Capítulo 25 - Pai

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"Tudo está guardado na mente

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"Tudo está guardado na mente."

Ainda Há Tempo — Criolo.


Algumas semanas haviam se passado e o mês de outubro chegou com suas temperaturas cada vez mais baixas. Dumbledore agora apresentava períodos de ausência, às vezes não era visto pelo castelo nem comparecia aos banquetes. Os principais motivos eram ir atrás de assuntos da Ordem da Fênix e — esses eram a maioria — devido sua maldição. O diretor tinha dias muito ruins, com fortes dores no braço da mão enegrecida, febre e até mesmo vômitos. Nesses dias, Elizabeth e Snape se revezavam para cuidar dele. Às vezes o deixavam sob os cuidados de algum elfo doméstico, se estivessem ocupados com as aulas.

Elizabeth, em seu primeiro ano como professora, estava se saindo muito bem, de modo geral. Os alunos gostavam dela e da sua forma de ensinar, até mesmo os sonserinos, que tendiam a ser desconfiados e arredios. Os estudantes vinham tendo um bom rendimento em sua matéria e ela conseguia contornar os poucos problemas que tinha, sem necessitar de detenções ou delatar aos diretores das Casas. Até mesmo alguns alunos mais velhos que tinham aula com Slughorn a procuravam para tirar algumas dúvidas, pois não se identificavam com a didática do professor.

Naquela manhã de sábado, ela resolveu ir até ao St. Mungus para visitar Emma. O quadro clínico da sua cunhada estava cada vez mais delicado, de acordo com que soube pela mãe. Edward andava muito fechado sobre o assunto, e nas poucas vezes que falava sobre, sempre tentava ser o mais otimista possível.

Abriu a porta do quarto devagar e colocou apenas a cabeça para dentro, dando um sorriso divertido. O irmão estava sentado ao lado da esposa que, embora abatida, sorriu largamente para a cunhada. A barriga que alcançava o quinto mês gestacional fazia um volume considerável por debaixo da camisola hospitalar.

— Como vai o meu menino? — perguntou enquanto caminhava até o leito e beijou delicadamente a barriga de Emma.

— Ele está bem — respondeu o irmão.

— E me dando muita dor de cabeça. — Emma completou sorrindo.

— Ele vai dar mais dor ainda quando estiver grandinho com namoradinhas. — Provocou com humor.

— Ai, por Morgana! — exclamou rindo. — Nem quero pensar nisso.

— Mas e você, Emma? Como está? — O sorriso de Elizabeth se afrouxou.

— Está bem. — Edward se apressou em responder. — Não é, meu amor?

Emma apenas anuiu e pediu para que o marido buscasse um chocolate para ela, alegando que sentia um forte desejo. Elizabeth percebeu logo que era uma estratégia para fazer Edward se retirar por alguns instantes, e esperou até que o irmão saísse do quarto. Emma suspirou muito fundo e disse:

Por Trás dos Olhos Negros | ✓Where stories live. Discover now