12 - Três patetas

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Tudo bem, pode se fazer de desintendida, a gente finge que ele não gosta de você e que não é recíproco.

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-Por que tem gente falando enquanto eu estou tentando dormir?

-Porque hoje é dia de voltar para Hogwarts, Olívia. Levanta! -A voz de Audrey mandou, fazendo-a enfiar o rosto no travesseiro por mais uns cinco minutos antes da Sra. Weasley chegar, mandando elas se apressarem.

A chuva forte continuava a fustigar a janela enquanto Olívia vestia uma calça jeans, uma camiseta e um casaco; trocaria pelas vestes de escola no Expresso de Hogwarts.

-Arthur! -Ouviram a Sra. Weasley gritar do lado de fora -Arthur! Mensagem urgente do Ministério!

Olívia e Gina, que já haviam acabado de se arrumar, saíram do quarto e desceram até o patamar do primeiro andar, onde os garotos estavam. Ao entrar na cozinha, viram a Sra. Weasley
remexendo, ansiosamente, nas gavetas do guarda-louça.

-Tenho uma pena em algum lugar aqui! -Dizia ela, enquanto o Sr. Weasley se curvava para a lareira falando com...

A cabeça de Amos Diggory estava parada no meio das chamas como um grande ovo barbudo. Ele
falava muito depressa, completamente indiferente às fagulhas que voavam ao seu redor e às chamas que lambiam suas orelhas.

- ... os vizinhos trouxas ouviram estampidos e gritos, então foram e chamaram a... como é mesmo o
nome?... plícia. Arthur, você tem que ir lá...

-Tome! -Disse a Sra. Weasley sem fôlego, empurrando um pedaço de pergaminho, um tinteiro e uma
pena amassada nas mãos do marido.

- ... foi pura sorte eu ter sabido. -Continuou a cabeça do Sr. Diggory. -Precisei vir ao escritório mais cedo para despachar umas corujas, e encontrei o pessoal do Uso Indevido da Magia de saída... se a Rita Skeeter souber dessa, Arthur...

-Que é que Olho-Tonto diz que aconteceu? -Perguntou o Sr. Weasley, ao mesmo tempo que
desenroscava a tampa do tinteiro, molhava a pena e se preparava para escrever.

Os olhos do Sr. Diggory reviraram nas órbitas.

-Disse que ouviu intrusos no jardim. Disse que se aproximavam sorrateiramente da casa, mas que foram atacados pelas latas de lixo.

-Que foi que as latas de lixo fizeram? -Perguntou o Sr. Weasley, escrevendo freneticamente.

-Fizeram um estardalhaço e dispararam lixo para todo lado, pelo que sei. -Falou o Sr. Diggory. -Aparentemente uma delas ainda estava voando a esmo quando a plícia apareceu...

O Sr. Weasley gemeu.

-E o que aconteceu com os intrusos?

-Arthur, você conhece Olho-Tonto. Alguém andando pelo jardim dele na calada da noite? Mais provavelmente era algum gato com neurose de guerra vagando
por ali, coberto de cascas de batatas. Mas se o pessoal do Uso Indevido da Magia puser as mãos em Olho-Tonto, ele está perdido, pense na ficha dele, temos que livrá-lo com uma acusação menos séria, alguma coisa no seu departamento, qual é a penalidade para explosão de latas de lixo?

-Talvez uma advertência. -Respondeu o Sr. Weasley, ainda escrevendo muito depressa, a testa vincada. -Olho-Tonto não usou a varinha? Não chegou a atacar ninguém?

-Aposto que ele pulou da cama e começou a enfeitiçar tudo que conseguiu alcançar pela janela, mas daria muito trabalho provar isso, não houve nenhuma vítima.

-Tudo bem, estou de saída. -Disse o Sr. Weasley e, enfiando o pergaminho com as anotações no bolso, saiu correndo da cozinha.
A cabeça do Sr. Diggory olhou para os lados e se fixou na Sra. Weasley.

OLÍVIA POTTER [4]Where stories live. Discover now