71. Almoço

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Ainda de olhos fechados, sinto quando uma mão toca meu braço e me chacoalha suavemente. Assim que abro os olhos, dou de cara com Lucas me encarando com um sorriso pequeno, por isso acabo o acompanhando. Meus olhos passeiam por seu corpo coberto por um roupão fofinho e branco, por isso presumo que ele havia acabado de tomar banho.

— Bom dia bela adormecida. — ele diz e volta a se sentar sobre o colchão.

— Bom dia príncipe encantado. — brinco a medida que me sento também.

— Dormiu bem? — Lucas questiona novamente.

— Melhor que isso impossível, e você? — devolvo a pergunta.

— Muito bem. Tanto que me inspirou a fazer isso. — Lucas diz apontando para o lado e então percebo que encima da mesinha de cabeceira havia uma bandeja com algumas coisas sobre ela.

Sorri ao perceber que haviam alguns pãezinhos, duas maçãs, bananas picadinhas em uma tigela amarela, dois copos com suco que presumi ser de laranja e um pedaço de bolo de chocolate.

— Amor! Você sabe que não precisava. — murmuro e avanço para cima dele, o abraçando em seguida.

A sensação de ter seus braços me apertando e de sentir o aroma do sabonete que ele usava quando meu nariz encostou em seu pescoço era maravilhosa, por isso fiquei um pouquinho naquela mesma posição, até me afastar definitivamente.

— Tentei encontrar uma forma de te compensar por ontem. — Lucas explica e eu olho para ele. — Talvez esse tenha sido o melhor aniversário da minha vida.

— Isso porque você ainda não viu o do ano que vem. — digo sorrindo e remexendo as sobrancelhas.

T3ddy ri e nega com a cabeça, começando a comer uma maçã. Com essa ação, eu acabo pegando um dos pães que percebi estarem com duas fatias de presunto e mussarela e dou uma mordida, satisfeita pelo sabor.

— Então meus pais vêm almoçar aqui mais tarde. — Lucas comenta mais como uma afirmação do que como uma pergunta.

— Achei que seria bom, nós quase não temos contato com eles pela distância, então achei que seria ótimo você passar mais um tempinho com eles. — explico.

— É nesses momentos que eu tenho certeza de que escolhi a pessoa certa pra amar. — Lucas acrescenta me olhando com um sorriso no rosto.

Sinto meu rosto esquentar e acabo sorrindo sem graça.

— Eu gosto dos seus pais. — murmuro.

— Por isso eles vieram ontem. — T3ddy diz rindo de forma suave e eu concordo. — Não tive tempo de perguntar mas, como que vocês planejaram tudo isso e eu não desconfiei?

— Às vezes você pode ser bem lerdo, amor. — digo tentando segurar a risada.

— Lerdo é? Não pareci lerdo há umas horinhas atrás. — Lucas acrescenta e eu acabo gargalhando, desequilibrando um dos copos de suco e derramando todo o conteúdo no lençol da cama.

— Lucas!

— Você quem derrubou, nem vem. — ele diz ainda reprimindo o riso.

Dou um tapa em seu ombro antes de me levantar, vendo a mancha laranja aumentar no tecido da cama. Não deixo de rir alto quando escuto meu namorado indagar um "gosto de apanhar de mulher bonita", mas antes que nós pudéssemos nos distrair mais uma vez eu o interrompo, pedindo ajuda para trocar os lençóis antes que seus pais chegassem.

A missão mais difícil foi ter que alinhar o forro de elástico do colchão, mas nós optamos por um lençol simples e branco, com fronhas cinzas e pretas. Ao terminar, me senti satisfeita pela visão. Corri para arrumar a bagunça do quarto enquanto Lucas dobrava as roupas bagunçadas do guarda-roupas, e enquanto ele varria o chão, eu organizava os presentes que estavam espalhados no canto do quarto, guardando todos com carinho e cuidado.

E De Repente, Era Amor - T3ddyWhere stories live. Discover now