47. Explicações

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Anteriormente...

— Alô? — murmuro quando as meninas pausam o filme e passam a me encarar.

— Cris? Oi, é o Pedro. — a voz dele se faz presente e eu espero mais alguns segundos. — Tenho uma má notícia pra te falar.

— O que seria? — questiono curiosa e preocupada porque o tom de voz dele parecia sério.

— Então... É que... O T3ddy bateu o carro. — ele diz num sussurro e eu sinto como se um buraco abrisse no chão.

Meu coração acelera rapidamente e naquela altura eu já estava de pé, totalmente perdida.

— O que? — pergunto num fio de voz.

Agora...

Por favor, vem aqui. Eu tô esperando vocês aqui em frente a facul. — ele explica e eu ainda estava sem reação.

— Cristina? — Tatiana pergunta ao se levantar e vem até mim, e só então eu percebo que havia deixado o celular cair no chão. — O que aconteceu?

— O Lucas... — resmungo me perdendo um pouco ao olhar para ela.

— O que tem ele? — Andreia é quem pergunta dessa vez.

— Ele sofreu um acidente. — digo baixo e vejo Tati levar a mão até a boca espantada. — O Pedro ele... 'tá esperando a gente lá fora. — explico com a voz falha.

Ao terminar de falar, Geovana rapidamente desliga o notebook e pega o celular. Demorou menos de cinco minutos até que estivéssemos as quatro indo até o carro de Pedro que avistei a metros de nós. Eu tremia e estava totalmente desestabilizada, por isso assim que vi Gabriel, abracei ele.

— O que aconteceu? — pergunto olhando para Pedro e percebo ele me olhar.

— Eu não sei exatamente. Estava em casa com o Gabe quando uns amigos do T3ddy me ligaram dizendo que ele tinha sofrido um acidente com um carro de um deles, na hora eu tive que vir pra cá e te liguei. — Kwon explica.

— E como ele está? Onde ele 'tá? — questiono de uma vez só enquanto os seis entram no carro.

Naquele momento eu não me importava com mais nada que não fosse Lucas, por isso não contive minhas lágrimas. Se desespero pudesse ser descrito com um cenário, com certeza seria aquele.

— Levaram ele pra casa de um amigo dele Cris, mas não me deram detalhes porque eu fiquei desesperado e vim correndo pra cá. — Pedro exclama enquanto começa a dirigir.

— Como assim levaram ele pra casa de um amigo? Deviam ter levado ele pra um hospital. — Tatiana indaga tão aflita quanto eu.

— Você sabe como o Lucas é cabeça dura, ele não quis ir pra canto nenhum. — Gabriel toma a frente.

Os minutos seguintes pareceram os mais longos da minha vida. Eu não sabia se eu chorava, se ficava em silêncio, se movimentava as pernas, ou se fazia tudo ao mesmo tempo, eu só conseguia pensar no perigo que meu namorado estava passando e aquilo me agoniava de uma forma inexplicável, e a todo momento Geovana afagava o meu cabelo, dizendo que ficaria tudo bem, mas eu não deixava de pensar no pior.

Quando finalmente Pedro estacionou o carro em frente a uma casa de paredes amarelas e com o portão de madeira, eu desci do carro sem sequer sentir meus pés. Pude ver pelo canto do olho quando Tatiana, Andy, Geovana e os meninos me seguiram e assim que constatei que o portão estava aberto, entrei de imediato.

Não me importei de pedir licença ao entrar na casa e ao dar de cara com um rapaz que parecia ter a minha idade também, parei por segundos.

— Onde ele 'tá? — questiono atordoada e então ele aponta para um dos quartos.

E De Repente, Era Amor - T3ddyWo Geschichten leben. Entdecke jetzt