Capítulo Cinquenta e Oito.

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Maju narrando:

Hoje era natal, e vocês nem imaginam o quão feliz estava em realmente participar de um natal, enfeitar a árvore com Gabriel, fazer o famoso ''amigo oculto'', arrumar toda a decoração, escolher uma roupa ideal e dentre várias outras coisas...

Antigamente, meu natal se resumia em festas ricas que meus pais iam, não havia toda aquela coisa de família que estou vivenciando aqui.

Tive que comprar umas novas roupas, minha barriga de sete meses não entrou de jeito nenhum nas anteriores, é mágico, agora que minha pequena aprendeu a chutar ela não para, mas claro que só chuta quando o pai dela vem mimar a mesma, e eu fico vermelha de raiva.

Luan está super animado, já havia montado o berço, o guarda-roupa, a estante, e terminado a pintura. Havíamos comprado o enxoval antes de ontem, Priscila e Carol me ajudaram a guardar tudo em seu devido lugar e as únicas coisas que faltavam eram só os acessórios como chupetas, mamadeiras, escovinha, e outras coisas. Havia ganhado de natal um presente da tia Marta, ela havia me dado uma bolsa cheia de produtos para minha filha e para mim, havia hidratantes, loções, pomadas pra assadura, perfume, e diversos outros produtos...

Cada dia ficava mais ansiosa e emocionada, ser mãe era realmente algo perfeito.

Luan havia criado amizade com o Sebastian, aquele cara que o mesmo disse que iria matar, o Sebastian é esposo da Karlyane, e o filho deles já nasceu, o João Mateus que é muito lindo. O grupo de pais de primeira viagem ficava cada vez melhor, era bom compartilhar todo esse mundo com as mulheres que haviam lá, gostava muito de ir.

Enfim, o natal aqui na Rocinha é algo realmente lindo, a festa havia começado desde semana passada, havia muitas pessoas pelas ruas dançando e sorrindo, radiolas realmente altas e muita felicidade envolvida. Olhando lá de cima, da janela do quarto de Luan, as luzes natalinas espalhadas pelos sobrados lá da favela pareciam vaga-lumes, era lindo, a noite caia e as luzes piscantes ganhavam vida e realmente destacam a beleza de se apreciar.

Senti os braços de Luan serem envolvidos em volta de minha cintura, ele beijou meu pescoço e suspirou forte me causando um arrepio, inalei aquele perfume maravilhoso dele e me virei beijando seus lábios, Luan agarrou em minha nunca e intensificou o beijo dançando com sua língua em minha boca, provava aquele seu sabor de menta sentindo todos os cabelos do meu corpo se eriçarem.

─ Estou aqui! ─ Biel protestou gritando.

Paramos o beijo com um selinho e sorri pra Luan, eu estava olhando a festa que ocorria lá em baixo, e admirando a beleza das luzes coloridas que brilhavam enfeitadas.

─ Vamos buscar meu cunhadinho? ─ Luan sussurrou em meu ouvido.

Havia me esquecido de dizer que hoje estávamos indo buscar Rafael, ele chegaria às sete e quinze da noite no aeroporto, passaria natal e voltaria pra Argentina dia primeiro de janeiro.

─ Vamos sim.

Senti Luan entrelaçar nossas mãos e me guiar pra sala.

─ Gabriel, tu pode ir andar por aí mas te quero meia noite aqui, e nada de espiar os presentes quando eu sair.

─ Tá bem, Luan. Juro que não vou espiar o quê tu comprou pra...

─ Gabriel! ─ Luan o repreendeu.

Tá bom, seu chato! Vou pra casa do Neguinho comer, depois vou na casa do Thiago e por último na casa da Priscila, eita que hoje fico gordo! ─ele disse batendo na barriga e abrindo a bermuda jeans que usava, eu gargalhei do ato dele e Luan revirou os olhos.

Gabriel pegou o skate e saiu descendo o morro e observei Luan pegar o carro na garagem, ele estava todo arrumadinho dentro de uma bermuda jeans quadriculada em preto e cinza, uma camisa da Oakley cor preta, um tênis da Lacoste preto com branco, cordão de ouro em volta do pescoço, boné, enfim, ele estava perfeito como sempre.

Apenas um TraficanteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora