Capítulo 48

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Miguel

-Amor?-tento de novo, após ela ter ficado calada.- Tá tudo bem?

O que cacete foi que houve para ela está tão séria? Live está muito calada e isso não é nada bom. Por que, ela não fala logo o que merda foi que aconteceu? Esse seu silêncio estar sendo uma tortura para mim.

-Live.-Mônica fala com muita cautela.- Minha menina, o que foi? Aconteceu alguma coisa?

A vi respirar fundo e engulir seco várias vezes.

-Sim.-respondeu.- Eu...ahm, estou ahm... De alta.

Porra, eu sabia que tinha acontecido algo com... Espera aí. Alta? Ela estar de alta? Meu Deus! Mal posso acreditar que o Inferno esta se acabando para a gente.

-Alta?-docinho perguntou.- Meu amor. Você pode finalmente sair do hospital.

-Sim.-Live diz.- Eu posso.

C.A.C.E.T.E!

Estou parecendo um gay sem esbauçar reação de nada, mas acontece... que a notícia me pegou de surpresa de uma forma boa.

-Linda...-é a única palavra que vem na minha mente.

-Fiquei sabendo de madrugada pelo Dr. Mendonça que eu estava de alta.-iniciou ela.- E pedi para ele não contar nada para vocês. Eu mesma queria contar.

-Isso é fantástico!-exclamei, indo sem pensar na sua direção.- Amor, você vai poder sair daqui!

-Miguel.-ela esticou o seu braço e pegou em minha mão. Seus olhos verdes me fitam intensamente.- Eu vou sair do hospital hoje, mas não vou voltar com você ou com a Mônica para a mansão dos Contreras.

O quê? Como assim ela não vai votar comigo para casa? Por quê? Isso não faz o menor sentindo.

-Por que, minha menina?-Mônica tomou a minha fala.

-Foram muitas emoções para mim, Mônica.-ela disse.- E eu preciso de um tempo pra assimilar tudo. E lá, com certeza, não terei esse tempo que tanto preciso. Serão muitas visitas... E eu só quero ficar sozinha.

Não consegui falar nada depois da sua declaração. Por ser um maldito egoísta filho da mãe não quero que ela se afaste um minuto sequer de mim, mas no fundo sei que a Live precisa de um tempo sozinha. Consigo mesma. Mas, como convencer um coração apaixonado e possessivo do contrário?

[...]

Live

-Eu preciso desse tempo.-reafirmei para a Mônica e o Miguel.- É algo que estar me sufocando por dentro. Eu preciso de ar. Preciso respirar.

Pela expressão que cada um teve vai ser um pouco difícil convencê-los de que preciso ficar quieta no meu canto sem ter nenhuma visita ou questionamento. Ficaria chato eu chegar na casa dele e desconfiar de cada palavra dita por um dos Contreras.

-Amor...-Miguel respirou fundo...-mas, por quê? Podemos ficar na casa dos meus pais.

-Não, Miguel.-sou firme na decisão.- Eu vou sair do hospital e vou viajar.

-Live...-Mônica tenta...- você não estar em condições para viajar.

Balancei a cabeça, negando.

-Eu falei com o Dr. Mendonça e ele me disse que sim eu estou apta para viajar e é o que vou fazer.-digo, decidida.

-Mas, Live...-Miguel tentou fazer com que eu mudasse de ideia.

-Miguel.-o faço olhar para mim. Deixo a mostra o dedo que estar a aliança que ele me deu.- Eu te amo. Te amo muito, mas eu não quero desconfiar de cada palavra ou de cada gesto de carinho seu. Eu quero por mim mesma fazer essa remoção de palavras negativas e voltar inteira sem nenhuma dúvida para você.

Prazeres Proibidos - livro 1 (Série: Relações Perigosas)Where stories live. Discover now