Capítulo Vinte e Um.

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Luan narrando:

Maju estava mexendo comigo mesmo, aquele jeito cheio de marra dela me prendia completamente, porque todo mundo me aceita e me deseja, menos ela.

Bati mesmo no DG, mas não só por ele se meter com minha mulher, a mãe do meu filho, mas também por ele sempre ter inveja de mim e por sempre ele querer arruinar minha vida, eu caio, mas eu me levanto e me levanto com mais raiva ainda. Meti a porrada nele e descontei um pouquinho da minha raiva por ele, mas não descontei toda a raiva.

A patricinha bem pensava que me atingia com aquelas palavras dela, mas ela tava enganada, ela podia me julgar do jeito que for mas eu não tô nem aí mesmo... Mas que ela tava ficando mó gostosa, ela tava.

Tava na venda quando vejo ela vim toda vermelha em minha direção, os moleques logo avisaram e ficaram secando a Maju, porra mano, essa mina é doida! Ela veio me dar um papo de que ela tava mal falada no morro, mas isso sempre acontece com as meninas de lá, ou por inveja ou só pra criar o inferno mesmo, mas eu já sabia quem era que ficava falando mal, só deixava a guria viver mesmo por pena.

Bateu mais raiva ainda de DG depois dele me provocar, e eu sabia bem que ele não ia desistir até trazer Maju pro lado dele e fazer o que bem desejar com ela.

Só quero é ver ele pelo menos tocar um dedinho nela.

Maju saiu toda estressadinha e até pensei em ir atrás dela, mas deixei ela vazar mesmo, a boca de fumo não era lugar pra ela e qualquer lugar era melhor que ali.

─ Tua fiel é? ─ Canela me perguntou e sorri.

─ Essa estressadinha aí é a mãe do meu filho, mas não vaza, beleza?!

─ Porra Luan, tu tem mais filho que o Mr. Catra, puta que pariu! ─ um dos noiado falou sorrindo.

─ São só seis, até onde eu sei né ─ eu falei me sentando e fitando longe DG conversando com uns truta dele, meu rádio apitou e atendi rápido.

─ Fala.

─ Chefe, tua amante tá peitando a Maju, aqui na rua quatro, é melhor vim pra cá, tu sabe como a Beatriz é e ainda tem umas amiguinhas dela aqui, se lembra que sua mina tá grávida.

Antes dele terminar de falar me levantei nervoso, se Beatriz batesse na Maju era capaz dela perder o bebê e se por acaso ela perdesse o bebê eu mataria a Beatriz. Peguei minha R1 e fui em direção à rua quatro.

Maju narrando:

Eu estava muito nervosa, minha raiva momentânea esfriou e fui tomada pelo medo, eu nunca tinha apanhado na minha vida e tava com medo daquela favelada me bater...

─ Quero saber o que tu quer com meu patrão, Luan é só meu sua patricinha ridícula ─ ela apontou o dedo na minha cara e sorri com deboche.

─ Não quero nada com ele querida, mas não tenho culpa se ele me prende aqui nessa droga de lugar.

─ Vou te dar uma aula pra tu aprender que não deve mexer com os machos dos outros ─ ela veio se aproximando e fui dando uns passos pra trás.

─ Tu não pode me bater...

Eu gaguejei dando passos pra trás, meu coração estava à mil, algumas pessoas vinham ver aquela discussão e estavam agora formando uma rodinha ao nosso redor.

─ É mesmo? Quem foi que disse que não? Eu vou acabar com tua raça e tu vai se mandar daqui, porque Luan é meu e ninguém rouba meu lugar aqui, sua rata!

─ Eu tô grávida ─ eu gaguejei baixo e ela ficou vermelha de raiva, ela jogou seu cabelo e veio pra cima mas puxaram ela, ela acabou caindo no chão.

Apenas um TraficanteWhere stories live. Discover now