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04 - Sementes

Paralelamente aos acontecimentos, alguns membros do ADM reuniam-se no, recém liberto, castelo de Eulália.

As investigações de Ulisses lhe proporcionaram alguns bons momentos em batalha e é certo que uma tremenda dor de cabeça a Lord Quartzon.

Um reforço considerável na segurança forçou o investigador a abandonar seu esconderijo às pressas. Prudência era quase uma premissa e ser capturado não ajudaria em nada, não naquele momento. Quartzon não subestimaria as habilidades inimigas. Se seus lacaios perdiam por incapacidade cognitiva, pelo menos superarariam em números.

Em seu exército haviam dezenas de formas de vida de espécies diferentes. Não tinha grande simpatia, se é que se pode colocar assim, com seus duplicadores, mas sabia que, embora letais, não eram páreo para os agentes do ADM e suas armas.

A reunião foi marcada no castelo exclusivamente para tratar desse assunto. Eulália e Ulisses haviam descoberto que Quartzon a tempos escaneava sistemas inteiros em busca de compostos muito raros que mixados com uma técnica de manipulação partículas concentradas dava "vida" aos duplicadores. Foi descoberto também que Quartzon planejava reunir uma grande massa tecnológica e insumos diversos, estritamente necessários para criar uma fenda grande o bastante para si e esse exército atravessarem. Criar algo assim exigiria uma inigualável quantidade de energia e ele sempre a conseguia da mesma forma em todos os mundos que ele visitou, acessando seu núcleo.

- Membros reportam abnormalidades nos atalhos territoriais e fendas dimensionais - disse Ulisses.

Eulália, sempre pensativa, levantou-se e tomou a palavra.

- A tempos Quartzon vem atacando esse asteroide e sempre consegue estar um passo à nossa frente. Pre-ci-sa-mos detê-lo! - deu ênfase na última frase - Nossas recentes investidas provam que o inimigo pode ser derrotado e seu repentino reforço de segurança nos diz que se sente ameaçado.

A rainha fez uma pequena pausa no discurso para fitar o semblante dos demais, e ao ver que havia alcançado a reação esperada continuou.

- Ulisses, que é o meu mais capaz infiltrador, conseguiu informações valiosas do paradeiro de Lord Quartzon. Até agora a única arma que se mostrou promissora contra os monstros de areia foi a disruptora plasmática e a mesma não é indicada no caso de ataques prolongados pois superaquece muito rápido. Outro ponto é que grande parte dos nossos soldados é composta por aperimetrados que não podem conjurar atalhos territoriais para escapar de zonas de impacto.

- Os atalhos criados por tecnologia podem suprir parte dessa deficiência - comentou Ulisses olhando na direção de Eulália.

- Não podemos, contudo, fornecer a cada membro do exército um gerador de atalhos portátil. Seria como assinar nossa própria sentença de morte.

- Séculos atrás, quando os primeiros portais físicos foram sintetizados, uma quantidade significativa de seres humanos de incontáveis versões da Terra vieram a esse mundo com a intenção de estudar suas nuances cósmicas, trazendo consigo seu portfólio tecnológico. Por algum tempo foi bom. Mas nem todos os visitantes tinham boas intenções e em sua insensata busca por riquezas e poder, terminaram por libertar Quartzon, até então preso neste mundo sem tecnologia para sair.

- Aquele livro mágico de Zira seria uma mão na roda agora, uma pena ela o ter destruído.

A destruição do livro mágico de Zira é uma outra história e um dia também será contada.

- Victor foi com uma DC de Zira visitar um planeta botânico recém descoberto, Estavam bastante empolgados.

O planeta em questão fora descoberto por ela durantes seus estudos, situava-se no Universo 119 aproximadamente 500 MPC da Terra daquele universo. Victor levou horas para conjurar um atalho para lá e levaria tempo similar para criar o de retorno.