33 - Ponto de encontro

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Adzuna ainda se divertia com as sugestões de Ômega Lib quando Palmer finalmente retornou, trazia consigo algo enrolado em papel holográfico com o emblema da anfitriã na junção do papel selando o embrulho.

- O que é isso?

- Não faço ideia, ela apenas pediu para que fosse entregue a Eulália. Espero que seja um hábeas corpus. Mas e então, Demorei?

- Só espero que não seja uma bomba...

Adzuna balança a cabeça em afirmação, mas não pergunta mais nada sobre o assunto. Preferia não especular.

- Até que não, aliás, deve ter demorado sim, estava lendo alguns contos wattpadianos e perdi a noção do tempo.

- Nunca ouvi falar desse planeta. A qual galáxia pertence?

- Entendeu errado, não é um planeta.

- Então do que se trata?

Um elevador secreto chega vindo do interior do planeta e uma jovem muito bonita de cabelos ruivos, usando roupas esquisitas surge de seu interior, é ela quem responde à pergunta de Palmer.

- São livros escritos em uma plataforma secular, aqui e ali, espalhados uniformemente pelos multiversos.

- Estranho usar essa palavra no plural.

- Há mais do que nossas mentes podem compreender sobre o assunto, Adzuna de Crematória.

- Como sabe meu nome.

- Longa história e terá que ser contada em outra ocasião. Agora precisam ir, Eulália os aguarda na Estação Orbital.

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- Senhor Argon, eles já estão na metade da floresta, logo estarão na gruta.

- Muito bom. - respondeu ele. - Estão adiantados, sempre me surpreendendo. Mas e aí, como está seu ferimento?

- Cem por cento curado, até mesmo a cicatriz já desapareceu.

- Então vamos, se bem conheço Tinamus, logo encontrará os garotos. Devemos nos apressar.

- E como chegaremos ao ponto de encontro?

- Sabe, garoto, quando cheguei aqui não havia nenhum recurso tecnológico disponível, me senti exilado no século quinze. Agradeça aos malfeitores pelo que vai ver agora.

Argon então começa a retirar algumas das tábuas do piso, revelando a existência de uma câmara secreta.

- Não entendo como não vi nem senti essa câmara.

- Como eu disse, seus dons estão melhores. Mas não se esqueça que ainda é um iniciante. Quando voltarmos preciso te apresentar alguém, seu nome é Fulgar.

Os dois desceram para a câmara, havia dúzias, talvez centenas de peças de drones espiões e circuitos eletrônicos espalhados por todos os lados. Argon foi até uma alavanca e a puxou. Uma mesa controladora se ergueu no meio da câmara, parecia um desses fliperamas do século 20, mas com alguns incrementos à moda Argon.

- Por Tupã, é sério que conhece ele?

- Sim, foi ele quem me revelou a existência do ADM.

- Vou ler todos os seus relatórios, tenho certeza que viveram muitas aventuras juntos.

- Pode apostar que sim. Agora instale este chip de controle. - pediu - Sem ele isso nunca vai funcionar.

Apoema, pegou o chip e procurou a interface onde deveria inseri-lo. Nem quis saber que tipo de máquina Argon havia construído. Ficou tão entusiasmado com a revelação que nem se espantaria se aquilo fosse uma nave de combate. Lembrou-se então do dia em que viu seu pai pela última vez, uma tristeza ímpar passou a devorar seu coração. O Cacique, que também era seu pai, certamente o proibiria de sair da aldeia para o resto da vida.

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