15 - As Maldições Imperdoáveis

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Dor. Não se precisa de anjinhos nem de facas para torturar alguém quando se é capaz de lançar a Maldição Cruciatus

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-O que está havendo entre você e o Rony? -Hermione perguntou a Olívia minutos depois quando as três garotas entraram no banheiro. -Estão trocando mais farpas que de costume.

-Ele me irrita. -A garota respondeu, penteando o cabelo com os dedos.

-Ele irrita todo mundo, Liv. -Audrey falou. -Mas Rony é incrível, tem que ter mais paciência com ele.

Olívia olhou para as duas, que a encaravam com expectativa, como se esperando que ela fosse concordar e, então, todos pegariam o pote de ouro no fim do arco-íris.

Como se fosse fácil assim.

-Aí é que está. -A garota disse sorrindo. -Eu não sou uma pessoa paciente.

Hermione revirou os olhos.

-Não seja exagerada, Liv. Rony é seu amigo, não precisa...

-Desculpe, o quê? -Olívia a interrompeu, irritada. -Sinceramente, se não fosse por vocês eu já teria parado de falar com o Rony há muito tempo. Ele é um péssimo amigo, além de atingir meu limite de paciência todas as vezes que ele faz burrada com vocês. Cansei de aturar ele, tá bom? Desculpem desiludir os sonhos bonitinhos de vocês, mas, por favor, não tentem me convencer do contrário.

Hermione e Audrey estavam lado a lado e apenas a encararam sem dizer nada. Olívia interpretou como uma deixa e saiu rapidamente do banheiro. Ela fez seu caminho até a biblioteca, onde procurava por qualquer livro que a a ajudasse com o conteúdo novo de Transfiguração, mas, antes que pudesse se afundar na leitura, a voz de Draco atrás de si a fez dar um pulo de susto.

-Merda, Draco! -Exclamou baixinho, levando a mão ao coração.

-Bom dia para você também.

-Cala a boca, estou brava com você.

-De novo? -Draco bufou e se sentou ao lado dela. -Você fica brava com muita facilidade.

-Na verdade, você é que tem essa facilidade de me fazer querer te dar um murro. -Disse a garota, olhando-o por cima do livro com uma expressão fria que fez Draco dar um leve sorriso, sabendo que era fingimento.

-Fico feliz em saber que isso é algo exclusivo meu, Potter. -Deu de ombros. -Mas vamos para a minha parte favorita dos seus surtos de raiva: o que eu fiz dessa vez?

Olívia suspirou e se sentou de frente para ele, cruzando as pernas.

-Primeiramente, vai se ferrar. -Resmungou. -Segundo, não ofenda a mãe dos outros se não quiser que ofendam a sua, seu idiota.

Draco fechou a cara.

-Bom, o Potter não tinha direito nenhum de...

-E você tinha? -Ela interrompeu, os olhos fixos nas páginas amareladas do livro.

Draco manteve os olhos cinzas sobre os verdes dela e, após uns segundos de silêncio, ele desviou o olhar.

-Além disso, se você conhecesse os Weasley saberia que eles são pessoas maravilhosas, pelo menos a maioria. -Olívia sorriu genuinamente. -É sério, vindo de alguém que passou muitos anos com gente desprezível, pessoas como eles são muito raras.

Draco revirou os olhos.

-Você é mais rara, tenho certeza. -Ele disse com um tom de indiferença e de... de... alguma outra coisa que não ficou muito clara para ela.

OLÍVIA POTTER [4]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora