Capítulo 43 - Padrinho

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"I will protect you from all around you

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"I will protect you from all around you."

You'll Be In My Heart — Phil Collins.


Hector foi o primeiro a acordar na casa, seguido pelo seu pai. Edward se levantou, rabugento, vendo pela fresta da cortina que o Sol apenas começava a nascer. Empurrou as cobertas com impaciência e não sorriu de volta para o bebê, que levantava os bracinhos em sua direção.

— Você precisa deixar o seu pai dormir, Hector — disse com um muxoxo.

Pôs as mãos embaixo das axilas do menino e o puxou para fora do berço. Ao colocar a mão sobre a fralda, concluiu que precisava ser trocada. Segurando Hector em um dos braços, ele pegou um pano no armário e forrou sobre a cama, onde o deitou. Abriu a fralda e fez uma careta. Hector ainda sorria para ele. Edward balançou a cabeça, tentando entender como alguém daquele tamanho podia expelir algo daquele tamanho. Com magia, fez a fralda nova, lenços umedecidos e pomada virem até ele. Limpou, passou pomada nas assaduras e fechou a fralda limpa no corpinho. Vestiu-o com uma blusa também. Jogou a fralda suja dentro do cesto de lixo e quase instantaneamente ela foi incinerada.

Desceu as escadas calmamente, evitando ruídos que acordassem os demais membros da família. Ainda segurando o filho em um dos braços, Edward encheu a chaleira com água e a colocou para ferver. Ele pôs Hector sentado sobre uma das bancadas da cozinha e lançou um feitiço de proteção, para evitar possíveis acidentes. Pegou duas bananas grandes e as amassou com um garfo. Colocou uma pequena colher de leite em pó e misturou à fruta. Voltou-se para o filho, que já tinha a boca aberta e se inclinava para o prato. Edward lhe deu uma generosa colherada e a usou para limpar a comida que escapou pelos cantos da boca.

A chaleira apitou avisando que a água borbulhava e assustou pai e filho. Edward desligou o fogo com um gesto e continuou a alimentar Hector. Deu a última colherada e, por fim, colocou o prato e talher na pia. Tirou o feitiço do bebê e o pegou no colo novamente. A mãe de Edward dizia que ele estava acostumando Hector mal. Sinceramente, não ligava para isso. Gostaria de segurar seu filho no colo pelo máximo de tempo que podia.

Pegou uma caneca do armário, despejou a água quente e mergulhou o sachê do chá. Caminhou para a varanda da entrada da casa e se sentou no banco. Ele ajeitou Hector em seu colo e deu a primeira golada no chá.

— Ontem, o Sr. Nielsen foi até ao consultório. — Iniciou uma conversa com o filho. — A coruja estava com dificuldades no voo.

Hector disse sons desconexos, mas Edward agiu como se entendesse.

— Sim, sim. É estranho mesmo. Quando fui examiná-la, encontrei lesões crostosas nas patas e nódulos pequenos próximo aos olhos. Examinei uma lâmina e vi que era bouba aviária.

O bebê fez um outro som, como se respondesse o pai. Edward percebeu que Hector começava a ficar com sono novamente. Sabia que sua voz acalmava o filho. Continuou a falar:

Por Trás dos Olhos Negros | ✓Where stories live. Discover now