45. Exposição

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Duas semanas haviam passado desde a partida de Christian para São Paulo e três da de Mauro. As coisas estavam mais calmas e nós já havíamos nos acostumado com a ausência dos dois, porque embora eles estivessem longe, nós ainda nos comunicávamos com frequência.

Ao contrário do que eu pensei, Lucas estava reagindo bem e a explicação que ele me dava era que nenhuma distância limitaria a amizade dos três, e aquilo me tranquilizou de alguma forma.

A minha rotina continuava tão normal quanto as outras semanas e a entrada de um novo mês não fez com que isso mudasse, por isso eu continuava dividindo meu tempo entre o trabalho, os estudos, meus amigos e meu namoro e estava feliz daquela forma.

Hoje a noite seria a exposição dos textos da turma de Gabriel e como havia prometido há algum tempo, eu e Geovana iríamos. O expediente do trabalho já havia acabado e aquele dia tinha sido tão cheio que eu só queria poder deitar, mas ainda precisaria fazer muita coisa, por isso tive que espantar esse pensamento.

Era engraçado como as coisas estavam tranquilas com todos, e pelo caminho até o dormitório, sob os sons dos carros e das pessoas que passavam por nós naquela noite, eu refleti sobre isso. Geovana e Daniel estavam cada vez mais próximos e era bonito ver o quanto eles estavam se dando bem, mas apesar de tudo, ambos insistiam em dizer que era só amizade, e eu fingia que acreditava.

Nosso grupo de amigos estava muito mais unido e era cada vez melhor ver o quanto nós evoluíamos juntos. Estava distraída pensando nisso quando, de repente, Geovana estala os dedos na frente do meu rosto e eu acabo piscando e voltando a realidade.

— Amiga, você dormiu andando? — ela pergunta risonha.

— Desculpa, eu me distrai um pouco. — murmuro com um sorriso meio culpado. — Como será que vai ser essa exposição?

— Não faço a mínima ideia, mas eu acho que vai ser muito boa. — Geo responde e eu assinto positivamente.

Não demora mais que cinco minutos até nós chegarmos até o dormitório. Pelo caminho eu já encontrava alguns alunos eufóricos e vários deles comentavam sobre a ansiedade da exposição e mentalmente só pude os desejar boa sorte.

Assim que entrei no quarto, sentei sobre a cama e relaxei o corpo, era pouco mais das oito e meia, e como o evento começava às nove horas, ainda tinha tempo para me arrumar. Me detive a mexer no celular e responder algumas mensagens, tal qual não foi minha surpresa quando não evitei sorrir com a mensagem do meu namorado.
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lucas amor

só eu que tô morto aqui? :( ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

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só eu que tô morto aqui? :(
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cristina 🌻

pior que não é

eu tô do mesmo jeitinho

E De Repente, Era Amor - T3ddyWhere stories live. Discover now