Capítulo vinte e oito

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Escrita com minha Senhorita San Roman... JulianaRamosAzevedo Mais um amadas espero que gostem!!!

- Como você, minha querida! - Alba foi sarcástica.

- Assim como eu, mas agora será por um crime que cometeu e não por ser inocente e pagar por um crime que algum de vocês mesmo fizeram, mas assim como Patrícia caiu... - voltou a ficar de pé. - Cada um de vocês também vão ter o seu!

A guerra estava declarada e sem mais ela saiu dali deixando a todos atordoado com aquela ameaça clara...

Maria suspirou olhando a mesa assim que entrou na sala de Estevão. Ela sabia que seria complicado, mas mesmo assim estava disposta. Ela não tinha medo, depois de tudo que tinha acontecido, de ter vivido todos aqueles anos na prisão, ela não tinha medo. Mas quando pensava neles, na família, na fúria do marido, tudo ficava confuso.

Maria sentou na cadeira de Estevão e tocou o porta retrato de seus filhos e suspirou pensando em tudo que teria que fazer precisava de ajuda já que nem Estevão e nem seu próprio filho estariam de seu lado, ficou ali perdida até que Leonel entrou na sala com papéis e entregou a Maria suspirando. Ela pediu que ele se sentasse.

- Eu quero falar com você, Leonel. - ela sorriu a ele, meio sorriso apenas.

Leonel se sentou e olhou ela nos olhos. Era um homem sério, educado e muito preciso em suas conclusões.

- Eu quero que me ajude, que esteja comigo para reerguer a empresa, para me ajudar em tudo. Depois de Luciano quero que você seja o meu braço direito.- ela disse de verdade. Ele era a pessoa que ajudava Estevão, que estava a par de tudo e era alguém em quem ela sentia poder ter confiança.

Ele a olhou, sentia uma coisa estranha e disse com o coração cheio de receio.

- Eu não sei se posso fazer o que você precisa, eu não quero que você... - ele não completou.

- Você é fiel a ele, eu sei, mas eu não sou uma inimiga! Eu estou aqui protegendo o que é nosso... o patrimônio da família San roman. Eu não posso permitir que meus filhos percam tudo.

Leonel olhou nos olhos dela, sempre ficava fascinado por ela.

- Você vai ter problemas com Heitor, ele ama o pai e vai sempre ficar contra você, sempre! - ele disse com um sorriso. - Somos todos assim com ele, Estevão é um pai, um bom pai.

Maria olhou para ele e disse de modo direto.

- Ele é um homem rude, grosseiro e muito agressivo, bem diferente do homem que eu amei. - ela disse num suspirou demonstrando pesar.

- Ele está ferido, bem ferido, é só isso. - suspirou e depois disse com um pouco de calma. - Mas creio que possamos dobrá-lo.

- Eu quero você, quero que fique do meu lado. - ela disse com firmeza. - Vamos fazer uma balanço geral e vamos ver onde as contas não batem. Quero tudo isso na minha mesa até o fim do dia.

Os dois começaram a conversar e quando quarenta minutos depois ela saiu da sala ao lado de Leonel e parou no corredor, os dois pararam, olharam para a direção da porta. Leonel a olhou e disse com sorriso.

- Aquele é o homem que pode ajudar você com tudo que mais precisa nesse momento. - sorriu em admiração, eram amigos e ele sabia que ele sempre era um negociador de primeira. - Vamos, eu vou te apresentar.

Leonel foi com ela até o homem e parou em sua frente. O homem sorriu e o abraçou.

- Leonel.- disse sorrindo.

- Geraldo Salgado, seja bem vindo de volta...- ele sorriu e seus olhos ficaram pousados em Maria, estava em choque olhando aquele beleza, fascinado. - Quem é a nossa bela companhia?

Maria sorriu e estendeu a mão a ele com sorriso no rosto.

- Maria Alcuña. - ela deu um sorriso lindo para ele e os dois se cumprimentaram e naquele momento enquanto Geraldo segurava a mão dele, a porta do elevador se abriu e Estevão saiu dele com raiva. Bufava e carregava algumas pastas nas mãos quando viu os dois, ali no meio do corredor.

