14 - A fantástica doninha saltitante

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Que bom que sua opinião é insignificante para mim, então.

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O temporal já se esgotara quando o dia seguinte amanheceu, embora o teto no Salão Principal
continuasse ameaçador. Pesadas nuvens cinza-chumbo se espiralavam no alto quando Olívia, Harry, Rony, Audrey e Hermione examinaram seus novos horários ao café da manhã. A poucas cadeiras de distância, Fred, Jorge e Lino Jordan discutiam métodos mágicos de se tornarem velhos e, com esse truque, participar do Torneio Tribruxo.

-Quanto vocês apostam que eles vão se ferrar? -Olívia perguntou.

-Por que acha isso? Eles são espertos, podem conseguir. -Disse Simas.

-Não mais espertos que Dumbledore. -Argumentou, dando de ombros. -Ainda assim, estou ansiosa para vê-los tentar, então encorajem ao máximo.

Simas, Dino, Neville e Gina riram com o comentário.

-Hoje não é ruim... lá fora a manhã inteira. -Disse Rony, que corria o dedo pela coluna intitulada segunda-feira no seu horário. -Herbologia com a Lufa-Lufa e Trato das Criaturas Mágicas... droga, continuamos com a Sonserina...

-Dois tempos de Adivinhação hoje à tarde. -Gemeu Harry.

-Era minha aula favorita, mas agora a Hermione saiu, então não vai mais ter escândalo. -Olívia fez biquinho para Hermione, que sorriu.

-Vocês deviam ter desistido como eu fiz, não é? -Disse ela decidida para Harry e Rony, passando manteiga na torrada. -Então poderiam fazer alguma coisa sensata como Aritmancia.

-Ou Runas Antigas. -Disse Audrey.

-Você voltou a comer, pelo que estou vendo. -Comentou Rony, observando Hermione acrescentar generosas quantidades de geleia à torrada amanteigada.

-Já resolvi que há maneiras melhores de marcar posição no caso dos direitos dos elfos. -Disse
Hermione com altivez.

-É... e pelo visto está com fome. -Disse Rony, sorrindo.

Houve um repentino rumorejo acima deles e cem corujas entraram pelas janelas abertas, trazendo o correio da manhã. As corujas circularam sobre as mesas, procurando as pessoas a quem as cartas e pacotes eram endereçados. Uma corujona âmbar desceu até Neville Longbottom e depositou um embrulho em seu colo - o garoto quase sempre se esquecia de guardar na mala alguma coisa. Do outro lado do salão, a coruja de Draco pousara no ombro dele trazendo sua habitual remessa de doces e bolos de casa. Uma coruja negra pousou na frente de Olívia, trazendo a ela e a Harry recipientes cheios dos doces de Jessie. Mas, infelizmente, nenhuma corujas lhes trouxe cartas de Sirius.

-Relaxa, nada aconteceu. -Disse ela a Harry. -Se tivesse, pelo menos uma das duas teria chegado com repostas.

As plantas que a Profª Sprout escolheu para a aula se pareciam mais com enormes lesmas gordas e pretas que brotavam verticalmente do solo do que com plantas. Cada uma delas se contorcia ligeiramente e tinha vários inchaços brilhantes no
corpo que pareciam cheios de líquido.

-Bubotúberas. -Fisse a Prof
a Sprout brevemente. -Precisam ser espremidas. Recolhe-se o pus...

Olívia e Audrey se entreolharam e seguraram a risada. No ano anterior, Josh tinha feito com Olívia um brincadeira de muito mal gosto, ler passando o dever errado com a informação de que o pus das Bubotúberas era usado para fazer bolinhos. Uma pena que a aula era com a Lufa-Lufa.

-Pus, Finnigan. -Repetiu a professora quando Simas mostrou sua repugnância. -E é extremamente precioso, por isso não o desperdice. Recolhe-se o pus, como eu ia dizendo, nessas garrafas. Usem as luvas de couro de dragão, podem acontecer reações engraçadas na pele quando o pus das bubotúberas não está diluído.

OLÍVIA POTTER [4]Where stories live. Discover now