29 - A decisão

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— Galera, sem querer ser chata, nosso problema ainda continua sem uma solução. — comentou Eulália.

— Na verdade, são dois. — concluiu Sofia. — Minhas reservas de energia não vão durar para sempre.

— Como assim?

— Eu ainda estou no universo vazio, Tirak. Não consigo me tirar de lá sozinha.

Tirak franziu a testa, claramente, a ideia de Sofia estar em dois lugares ao mesmo tempo lhe causava embaraço.

— Nossa amiga crematoriana pode dar uma forcinha! — Interrompeu Lúcia.

— Não é bem assim, Tinamus me acertou feio com aquela coisa, vai levar um bom tempo até poder usar a Torus novamente. Sugiro que encontremos outro jeito.

— Se esquece que Malegolt só foi derrotado por acaso?

— Sabe, Lúcia, eu não diria bem isso. O fato é que quando Tirak saltou na direção de Malegolt deveria estar pensando no rifle. Eu estava sendo controlada e aquela coisa não sabia diferenciar vórtices. Consegui converter um direto em estéril. Ainda não sei como fiz a conversão, mas na hora deu no que deu.

— Então, de certa forma, Tirak foi o responsável por nossa vitória?

— É isso mesmo. — concluiu.

Uma porta se abre oriunda da enfermaria, dela saem alguns de nossos heróis. Path estava entre eles e sua expressão facial revelava um quê de preocupação, dessa vez Sofia e ela não entram no bit-time.

— Qual o problema, irmã?

— Bradadores estão tentando tomar a colônia das Caiporas.

— Não, M'régia! — gritou Lúcia acometida pelo desespero. — Preciso ir pra lá. Acabar com aqueles caçadores manés é uma coisa, enfrentar Bradadores é outra história e se eu não ajudar agora, não terão como contá-la em outra ocasião.

— Calma, Lúcia. — disse Nara. — Por isso não irá sozinha. Vamos com você.

— Vamos precisar de sua ajuda, Nara. — cortou Eulália. — Infelizmente não podemos ir todos, é verdade, Uma solução para o problema de Sofia precisa ser encontrada, então no máximo dois toroiditas poderão ir. E sabemos que pode ser uma armadilha.

— Sempre é. — concordou Lúcia. — Mas sabemos que só estamos aqui devido ao nosso fetiche por elas.

— Não tem problema rainha Eulália, eu posso cuidar disso. — Interrompeu Victor. — Estou precisando mesmo pôr a carcaça pra trabalhar. Esse descanso não programado já estava me dando nos nervos. — Sorriu.

— Então está decidido. Quem vai abrir o buraco dessa vez?

— Engraçadinha, sem brincadeiras, certo?

— Foi mal, então será você, dona Zira?

— Estou meio enferrujada, mas estou com nosso amigo, essas carcaças precisam trabalhar. — Virou-se para Victor, fez uma careta. — Par!

— Tá bom, desisto, nunca ganho nesse jogo mesmo. Eu levo vocês lá, Zira cuida da retirada. — Olhou para a anfitriã e notou uma certa inquietação. — Quer vir conosco Path?

— Posso mesmo? — seus olhos tremeluziram.

— Claro, não conheço suas habilidades, mas...

Literalmente Path desapareceu das vistas de Victor durante um piscar de olhos, quando prestou mais atenção foi que percebeu que ela havia trocado de roupa, agora ela usava um uniforme cheio de adereços e partes metálicas. Ele teria dito mais alguma coisa, porém, ao fitar o traje, teve uma noção básica do que ela faria com os Bradadores.

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