Palmer tentou por várias vezes fazer contato com a criatura presa na cela, contudo os guardas estavam tornando a aproximação uma tarefa quase impossível, um passo em falso e seu disfarce seria comprometido e sua presença revelada.
- Não é sempre que se invade uma base inimiga, algumas armas viriam a calhar agora.
- Talvez só a comunicação tenha sofrido interferência.
- Sem conexão com SOFIA impossível usar comandos de voz.
- Sem saber no que pensar também não vamos acessar o banco de dados local do nanotraje.
- Devíamos sair e tentar contato com os outros.
Eles até que tentaram, mas não deu muito certo, só os vagões do monotrilho conseguiam passar.
- Desconfio que perceberam nossa presença aqui. O portal foi polarizado, impossível sair.
Marcos ouviu um dos guardas dizer que o comando colocou a base em alerta máximo devido a presença de um intruso.
- A quanto tempo estamos aqui? uma? Duas horas?
- Bem menos que isso - respondeu Marcos.
- Calma ai! - Palmer fez sinal para o irmão - O guarda comentou a detecção de um intruso, e não dois, sabe o que significa?
- Que você deu mole e alguém te viu?
- Não, se tivessem nos visto não estaríamos tendo essa conversa, tem mais alguém aqui além de nós.
- Essa seria minha segunda resposta. - disse Marcos temendo o que seu irmão diria a seguir.
- Precisamos encontrá-lo antes deles.
- Palmer, meu caro, devo lembrá-lo de que a última vez que eu segui uma de suas ideias quase fui pulverizado por aquela sua namorada maluca?
- Lúcia, e pra seu governo, aquilo foi só um acidente. Está comigo ou não?
- To sempre contigo Skyfora.
Palmer esboçou um sorriso cínico e os dois começaram a sua pequena jornada, ele não apreciava quando o caçula fazia alusões a séries televisivas que ele ainda não tivesse assistido até o último episódio.
De fato havia um terceiro intruso nas instalações, mas eles não o encontraram. Refizeram todo o caminho dentro daquele lugar e não encontraram nada. Contudo tinham um problema mais urgente, todo aquele tempo usando os nanotrages em modo cosplay estava exaurindo lentamente os mesmos. Os dois então andaram calmamente até um local aparentemente seguro, afastado o bastante dos guardas e desligaram os disfarces. Foi o necessário para que fossem surpreendidos por trás por um guarda armado com um bastão atordoante. Surpreendentemente o guarda não os fez mal algum, baixou sua arma e passou a mão sobre sua pulseira, desligando também seu disfarce e deixando-se ser fitado pelos irmãos.
Palmer arregalou bem forte os olhos e reconheceu de imediato aquela cabeça ovalada sem a cavidade auditiva.
- É muito estranho ver e falar com você agora, poderia jurar que te vi mergulhar em um rio no teto de uma caverna - revelou Ajax, que involuntariamente recolhia suas glândulas salivares e torcia o nariz.
- Quer dizer que já saímos?
- Sim, todos os que chegaram comigo já partiram. Fiz exatamente como a garota de nome Nara disse pra fazer, mas antes de tocar na água um pequeno portal se abriu impedindo que eu a tocasse.
- Sorte a sua, o rio leva direto pra casa.
- Nunca pensei que não voltar pra casa fosse a melhor opção - comentou Ajax coçando a cabeça ovalada, fez uma pausa para refletir sobre o que acabara de dizer - foi por um tris, mais um milímetro e eu estaria no vácuo do espaço, flutuando sobre os destroços de Kamin - concluiu.
YOU ARE READING
Acesso Irrestrito
FantasyA viagem entre universos é controlada por facções e povos isolados. No mais brasileiro dos jeitinhos, humanos da Terra 1( todos tem essa ideia fixa na cabeça), se infiltram nas instalações de uma dessas facções e conseguem acessar sua base de dados...