Maria o encarou e ele caminhou para sua sala sem falar com ninguém e ela o acompanhou com o olhar e depois olhou para Geraldo dando uma desculpa e foi falar com ele. Entrou na sala e os dois se encararam até que ela fechou a porta atrás de si.

Ele bufava literalmente a encarando com raiva e caminhou até o canto da sala e se serviu de uma dose de uísque e deixou o copo ali mesmo e voltou para perto dela e a encarou.

- Ali está tudo que você precisa! - falou entre dentes. - Eu me demito! - caminhou para sair da sala.

Maria o segurou pelo braço e fez ele olhar para ela estavam bem próximos e ela disse com calma.

- Eu não sou sua inimiga! Eu te dei a chance de aceitar a minha ajuda, mas você não quis e agora fica assim como um louco enraivado? Bufando pelos cantos como se eu tivesse fazendo algo errado? - ainda o segurava pelo braço.

- Você jogou sujo! Não reconheço mais a Maria, a minha mulher! - estava nervoso mais não se soltou dela.

- Aquela Maria morreu no dia em que foi abandonada por todos naquela cadeia sendo inocente, aquela Maria morreu... - se aproximou um pouco mais dele sem tirar os olhos dos seus. - Eu não joguei sujo com você, eu quero que fique ao meu lado para salvar o que é de nossos filhos, não quero te tirar nada e nem ser presidenta disso tudo, eu quero que fique aqui comigo pra me ajudar. - falou com a voz doce do modo que o convencia sempre a tudo.

Estevão sentiu o corpo tremer, a garganta secar, ela estava tão perto dele que ele nem pensou e levou as mãos ao pescoço dela e a beijou na boca sabendo que ela o empurraria para longe, mas ele não iria perder a chance de estar ali nos lábios dela sorvendo daquele desejo que era de ambos e ele moveu seus lábios nos dela pedindo passagem para sua língua e quando não sentiu resistência ele a empurrou contra a porta e ela gemeu.

- Estevão...

Ele a olhou nos olhos depois nos tinha usado a força e ela tinha sentido as costas bater contra a porta e ele a beijou mais uma vez e logo a soltou se afastando enquanto ofegava.

- Você me deixa louco! - passou as mãos no cabelo e Maria molhou os lábios se afastando da porta e nesse segundo ele saiu da sala batendo porta.

Maria tocou o peito e logo os lábios o homem estava louco e pior estava enlouquecendo ela junto. Os beijos as carícias tudo entre eles estava trazendo de volta uma mulher que ela não mais queria ser e ela ficou ali suspirando por um homem que não merecia nada dela naquele momento...

[...]

NOITE...

Heitor chegou em casa as cinco queria falar com o pai tinha passado o dia na empresa observando Maria mesmo que de longe e sabia que naquele momento ela ainda não tinha chegado e aproveitou para que pudesse falar com o pai sozinho sem que ninguém atrapalhasse. Caminhou para o escritório e ao entrar o encontrou andando de um lado para o outro com uma garrafa na mão desde que Maria tinha voltado não conseguia mais parar de beber.

- Papai... - chamou a atenção dele.

Estevão o olhou e sorriu se aproximando.

- Era você mesmo que eu queria! - falou com a voz carregada de cachaça.

- Por que está bebendo desse modo? - tirou a garrafa dele não gostava de ver o pai assim. - Quando mamãe estava aqui não era assim... - falou com pesar sentindo falta de Patrícia.

Estevão riu e voltou a pegar a garrafa e tomou um gole bem grande e cambaleou para trás e ele o segurou e Estevão disse olhando bem pra cara dele.

- Aquela vagabunda não vai voltar nunca mais! - a vida dele estava uma bagunça.

Heitor arregalou os olhos e não entendeu o pai.

- Não fale assim de, mamãe, papai! - bufou a defendendo.

Estevão se afastou dele e caminhou deixando a garrafa na mesa e depois olhou para ele e disse com firmeza.

- Não defenda uma vagabunda que nem é sua mãe!

E Heitor ficou branco...

MARIA... - LMWhere stories live. Discover now