29. Amigas

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Ponto de Vista: Cristina Sampaio

A manhã de sábado não poderia estar mais perfeita do que já estava. Eu havia dormido na casa de Lucas, e apesar de nós SÓ termos dormido mesmo, eu estava feliz. Acordar ao lado dele e observar seu rosto sereno parecia um sonho, e agora que ele era oficialmente meu namorado, nada poderia deter os meus pensamentos alegres e eufóricos.

A noite passada havia sido maravilhosa e inacreditável, e o único detalhe que me trazia para a realidade era a aliança que agora estava no meu dedo anelar.

Não tinha a mínima noção das horas já que o quarto estava fechado e escuro, e meu celular estava bem longe. O plano ontem, inicialmente, era apenas um filme, mas nós acabamos maratonando outros e quando dei por mim, já passava das onze da noite, e pela insistência de Lucas, eu mandei uma mensagem para Geovana avisando que dormiria na casa dele, ignorando totalmente as mensagens em caps look que diziam "use camisinha".

Naquele instante eu prosseguia o observando dormir, seu semblante era tranquilo e suave, o que me fazia derreter totalmente. Seu braço estava envolto de minha cintura e nossos corpos estavam tão próximos que eu podia sentir o calor que ele emanava. Me atrevo a fazer um leve carinho em sua bochecha, e vejo suas pálpebras tremerem sutilmente. Logo ele abre os olhos e me encara, acabo me sentindo um pouco culpada.

— Bom dia. — T3ddy diz baixinho e com a voz rouca, o que faz meu corpo inteiro se arrepiar.

— Bom dia amor, eu te acordei? — pergunto no mesmo tom e ele nega.

— Não, eu já estava acordado há alguns minutos, só com preguiça de abrir o olho. — ele explica. — É muito bom estar assim com você.

— Tem toda razão. — indago totalmente sincera.

Com as pontas dos dedos eu faço uma leve carícia em seu peito desnudo, dedilhando a pele sob meus dígitos.

— 'Tá com fome? — ele questiona e me olha.

— Um pouquinho sim.

— Você espera eu tomar um banho rapidinho? — Lucas pergunta e eu assinto.

— Claro, eu espero sim. — afirmo e vejo ele reprimir o riso, suas expressões demonstravam diversão. — O que foi? — questiono não entendendo.

— Eu estava esperando que você dissesse que ia me acompanhar no banho. — ele diz malicioso e eu rio.

— Sinto muito meu caro Olioti, não é dessa vez. — murmuro divertida e ele faz um bico. — Vou te esperar na sala, só isso.

— Poxa, quem sabe na próxima. — ele murmura fingindo estar decepcionado e vejo que sua atuação não era nada convincente.

— Tem alguma escova de dente reserva?— pergunto, cortando o assunto.

— No outro banheiro tem uma, pode usar. — ele explica e eu assinto.

Ele se levanta e depois de pegar uma toalha e um par de roupas limpas, vai na direção do banheiro. Ao levantar também, faço o caminho pelo corredor com a intenção de ir até o outro banheiro, e ao chegar lá, mexo no armário e consigo achar a escova nova que ainda estava na embalagem.

Enquanto escovava os dentes, penso um pouco sobre nossa conversa de minutos atrás. Sabia que a vida sexual de Lucas era milhares de vezes mais ativa que a minha, levando em consideração que eu nunca havia feito nada com ninguém, porque estava ocupada demais concentrada nos estudos, e também não era como se outra pessoa tivesse mesmo se interessado por mim, ou despertado tanto interesse (além dos meus ídolos, mas isso já é outra trama adolescente).

E De Repente, Era Amor - T3ddyWhere stories live. Discover now