OLÍVIA POTTER [4]

21 - As aventuras do suco de abóbora

Mas o que é que vocês, pirralha e pequeno grande homem, estão fazendo acordados a esta hora?

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Olívia não conseguiu dormir mais que duas ou três horas naquela noite. Todas as vezes que fechava os olhos o sonho com Voldemort na casa misteriosa a fazia acordar, ou até mesmo as milhares de possibilidades de Harry se machucar feio ou morrer, porque, não importava que ela não quisesse aceitar ou que fosse um absurdo, o Torneio Tribruxo era um caminho muito perigoso por onde alguém realmente queria que Harry passasse.

E ela não gostava nada disso.

Quando a luz começou a invadir o quarto, Olívia desistiu de encarar o teto, pegou o Mapa do Maroto dentro de sua mochila e sussurrou "Eu juro solenimente não fazer nada de bom." As linhas que representavam as paredes e limites dentro dos terrenos de Hogwarts surgiram. Poucas pessoas estavam acordadas àquela hora, mas Dumbledore era uma delas. O fato de ela não ser a única extremamente preocupada com aquela situação a fez sentir uma sensação de alívio no peito. Se Dumbledore se preocupava, ele tentaria ajudar, ele tentaria.

"E eu espero que ele consiga."

A próxima hora se arrastou lentamente. Olívia fechava os olhos por alguns segundos, mas, sem sono, voltava a abrí-los e encarar o mapa. Foi então que três novos pontinhos surgiram, na lareira da sala do Profº Flitwick. Olívia pulou da cama. Eram Jessica King, George King e Remo Lupin, ambos se dirigindo às sala do diretor, onde Dumbledore os estava esperando.

-Isso! -Olívia exclamou animadamente.

Ela calçou suas pantufas, vestiu um robe e saiu o mais rápido e silenciosamente que pôde do dormitório. Os três já haviam chegado ao escritório do diretor. Jessica era o único ponto no mapa que andava de um lado para o outro e Olívia sorriu ao imaginá-la dando uma bronca em Dumbledore.

-Liv? -Harry perguntou, descendo as escadas do dormitório masculino e encontrando-a. -Por que está acordada?

-Ótimo! Já estava indo acordar você. Remo, Jessie e George estão aqui, vamos!

Então ela agarrou a mão dele e o puxou para fora do Salão Comunal bruscamente.

-Espera! -Harry reclamou, tentando fazê-la andar mais devagar. -Droga, eu esqueci a capa!

-Dane-se a capa, se alguém aparecer eu azaro ele, anda logo, Harry Potter!

Então, quando eles chegaram à gárgula, Olívia enfim parou para respirar e começou a andar de um lado para o outro.

-Sério. -Harry riu. -Você está me assustando. São, tipo, quatro da manhã e você está elétrica como se fosse o horário do almoço.

-Não consegui dormir.

Harry franziu a testa.

-Por que não?

-Enxaqueca. -Disse. -E isso do torneio está me tirando do sério, é simplesmente um absurdo e você não pode aceitar até tentar de tudo!

-Liv, todos os diretores entraram naquela sala quando meu nome foi chamado. -Harry falou. -A Minerva também, você tinha que ver... eu realmente acho que não tem como reverter isso.

-Mas não é justo!

-Tem muita coisa na nossa vida que não é muito justa, esqueceu? -Harry deu de ombros, fazendo-a bufar e se sentar ao lado dele.

-Que grande merda!

-"Olha a boca!" -Ele fez uma vozinha fina, imitando os avisos de Jessica dava a ela de vez em quando.