Capítulo 16 - O sonho de Harry

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"I've always know there was something to be frightened of

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"I've always know there was something to be frightened of."

Breaking Down — Florence and The Machine.


Não parava de se falar sobre a fuga triunfal de Fred e George Weasley. Os gêmeos haviam deixado sua marca na história de Hogwarts, criando uma verdadeira algazarra para a perturbação de Dolores Umbridge, e abandonaram o castelo voando em suas vassouras.

A escola, então, entrou num período de resistência em que todos se esforçavam ao máximo para enlouquecer a Alta Inquisidora — e agora também diretora. Os alunos passavam estranhamente mal durante as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, às vezes metade da turma precisava deixar a aula de Umbridge. O kit Mata-aula dos gêmeos ficou famoso até mesmo entre alguns sonserinos. Os professores também faziam sua parte e não moviam um dedo para ajudar Umbridge ou impedir as peças pregadas por Pirraça. Inclusive, há quem diga que ouviu a própria Profa. McGonagall dizer "desenrosca mais para o outro lado" quando passou pelo poltergeist, que tentava soltar um lustre.

Após o fim do campeonato de Quadribol, com a vitória da Grifinória, a euforia foi deixada de lado com os N.O.M.s das turmas de quinto ano e os N.I.E.M.s das turmas de sétimo. Como o exame não era aplicado pelos professores e sim por examinadores especializados, Elizabeth aproveitou os tempos livres de aula para adiantar alguns relatórios do seu curso profissionalizante.

Seu relacionamento com Snape caminhava da melhor maneira que se era possível, considerando a pessoa com quem estava se envolvendo. Ele não era um poço de romantismo e carinho, nem parecia fazer questão de estar com ela o tempo inteiro. Porém, Elizabeth não esperava nada diferente disso, pois, do contrário, não seria Severus Snape, e Elizabeth Jones não estava nem um pouco interessada em qualquer coisa que desviasse da personalidade do homem de olhos escuros.

Sendo assim, a relação entre os dois baseava-se em alguns encontros noturnos regados a vinho e conversas. Algumas dessas noites terminavam em sexo — às vezes mais delicado, às vezes mais selvagem —, outras se encerravam com um beijo rápido, ou até mesmo com apenas um aceno de cabeça do professor. Havia, sim, dias em que Elizabeth se zangava. Dias em que ele agia como se não existisse nada entre os dois, em que se atrevia até mesmo a chamá-la pelo sobrenome quando estavam sozinhos. Eram dias em que a língua de Elizabeth não se calava e pontuava cada questão que não a agradava.

— Se quer apenas sexo — disse para ele mais de uma vez —, apenas diga.

Essa frase era normalmente sucedida por um pedido de desculpas de Snape, ou pelo silêncio dele; queixo erguido, mas olhos baixos, fugindo dos castanhos da jovem mulher.

...

Era uma tarde bonita. Muitos alunos aproveitaram para ficar pelos jardins, principalmente aqueles que desejavam descansar a mente após as provas finais. Elizabeth, em contrapartida, caminhava para a biblioteca. Seu tênis de sola escura encontrava o chão de pedras com um som mudo, sua vista focava a porta de entrada da biblioteca, já próxima, quando a presença de Harry Potter surgiu em seu campo de visão, andando em sua direção.

Por Trás dos Olhos Negros | ✓Where stories live. Discover now