43 - Lord Voldemort

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MARATONA DE ANO NOVO 🎉🎊
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Se eu morrer, acho bom você me vingar de um jeito bem épico.

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O rosto de Voldemort era mais branco do que um crânio, com olhos grandes e vermelhos, um nariz chato como o das cobras e fendas no lugar das narinas. Ele desviou o olhar de Harry e começou a examinar o próprio corpo. Suas mãos eram como
aranhas grandes e pálidas; seus longos dedos brancos acariciaram o próprio peito, os braços, o rosto; os olhos vermelhos, cujas pupilas eram fendas, como as de um gato, brilhavam ainda mais no escuro. Ele ergueu as mãos e flexionou os dedos com uma expressão arrebatada e exultante. Não deu a menor atenção a Rabicho, que continuou tremendo e sangrando no chão, nem à enorme cobra, que reapareceu em cena e recomeçou a descrever círculos em torno de seu irmão, sibilando. Voldemort enfiou um dos dedos
anormalmente longos em um bolso fundo e tirou uma varinha. Acariciou-a gentilmente, também; depois ergueu-a e apontou-a para Rabicho, e ela o guindou do chão e atirou contra a lápide a que Harry estava amarrado; o bruxo caiu aos pés da lápide e ficou ali, encolhido, chorando. Voldemort voltou seus olhos vermelhos para Harry e soltou uma risada, aquela sua risada aguda, fria e sem alegria. Olívia não sabia bem como reagir, vislumbrando ali o estopim de tudo que poderia dar errado finalmente acontecendo. As vestes de Rabicho agora estavam manchadas de sangue brilhante; o bruxo enrolara nelas o toco de braço.

-Milorde... -Disse ele com a voz embargada. -... milorde... o senhor prometeu... o senhor prometeu...

-Estique o braço. -Disse Voldemort indolentemente.

-Ah, meu amo... obrigado, meu amo...

Rabicho esticou o toco sangrento, mas Voldemort deu uma gargalhada.

-O outro braço, Rabicho.

-Meu amo, por favor... por favor...

Voldemort se curvou e puxou o braço esquerdo de Rabicho; empurrou a manga das vestes do servo acima do cotovelo e Olívia viu que havia uma coisa na pele, uma coisa que lembrava uma tatuagem vermelho-vivo - um crânio, com uma cobra saindo da boca -, a mesma imagem que aparecera no céu na Copa Mundial de Quadribol: a Marca Negra. Voldemort examinou-a demoradamente, sem dar atenção aochoro descontrolado de Rabicho.

-Reapareceu. -Comentou ele baixinho. -Todos deverão ter notado... e agora, veremos... agora saberemos...

Ele comprimiu a marca no braço do servo com seu longo indicador branco e, quando afastou o dedo, Olívia viu que ela se tornara muito preta. Com uma expressão de cruel satisfação no rosto, Voldemort se endireitou, atirou a cabeça para trás e começou a examinar o escuro cemitério.

-Quantos terão suficiente coragem para voltar quando sentirem isso? -Sussurrou ele, fixando seus
olhos vermelhos e brilhantes nas estrelas. -E quantos serão bastante tolos para ficar longe de mim?

Ele começou a andar de um lado para outro diante de Harry, Olívia e Rabicho, seus olhos percorrendo o cemitério todo o tempo. Decorrido pouco mais de um minuto, ele tornou a olhar para Harry, um sorriso cruel deformando seu rosto viperino.

-Você está em pé, Harry Potter, sobre os restos mortais do meu pai. -Sibilou ele baixinho. -Um trouxa e um idiota... muito parecido com a sua querida mãe. Mas os dois tiveram sua utilidade, não? Sua mãe morreu tentando defendê-lo quando criança... e eu matei meu pai e veja como ele se provou útil, depois de morto...

Voldemort soltou outra gargalhada. Para cima e para baixo ele andava, olhando para os lados, e a serpente continuava a circular no meio do capim. Olívia expirou fundo depois de prender a respiração, inconscientemente, por alguns segundos. Soou mais alto do que ela pretendia, porque Voldemort parou diante dela, ainda sorrindo.

OLÍVIA POTTER [4]Where stories live. Discover now