🏅Finalista do Prêmio Wattys 2022 | Categoria Fanfic 🏅
Elizabeth Jones não demorou a conseguir um estágio logo que se formou em Poções. A oferta de seu padrinho, Dumbledore, diretor de Hogwarts, não tirava o mérito de ser uma jovem muito inteligent...
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"I stand outside this woman's work, this woman's world."
This Woman's Work — Kate Bush.
Snape ainda tentava sem sucesso conversar com o garoto Malfoy. Ele era muito escorregadio; não escondia que estava verdadeiramente com raiva do professor. Severus temia qual pudesse ser o próximo passo do garoto, temia que ele fosse descoberto. Já Dumbledore só retornou às atividades no final da semana. Depois que se recuperou de seus sintomas habituais, se ausentou para tratar de assuntos da guerra, que estava cada vez mais próxima.
Naquele sábado, Elizabeth e Harry estavam mais uma vez no gabinete do diretor para mais uma reunião. Descobriram naquele dia que Merope havia vendido o medalhão a Caractacus Burke — um dos fundadores da Borgin & Burkes — em busca de dinheiro para se sustentar. Sozinha, fraca e com sua magia bloqueada devido ao seu estado emocional, foi acolhida em um orfanato de Londres na véspera de Ano Novo, onde deu à luz seu filho: Tom Marvolo Riddle. Ela morrera logo após o parto.
A memória que assistiram era do próprio Dumbledore. O ano era 1938 e Tom Riddle era um jovenzinho de onze anos, alto para sua idade, bonito como o pai. A governanta do orfanato contava ao professor as confusões tenebrosas que o menino arranjava. Não eram travessuras comuns, como esconder objetos ou dar sustos. Na verdade, a criança já estava envolvida com torturas e mortes de pequenos animais. O perfil sociopata de Tom Riddle já se desenvolvia desde tenra infância.
O menino era muito arrogante. Tratava Dumbledore com tom de superioridade e usara o termo "especial" para se identificar como bruxo. "Sempre soube que eu era especial", exclamou com soberba quando o Dumbledore mais jovem contou sobre sua magia. Parecia ter uma grande necessidade de se reafirmar como poderoso e vaidoso. Seu complexo de superioridade era uma característica nata.
Dumbledore contou aos dois que ficara particularmente surpreso e atento após a visita. O garoto mostrava frieza, poderes notáveis para sua idade e era ofidioglota. Demonstrou desprezo quando Dumbledore comentou brevemente sobre Tom, o funcionário do Caldeirão Furado, exibindo uma necessidade obsessiva em ser único. Por isso que, anos mais tarde, criou seu codinome.
Além disso, o mago comentou sobre como o pequeno Tom era autossuficiente e, inclusive, recusou companhia para ir até ao Beco Diagonal; traço que levava até os dias de hoje.
— Não acreditem em Comensais que se gabam dizendo ter a confiança de Voldemort — alertou-os. — Ele nunca quis ter amigos, ele não confia em ninguém.
Por fim, antes de liberar os dois, o diretor chamou atenção deles para um fato importante: Tom Riddle tinha apreço em colecionar troféus.
...
Novembro veio com muito frio e com uma aura cada vez mais pesada. Algumas noites, Elizabeth não conseguia dormir. Tinha pesadelos com Voldemort, com Snape e com o padrinho. Estava devaras preocupada com tudo ao seu redor.
