Ponto de Vista: Lucas Olioti
A semana passava tão rápida que eu mal conseguia contabilizar os dias. As provas passavam, assim como o sentimento ruim do fim de semana passado. Eu havia me afastado bastante das meninas, mas acabava que não era totalmente proposital porque eu passava o dia estudando para a prova do dia seguinte e não tinha muito tempo para conversar, mas sabia que a reclusão não tinha justificativas já que Mauro e Christian estavam no mesmo ritmo que eu e ambos continuavam a almoçar com elas.
Desde o domingo passado eu não havia conversado com ninguém sobre a minha conclusão, mas não me sentia mal por esse fato. Agora, estando em plena quinta feira com o sentimento de dever cumprido pela última prova ter sido feita, pude respirar aliviado.
— Fala T3ddão, você vai na festa da Vitória né? — Christian pergunta assim que nossa aula acaba.
— A festa de aniversário dela? Vou. Quando é? — pergunto enquanto guardo as coisas na bolsa.
— Esse final de semana. — Chris diz calmo e Mauro se aproxima de nós.
— ESSE final de semana? — pergunto com os olhos levemente arregalados. — Você devia ter avisado antes ô Chris.
— Eu avisei faz duas semanas T3ddy. — ele indaga e ri.
— Devo ter esquecido. — comento com um leve peso na voz. — Mas cê vai também Maurinho?
— Acho que todo mundo vai. — Mauro responde assim que saímos da sala.
— Todo mundo quem? — pergunto curioso.
— Como a Vih disse que eu poderia convidar bastante gente, eu chamei as meninas e o Dani. — Chris explica e vejo quando ele mexe na touca que cobria sua cabeça.
— Ah, entendi. — murmuro.
— Cê vem almoçar com a gente T3ddola? — Christian pergunta novamente e eu nego.
— Vou pra casa, a gente se fala depois. — explico e ele assente.
Faço um toque com ele e com Mauro e os dois se afastam. Continuo meu caminho para casa, mas antes que eu pudesse sair do campus, escuto meu nome ser chamado.
— Lucas! — olho para trás e vejo Pedro vir até mim. Paro de andar e espero ele.
— Fala Pedrão, tudo bem? — pergunto e arrumo o óculos que caía sobre meu nariz.
Era engraçado que Pedro fosse meu primo quando nós éramos tão diferentes. Ele com os olhinhos puxados, dando ênfase em sua descendência asiática e coreana e eu com as características de um brasileiro comum, contraditório até demais. Quando minha tia dizia que nossa família tinha uma queda pelo Rio de Janeiro não era mentira. Graças a ela eu consegui me estabilizar aqui quando cheguei, já que ela morava no Rio havia um bom tempo.
— Tudo bem. — Pedro diz e sorri levemente. Logo começamos a caminhar juntos, porque ele morava na mesma rua que eu. — Você vai na festa da Vih?
— Todo mundo tá falando dessa festa, é realmente imperdível. — brinco e assinto. — Mas eu vou sim. E você?
— Eu vou, não perco por nada. — ele indaga animado.
— Vai levar o Gabe? — pergunto.
— Claro que sim, essa festa não vai ser nadinha sem ele. — meu primo diz sorrindo ainda mais. — Mas e você? Vai levar a Gabriela? — ele questiona e nego rapidamente.
— Não, por que eu faria isso?
— Não sei, agora você só vive grudado nela. — ele resmunga e me olha. — Nem adianta me olhar assim porque é verdade.
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E De Repente, Era Amor - T3ddy
Romance[...] - Sabe uma coisa estranha Tina? - T3ddy pergunta de forma retórica e eu o olho, disfarçando meu desânimo. - Eu tive um sonho meio doido. - ele diz e se aproxima, se apoiando no balcão, ficando bem ao meu lado. - Que sonho? - questiono baixo...