz da vida e ao virar um dos corredores da casa foi agarrada por trás e beijada no pescoço e sorriu sendo a devassa que era e o segurou pelo pescoço.

- Vão nos pegar aqui, tio! - ele a virou e a juntou em seu corpo e na parede e devorou seu lábios e ela nem pensou em negar. - Isso tudo é saudades?

Ele apenas a olhou e a fez subir em seu colo e a levou dali para um dos quartos para passarem um momento bem agradável.

MARIA... - LMOnde histórias criam vida. Descubra agora