Capítulo 4 - A Marca Negra

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"He is a bad boy with a tainted heart

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"He is a bad boy with a tainted heart."

Criminal — Britney Spears.


No dia seguinte ao encontro com Melissa, Umbridge anunciou o Decreto da Educação n.º 24, em que dissolveu qualquer tipo de organização ou clubes estudantis de Hogwarts sob pena de expulsão. Era um ultraje sem tamanho, Elizabeth achava. Clubes estudantis eram escape e distração dos estudos, além de contribuírem para a formação intelectual e pessoal de muitos alunos. O Ministério estava realmente empenhado em moldar um caráter não questionador; não queria formar pessoas com pensamento crítico, estudantes com habilidades em duelos. O governo mágico temia uma revolta e — como sempre acontece na História, bruxa ou trouxa — em tempos difíceis, os direitos dos estudantes eram sempre questionados e cerceados.

Umbridge se tornou uma verdadeira sanguessuga, inspecionando as aulas, constrangendo os professores e dificultando o cotidiano de todos na escola. Elizabeth não era exceção. Sentia-se constantemente vigiada pela mulher, que constantemente aproveitava uma oportunidade para alfinetar a estagiária, pois sabia que a mais jovem não poderia responder à altura, já que podia perder seu estágio e diploma.

Elizabeth respirou muito fundo e contou até dez antes de virar o corredor a caminho da sala de aula. Havia recebido, durante o café da manhã, o aviso de que a aula de Snape seria inspecionada por Dolores Umbridge. Tentava se preparar psicologicamente para não se estressar com a professora, mas sua concentração sumiu quando contornou o corredor e se deparou com uma cena certamente surpreendente.

Draco Malfoy exibia uma cara espantada enquanto se escondia atrás de seus amigos — que, para Elizabeth, pareciam dois guarda-costas toscos —, ao passo que Potter e Ron Weasley tentavam, arduamente, segurar um Neville inacreditavelmente furioso. O adolescente lutando para se soltar dos colegas e avançar para cima de Malfoy não lembrava nem de longe o menino frágil que se encolhia perante Snape.

Acordando do breve choque, Elizabeth apressou o passo em direção ao tumulto e se colocou entre os sonserinos e grifinórios. Lançou um olhar de desprezo para Malfoy, imaginando o que ele deveria ter dito para causar tamanha reação no outro menino, e pousou uma mão delicadamente no ombro de Neville ao tentar acalmá-lo.

A porta da sala se abriu e a figura negra de Snape fez-se aparecer. Seus olhos escuros como carvão percorreram os alunos da Grifinória, que ainda tentavam conter Neville, até Elizabeth que tinha a mão erguida em direção a Malfoy e a outra também tentava acalmar o grifinório nervoso.

— Brigando, Potter, Weasley e Longbottom? — indagou o professor com sua voz fria e desdenhosa. — Dez pontos a menos para a Grifinória. Solte Longbottom, Potter, ou receberá uma detenção. Para dentro todos vocês.

Elizabeth respirou fundo mais uma vez e clamou por paciência. Aturar Snape e Umbridge naquele dia seria uma verdadeira prova de resistência.

O garoto Potter, então, soltou Neville, que ficou de cara amarrada para ele.

Por Trás dos Olhos Negros | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora